Refrigeração de medicamentos: como otimizar o processo e evitar rupturas
O correto armazenamento de remédios e vacinas, especialmente sob o aspecto da refrigeração de medicamentos biológicos e termolábeis, é um ponto de grande atenção para a gestão de hospitais públicos e privados no Brasil. Isso porque ineficiências na cadeia do frio acabam resultando em grandes prejuízos financeiros, pelo alto investimento feito nestes produtos. E mais: essas rupturas ainda podem causar sérios problemas aos pacientes, seja por não receberem a medicação que precisou ser inutilizada, por receberem produtos alterados ou já sem eficácia.
Para se ter uma ideia da importância de manter a excelência durante todo o processo de refrigeração de medicamentos, desde a sua produção à administração ao paciente, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) mostrou que unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) tiveram perdas de R$ 16 milhões por problemas de validade vencida e armazenagem incorreta. Em Brasília, por exemplo, doses de imunoglobulina humana foram inutilizadas por não terem sido mantidas refrigeradas na temperatura certa. Mas não é só a saúde pública que tem este tipo de problema: hospitais privados também sofrem com perdas significativas de insumos devido a desvios de temperatura, conforme levantamos nesta pesquisa.
Para evitar desperdícios e perdas financeiras, é fundamental que hospitais – e, claro, toda a cadeia produtiva de medicamentos e vacinas – façam uso de boas ferramentas e métodos para uma gestão eficiente da cadeia do frio e do controle de temperatura destes produtos, seja em estoque ou em transporte.
Tecnologia e automação são aliados para garantir a correta refrigeração de medicamentos
Para uma eficiência da cadeia do frio são necessários equipamentos, materiais e processos adequados, tais como:
Local de armazenamento com controle de temperatura (respeitando os critérios de isolamento de incidência da luz solar, manutenção das faixas de temperatura ideais);
Espaço suficiente para a estocagem de todos os produtos, garantindo a refrigeração homogênea;
Embalagens térmicas resistentes, capazes de conservar a temperatura interna por períodos prolongados;
Tempo e métodos de transporte corretos;
Equipe capacitada para manuseio dos produtos em todas as etapas.
Em relação à refrigeração de medicamentos, vale lembrar que os diferentes tipos devem ser conservados em faixas de temperatura específica. Ou seja, temperatura ambiente, entre 2°C e 8°C, entre 8°C e 15°C, ou entre 15°C e 25°C. A grande maioria dos termolábeis, por exemplo, deve permanecer entre 2ºC a 8ºC. Já os medicamentos biológicos ativos, como os oncológicos, mais de 50% deles necessitam de refrigeração até poucos momentos antes de serem administrados aos pacientes.
Guia de Boas práticas da ANVISA
Para garantir a manutenção dos estoques de medicamentos nestas faixas, o mais recomendado é utilizar instrumentos de medição (termômetros ou sensores), que devem ser calibrados periodicamente e ter um rotina de verificação constante pela equipe. Também é ideal fazer um controle preciso da temperatura durante todo o caminho percorrido pelo material, garantindo que cheguem ao hospital em perfeitas condições. No guia de boas práticas da ANVISA é possível ter mais detalhes sobre os procedimentos.
Só que para organizar e garantir precisão de todo este processo, a gestão farmacêutica do hospital não pode ser analógica. Planilhas preenchidas manualmente são bastante suscetíveis a falhas ou equívocos e nem sempre pode se contar com pessoal disponível em tempo integral apenas para conferências de temperatura e condições dos medicamentos.
Por isso, hoje, a automatização de grande parte da cadeia do frio, com um serviço de monitoramento e registro para o acompanhamento eficiente das temperaturas, como o oferecido pela Sensorweb, é essencial para instituições que buscam equilíbrio financeiro e atendimento de ponta.
As vantagens de contar com serviços automatizados de monitoramento
Os sistemas de controle automatizados evitam falhas e equívocos nos registros e possíveis danos ao estoque. Eles contam com instrumentos de medição automáticos que fazem toda conferência de forma remota, garantindo a boa refrigeração de medicamentos mesmo quando não há alguém no local. Também contam com alarmes, que comunicam sempre que uma temperatura se aproxima da faixa de risco, possibilitando um monitoramento eficiente e em tempo real.
Além disso, estas mesmas soluções automatizadas dão a possibilidade de fazer todo o transporte sob temperatura controlada, mantendo os registros durante o translado. A Sensorweb inclusive possui este equipamento integrado ao plano de serviço voltado ao transporte. Com eles há uma comunicação de sensor mais a localização! Assim, é possível enviar os dados em tempo real para a equipe responsável pelo insumo/medicamento. E para manter a confiabilidade das informações, o sensor conta com contingência instalada para que as informações sejam armazenadas em caso de “sombra” na rede telefônica.
Tudo isso garante a confiabilidade de que o paciente será tratado com um medicamento íntegro, ou seja, sem rupturas na cadeia do frio – da indústria ao paciente. Inclusive, os alertas prévios auxiliam na execução rápida dos procedimentos de contingência. Outra vantagem é o acesso constante e facilitado dos registros, pois a sistematização mantém organizado histórico de informações, agilizando a busca e análise dos dados arquivados – um ponto importante em casos de auditoria e conferências técnicas.
Por fim!
Portanto, a automatização oferece mais confiabilidade, praticidade e segurança nestes procedimentos. Além de permitir que as equipes se dediquem a atividades mais estratégicas do atendimento (já que é preciso menos horas de pessoal para os dados e registros).
Para saber mais sobre a tecnologia de monitoramento contínuo de medicamentos, que facilitam processos e economiza tempo e dinheiro de hospitais públicos e privados, indicamos a leitura do e-book “9 dicas para escolher um bom sistema de monitoramento contínuo”. Com este material, você terá referências para identificar uma boa empresa de monitoramento contínuo para a sua instituição. Otimizando a qualidade dos produtos e/ou insumos, melhorando o dia a dia da equipe e reduzindo custos com sistemas de automação.
Deixe uma resposta
Quer entrar na discussão?Sinta-se livre para contribuir!