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Ultra frio: o que pode ser mantido abaixo de -80ºC

Blog, Clínicas & Hospitais, Engenharia Clínica, Métodos de Conservação, Pesquisas Científicas
ultra frio -80°C

Buscar maneiras de preservar materiais, principalmente biológicos, para pesquisas científicas futuras é um dos objetivos do ramo da ciência chamado de criogenia. Com aplicações das mais diversas, desde aumento da resistência de metais até a preservação de células-tronco, o processo conhecido como ultra frio ou criogenia permite entender o que ocorre nesses materiais quando são submetidos a temperaturas abaixo de −80°C. 

Estudos Físico-químicos

Em estudos físico-químicos, grande área na qual está inserida a criogenia, os cientistas utilizam escalas de temperaturas comuns como Fahrenheit, Celsius e Kelvin (já que esta última fornece a referência do zero absoluto) e também a escala de Rankine. Dessa forma, é provável que ao ler sobre criogenia você se depare com registros como −238°F, −150°C ou 123°k. Além dos próprios efeitos do ultra frio, a criogenia estuda e desenvolve também tecnologias para produzir essas temperaturas de maneira segura, a fim de que os elementos e organismos submetidos a elas não percam suas propriedades no congelamento e nem ao retornarem a temperaturas ambientes. 


Essa atividade demanda o monitoramento e controle de temperaturas na cadeia do frio para que estes materiais não passem por instabilidades. Baixe nosso infográfico e entenda a cadeia do frio.


O termo criogenia se popularizou devido à preservação de cadáveres a temperaturas muito baixas e à ideia de que um dia seja possível trazê-los de volta à vida, atividade chamada de criogenia humana. Mesmo com altos custos, é uma possibilidade que fascina esportistas, líderes políticos e celebridades. Se um dia isso será possível não se sabe, mas a criogenia e a manutenção de materiais diversos em ambientes ultra frios já são uma realidade nas indústrias de gás e combustíveis, por exemplo. Um de seus usos mais conhecidos é no comércio do gás natural liquefeito (GNL), que é uma forma criogênica do gás utilizado como combustível. Mas além desses usos práticos, a criogenia é utilizada na indústria alimentícia e na medicina. 

Ultra frio voltado para a saúde

A criobiologia é a área da criogenia que pesquisa mais especificamente as baixas temperaturas relativas a organismos e o desenvolvimento desta ciência é o que permite a conservação de materiais biológicos para que sejam usados posteriormente. As temperaturas entre -60ºC e -100ºC podem ser aplicadas por longos períodos para preservar órgãos, amostras para biópsias, células para inseminação artificial, sangue, tecidos e células-tronco. 

A preservação de óvulos e espermatozoides para fertilização in vitro ou assistida é possível graças à criogenia. Até mesmo embriões podem ser conservados sob estas condições para serem reanimados meses ou anos após seu congelamento.   

Exemplos de pesquisa e o ultra frio

Quer outro exemplo? A extração de células-tronco de diferentes partes do corpo humano, como medula óssea, cordão umbilical e até mesmo dentes de leite também podem ser armazenadas em clínicas de criogenia. Além de poder atuar na recuperação de tecidos humanos, a importância desta atividade se dá pela possibilidade de tratar doenças com este tipo de células. 

Uma curiosidade em tempos de pandemia, onde a criogenia faz parte do processo. Uma pesquisa da UFRJ descobriu que as células-tronco possuem vesículas extracelulares que não são afetadas pelo vírus da Covid-19 e que contêm dentro delas microRNA, RNA-mensageiro e outras substâncias. Como as células-tronco não poderiam ser administradas diretamente aos pacientes sob risco de infecção, os pesquisadores trabalham com a hipótese de que as vesículas possam atuar in vitro para serem dadas diretamente aos pacientes. 

Monitoramento de temperatura

Não há dúvidas de que manter materiais diversos ultracongelados é pensar em futuras soluções para doenças crônicas e epidemias, como ocorre neste ano em que pesquisadores do mundo inteiro estão focados em encontrar uma cura para a Covid-19 ou pelo menos uma forma de preveni-la. 

A segurança de armazenagem e transporte desses materiais se torna um fator de grande importância para manter a estabilidade e eficácia das amostras. Para que tais pesquisas sejam bem-sucedidas, principalmente quanto à manutenção das baixas temperaturas, é necessário que existam controles automatizados de monitoramento. 


Nós já falamos aqui no blog da Sensorweb sobre o transporte de vacinas, que também são materiais biológicos e requerem uma série de cuidados. Acesse!


Expostos ao ultra frio, os materiais biológicos podem permanecer nesse estado por tempo indeterminado. Isso acontece com o uso de recipientes de refrigeração especiais, como unidades móveis, tanques ou os chamados frascos de Dewar. Esses frascos Dewar têm 1,8m de altura e diâmetro de 90cm. Eles são preenchidos com gases liquefeitos (ou criogênicos) capazes de manter a temperatura e pressão em níveis adequados. Para isso, os mais utilizados na criogenia são o nitrogênio e o hélio – este último permite atingir temperaturas ainda mais baixas que as do nitrogênio. 

Tecnologias, calibração e manutenção

Para garantir a segurança de toda esta cadeia, o monitoramento contínuo e automatizado das temperaturas, que garante o cumprimento das faixas ideais, torna-se uma necessidade. Por meio de tecnologias como computação em nuvem e IoT isso é possível, já que em caso de desvios de temperatura o sistema envia alertas aos profissionais responsáveis, permitindo otimização da equipe e intervenções rápidas para evitar perdas de insumos. 

Ainda é bom lembrar que os equipamentos de medição devem passar periodicamente por avaliações e manutenções, com certificados de calibração em dia, para que as variações de temperatura sejam as menores possíveis e a empresa possa assegurar a qualidade dos insumos. Um diferencial em tecnologias – sensores – que monitoram produtos ultra frios ou ultra congelados, chamados de criogenia é o seu alcance de temperatura extremo. Pois poucos são os equipamentos e as sondas que conseguem registrar dados em ambientes abaixo de -125ºC. 

Importante na hora de escolher um serviço para ultra frio

Outro detalhe importante! Quando buscar soluções de monitoramento para uma instituição ou mesmo procurar os serviços de congelamento para embriões e matérias orgânicas. Será preciso identificar o tipo de sonda utilizadas para aguentar as portas do ultra freezers. Elas possuem uma vedação extremamente forte e o sensor ou cabo precisam ser resistentes o bastante. 

Garantir um bom monitoramento de um ultra freezer permite que os seus insumos fiquem bem armazenados e com redução de impacto em caso de falhas. Quando não estão bem ajustados ou revisados pela manutenção, eles podem demorar muitas horas para estabilizar a temperatura após uma abertura da porta. 

Você sabe quais as melhores formas de prevenir perdas de insumos, vacinas e medicamentos? Acesse nosso webinar gratuito e descubra!

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

Blog da Sensor
04/01/2021/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i1.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2021/01/20210104_ultrafrio.png?fit=833%2C382&ssl=1 382 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2021-01-04 15:19:132021-01-04 15:19:13Ultra frio: o que pode ser mantido abaixo de -80ºC

Medicamentos termolábeis: cuidados necessários para transporte

Blog, Medicamentos, Métodos de Conservação, Métodos de Medição, Métodos de Registro, Transporte de Insumos

O transporte de medicamentos, termolábeis principalmente, é a parte da logística farmacêutica responsável pelo deslocamento de produtos através de vários modais (rodoviário, ferroviário, aeroviário, marítimo). Ou seja, esta é a atividade que faz com que os remédios saiam das fábricas e cheguem aos hospitais, clínicas e farmácias para serem disponibilizados ao consumidor final da área da saúde: o paciente.  

1. Introdução

Em qualquer etapa da logística farmacêutica – que além do transporte inclui também as fases de armazenamento e distribuição -, as práticas adotadas podem resultar na conservação ou na deterioração dos fármacos, caso não sejam tomados os devidos cuidados.

Conservar o produto termolábil durante todas as etapas da logística irá garantir a sua estabilidade, que conceitualmente é entendida como: o tempo durante o qual o medicamento mantém, dentro dos limites especificados por quem o produziu, as mesmas condições e características que possuía quando foi fabricado. 

Significa dizer que adotar boas práticas no armazenamento, transporte e distribuição dos medicamentos é assegurar que eles mantenham o tempo de validade e a efetividade oferecidas pelo fabricante. 

RDC 304

A deterioração dos produtos durante as etapas de logística pode trazer prejuízos financeiros para as empresas (tanto fabricantes quanto transportadoras, porque ambas estão sujeitas à legislação que regulamenta o setor), além de sérios riscos para o consumidor final dos remédios. Por poder colocar em risco vidas humanas, os medicamentos precisam de muito cuidado para manter sua integridade e eficácia. E dentre eles há uma categoria que requer ainda mais atenção durante qualquer manuseio, os chamados medicamentos termolábeis. 

De acordo com a resolução 304 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a RDC 304, que estabelece as técnicas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamentos, o termolábil é um medicamento “cuja especificação de temperatura máxima seja igual ou inferior a 8°C”.

Esses produtos são altamente sensíveis às variações de temperaturas e precisam ser armazenados e transportados com equipamentos refrigerados e com monitoramento constante de controle de temperatura. 

Ao serem expostos a condições diferentes daquelas indicadas pelo fabricante, seja no armazenamento ou no transporte, os termolábeis podem sofrer alterações irreversíveis. Essas, por sua vez, fazem com que percam sua eficácia, como a diminuição de potência, redução de prazo de validade e alterações na toxicidade.

O principal problema nestes casos é que essas mudanças podem ser imperceptíveis a olho nu, mas com grandes riscos ao paciente que consumir o produto. 

Vacinas

As vacinas são exemplos de medicamentos termolábeis. Outro tipo de fármaco sensível à variação de temperatura que vem sendo cada vez mais utilizado são os remédios biológicos. Eles são feitos a partir da biossíntese de células vivas, e utilizados principalmente na luta contra o câncer.  

Entendendo a importância de armazenar e transportar corretamente os medicamentos termolábeis para não correr o risco de comprometer a saúde do paciente, quem trabalha na logística farmacêutica ou quem precisa contratar serviços desta natureza deve conhecer e seguir sempre as boas práticas de manuseio descritas pela ANVISA. Se o transporte for de cunho internacional, estes também devem seguir as regulamentações e políticas de saúde pública do país de destino. 

Desafios no Brasil

No caso do deslocamento, mais especificamente, há inúmeros desafios no Brasil em função dos diferentes climas existentes no país (que geram variação de temperatura de uma região para outra) e da grande extensão territorial brasileira. 

Neste artigo vamos então abordar as boas práticas para transporte de termolábeis, incluindo as que estão descritas na RDC 304. Elas envolvem a infraestrutura da empresa de transportes e também a capacitação adequada dos profissionais do setor.

2. Boas práticas na infraestrutura de transporte

As empresas que trabalham com transporte de medicamentos termolábeis precisam tomar uma série de cuidados para garantir a qualidade dos produtos, começando pela utilização de veículos adequados para esta atividade. Eles devem ser refrigerados e possuir um controle e monitoramento de temperatura. 

O transporte de qualquer medicamento, especialmente os termolábeis, jamais deve ser feito em veículos abertos que exponham os produtos às condições do tempo, como chuva e sol.

Com relação à atividade de monitoramento e controle de temperatura, a indicação é de que ela seja feita diariamente, incluindo verificação e registro. Estes deverão ser apresentados ao cliente no recebimento dos produtos e arquivados pelo menos durante o tempo de validade do produto.

Sistemas de Supervisão

A RDC 304 sugere que controle de temperatura no armazenamento e transporte de termolábeis seja realizado, preferencialmente, com sistemas de supervisão informatizados. Isso porque a automação neste processo traz maior confiabilidade dos dados, diminuindo consideravelmente as chances de erros de medição e de registro de temperatura. 

Alarmes Visuais e Sonoros

Além disso, a resolução da Anvisa recomenda que os “instrumentos utilizados no monitoramento e controle de temperatura disponham de alarmes visuais e/ou sonoros capazes de sinalizar excursões fora das faixas de aceitação”. 

Essa é mais uma vantagem dos sistemas automatizados de controle. Eles são programados para enviar aos profissionais responsáveis pelos produtos sinais de alerta se houver alteração nas condições do ambiente onde está o medicamento. Dessa forma, qualquer variação de temperatura pode ser percebida rapidamente e com tempo necessário para que o problema seja corrigido sem que o fármaco sofra danos em sua composição que possam levar à inutilização. 

Qualificação térmica

A RDC 304 sugere também que sejam realizados estudos de qualificação térmica para definir a posição dos instrumentos que medem a temperatura no interior da área refrigerada onde estão os termolábeis. Esses estudos são importantes para garantir que haja equilíbrio de temperatura no ambiente.

3. Capacidade da equipe que realiza o transporte

Toda transportadora que trabalha com medicamentos deve ter contratado um farmacêutico responsável pelas atividades da empresa e é possível que a empresa tenha em seu quadro também enfermeiros, químicos ou bioquímicos. Estes normalmente trabalham voltados ao setor da qualidade e regulamentações adequadas. 

Além dos profissionais com formação na área da saúde, outros funcionários de transportadoras que manuseiam fármacos, como motoristas e aqueles que fazem a carga e descarga no veículo, precisam ter conhecimento das boas práticas de logística farmacêutica para aplicá-las em seu dia a dia. 

Colaboradores

As transportadoras devem oferecer capacitações aos seus colaboradores para assegurar que eles tenham acesso às informações necessárias. É importante que todos os envolvidos no processo realizem os treinamentos, desde os profissionais da área da saúde até o motorista do veículo da empresa. 

A primeira prática importante que toda a equipe deve saber é: seguir sempre as recomendações do fabricante do medicamento. Isso inclui a manutenção da temperatura indicada, o monitoramento e controle desta temperatura ao longo do deslocamento e também as formas de acondicionamento dos produtos, como por exemplo, as regras para empilhá-los e a distância entre uma pilha e outra para garantir a circulação de ar ideal. 

Temperaturas

Com relação à temperatura, mesmo com a utilização de veículo refrigerado, o motorista deve estar tomar cuidados, como evitar ao máximo estacionar no sol. A empresa deve ter mecanismos para calcular a melhor rota para que o deslocamento seja o mais rápido possível, fazendo com que os produtos fiquem o menor tempo possível na etapa de transporte.  

Ainda em relação aos veículos utilizados para transporte de termolábeis, eles devem possuir superfície lisa e lavável. Isto é indicado para facilitar a limpeza e higienização do local onde os medicamentos ficarão durante o deslocamento, a fim de minimizar qualquer possibilidade de contaminação. 

Plano de Contingência

Outra prática essencial é ter um plano de contingência para situações adversas ou inesperadas. A transportadora deve ter em mente a possibilidade de congestionamentos em rodovias ou em regiões de mudanças de modal logístico, como portos e aeroportos, e estar preparada para isso. 

Os momentos de manuseio dos produtos termolábeis (como carga e descarga ou mudança de modal, de um caminhão para um avião, por exemplo), em que eles ficarão por um período expostos às temperaturas possivelmente maiores do que as indicadas pelos fabricantes, devem ser planejados buscando diminuir ao máximo essas variações. 

É importante também dar prioridade e descarregar sempre os termolábeis primeiro. No momento da entrega isso será de grande valia, após essa ação outros produtos que não sejam sensíveis à variação de temperatura poderão ser descarregados.

4. Normas para o recebimento dos medicamentos

Quem contrata o serviço de uma transportadora para o deslocamento de medicamentos termolábeis também deve seguir algumas recomendações para garantir a qualidade final do produto. 

O primeiro ponto a ser observado é certificar-se de que a empresa escolhida é qualificada para a prestação deste serviço. Ela possui toda a documentação necessária, por exemplo? Para trabalhar com medicamentos uma transportadora deve ter a lista abaixo.

Documentação

  • Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE): que é uma declaração cedida pela Anvisa;
  • Alvará Sanitário ou Licença Sanitária: concedida no estado ou município onde a empresa atua;
  • Certificado de Regularidade Técnica (CRT): documento expedido pelo Conselho Regional da classe que o profissional técnico responsável pela empresa é registrado. Em geral este profissional é um farmacêutico, mas é possível também contratar enfermeiros, químicos ou bioquímicos. 

Buscar referências e depoimentos de clientes que já trabalham com a transportadora é uma boa maneira de avaliar se os serviços prestados. Isso auxiliará a a saber se terão a qualidade necessária para garantir a conservação dos termolábeis em todo o processo de deslocamento. 

As boas práticas no transporte

Com a empresa de transporte definida, quem realizou a contratação (hospitais, clínicas e farmácias, por exemplo) também precisa de boas práticas no momento do recebimento dos produtos. Como os termolábeis devem ser mantidos com verificação e registro de temperatura diariamente, quando eles chegam ao seu local de destino o profissional que faz a recepção deverá checar todos esses registros. 

Na conferência de recebimento as boas práticas de transporte indicam que seja feita a verificação das condições físicas dos produtos e as especificações de quantidade estabelecidas na nota fiscal. Na ocorrência de qualquer inconformidade, o produto deverá ser devolvido ao fornecedor para que sejam tomadas as devidas providências. Os ocorrências mais comuns são as embalagens danificadas ou a variação de temperatura fora dos padrões definidos pelo fabricante.

Ruptura de temperatura em medicamentos termolábeis

Em casos de danos irreparáveis (mais comuns nos termolábeis por sua sensibilidade à variação de temperatura), essas providências podem ser o descarte dos remédios. Isso se dá por conta do risco de utilização de medicamentos com suas propriedades modificadas. O que acabará causando prejuízo financeiro para todos os envolvidos.

A RDC 304 recomenda que, para minimizar o tempo de exposição dos medicamentos à variação de temperatura durante o recebimento, se possível, a empresa que contratou a transportadora deve receber os produtos em áreas refrigeradas.

5. Conclusão

É possível dizer que a aplicação de boas práticas no transporte de medicamentos, especialmente os termolábeis, tem dois objetivos principais:

  1. Saúde para o paciente que irá consumir estes produtos;
  2. Segurança financeira para as empresas envolvidas no processo, evitando prejuízos.  

Em relação à saúde e ao interesse público das atividades de logística farmacêutica, qualquer medicamento que perca sua estabilidade poderá perder também sua eficiência. Isso afetará o tratamento a que é destinado e até mesmo causar danos ao paciente. 

Armazenamento, transporte e distribuição

No caso de medicamentos termolábeis (sensíveis à variação de temperatura), as condições de armazenamento, transporte e distribuição são ainda mais importantes e as medidas de controle devem ser mais rigorosas. Imagine uma vacina armazenada ou transportada em um local sem refrigeração, com temperatura acima da indicada pelo fabricante. Se aplicada em alguém, ela pode não ter o efeito de imunização pretendido e ainda ser tóxica. 

Em relação às questões financeiras, tantos as empresas fabricantes, quanto as transportadoras ou empresas que compraram os produtos (como hospitais, farmácias ou clínicas) podem ter prejuízos se os medicamentos não forem transportados corretamente. Isso porque se forem inutilizados pelas más condições eles precisarão ser descartados. 

Penalidades da ANVISA

Além disso, essas empresas estão sujeitas aos órgãos de regulamentação do Estado e podem sofrer penalidades caso não cumpram as regras de logística sugeridas pelas autoridades de saúde (como as boas práticas da RDC 304 ou da RDC 301). Sanções como multas ou mesmo interdição trazem grandes perdas financeiras às companhias. 

Sendo assim, seguir boas práticas de armazenamento, transporte e distribuição de medicamentos é a melhor forma de garantir a qualidade destes produtos. Além de evitar riscos à saúde dos pacientes e aos caixas das empresas. Neste artigo listamos especificamente as recomendações que se referem a etapa de deslocamento de fármacos, em especial os termolábeis. 

Para saber mais do assunto e estar sempre atualizado sobre questões relacionadas à logística farmacêutica, acompanhe também o blog da Sensorweb ou faça contato. 

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Blog da Sensor
19/10/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i1.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/06/header-medicamentos-termolabeis.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-10-19 11:21:082020-10-19 11:21:08Medicamentos termolábeis: cuidados necessários para transporte

O que avaliar nos indicadores de Hospitais e Ambientes de Saúde?

Blog

A relação que mede processos e resultados, através de dados e informações, e os compara com as metas preestabelecidas é chamada de indicador. O uso desses dados tem o objetivo de quantificar as entradas de recursos, as saídas de produtos e o desempenho dos processos e da própria instituição de modo geral. Os indicadores na saúde mensuram a qualidade do cuidado aos pacientes e podem apontar excelência em termos de estrutura, processo e resultado.

Enquanto medida quantitativa, que pode se tornar um guia de avaliação da assistência em saúde e das atividades médico-hospitalares, os indicadores na saúde funcionam como base para o processo de acreditação, visto que geralmente contemplam aspectos de segurança, organização e práticas de gestão e qualidade.

Padrões de Qualidade

Para que uma gestão hospitalar seja considerada eficiente, o levantamento dos indicadores na saúde neste local deve ocorrer com frequência. Isso porque um hospital, por exemplo, precisa atingir pelo menos 70% dos padrões de qualidade e segurança determinados pela ONA (Organização Nacional de Acreditação) para o processo de acreditação no nível 1, de instituição Acreditada.

Isso quer dizer que, para atingir níveis mais altos – sendo o 2 Acreditado Pleno e o 3 Acreditado com excelência -, esse acompanhamento deve ser mais rígido e precisam ocorrer melhorias constantes, a fim de alcançar maiores porcentagens de qualidade, segurança, gestão integrada e excelência em gestão. O intuito de aplicar metodologias para tornar uma instituição de saúde acreditada é se tornar referência na região ou no país. Para isso é possível alcançar o reconhecimento da Joint Commission International (JCI), que determina padrões de qualidade internacionais e concede o certificado de Acreditação JCI a entidades que possuem alto status de excelência de acordo com regras e políticas internacionais e também continuar a manter as certificações de outras instituições nacionais e internacionais.


Fizemos uma lista com todas as acreditações e certificações existentes, consideradas primordiais para um hospital se tornar referência na região e/ou no país. Para conhecer a lista completa você pode acessar nosso artigo aqui.


Confiabilidade como critério de avaliação

Para que seja possível alcançar esses padrões, a confiabilidade dos indicadores na saúde é fundamental. Essa característica está entre os critérios de construção dos indicadores, que são: disponibilidade dos dados, validade, confiabilidade, simplicidade, estabilidade, sensibilidade, abrangência, objetividade, utilidade, especificidade e baixo custo.

A acreditação é apenas uma das forma. Há também a possibilidade de validar outros indicadores de acordo com a ANVISA quanto as tecnologias aplicadas nos ambientes da saúde, assim é possível validar os indicadores na saúde. Outras formas são estudos, elaboração de manuais, debates constantes sobre o assunto, auditorias internas, participação em programas de validação e apresentação de práticas para melhoria na qualidade dos serviços oferecidos. Órgãos regulatórios como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o Guia de Boas Práticas da Manufatura Automatizada (GAMP), e a Food and Drug Administration (FDA) são os que exigem validação dos indicadores nas instituições de saúde em todo o mundo. E é claro que para validar as informações fornecidas é necessário que este conjunto apresente confiabilidade, o que pode ser obtido com a implantação de um sistema automatizado.

Automatização e dados confiáveis

Em geral, sistemas de dados não automatizados e que não apresentam integração com outras bases, além de dificultar seu cruzamento – sendo necessário fazer o processamento em outros ambientes -, tornam essas informações menos confiáveis. Entretanto, é importante pontuar que tecnologias também possuem falhas e é por isso que engenheiros trabalham diariamente para aprender com elas e corrigi-las sempre que se observa anomalias sistêmicas. Por fim e como consequência, a falta de interligação impossibilita agilidade e tomadas de decisões mais assertivas em todos os setores, sejam eles administrativos, técnicos, epidemiológicos ou ambientais.

As informações utilizadas no cálculo do indicador precisam ser fidedignas: devem levar aos mesmos resultados quando tomadas por pessoas diferentes em tempos diferentes e ao serem aplicadas em condições semelhantes. Como diversos setores de um hospital passam por avaliação no processo de acreditação, com diferentes atribuições (desde armazenamento, logística e distribuição de medicamentos), é importante que haja um padrão na sistemática aplicada para colher os dados desses ambientes. Também é importante regulamentar a qualidade dos fornecedores que atendem a uma instituição de saúde, pois muitos destes prestam serviços e insumos cruciais ao paciente. Neste caso o compliance é fundamental!

Indicadores com uso de IoT

A Internet das Coisas (IoT), já começou a atender demandas relacionadas ao conforto e bem-estar do usuário em geral. Hoje ela já está controlando desde automóveis a eletrodomésticos, tornou-se uma ferramenta quando se trata de computação na nuvem (cloud computing) aplicada ao monitoramento de insumos em setor hospitalar ou na área da saúde. Recentemente tratamos desde assunto aqui no blog, mas agora gostaríamos de apresentar alguns dados.

Com o uso de sistemas automatizados, a possibilidade de validar os dados significa comprovar que os sistemas computadorizados estão cumprindo adequadamente suas funções automáticas, de maneira objetiva e documental. A solução Sensorweb para monitoramento contínuo e online de temperaturas de medicações, vacinas e bolsas de sangue dispensa registros manuais e o uso de papéis e planilhas, evitando falhas. Como o registro é automatizado, facilita o acesso posterior às informações, otimizando análises e auditorias.

Monitoramento automatizado

O monitoramento automatizado da cadeia de frio para a indústria farmacêutica, logística farmacêutica e hospitais é uma das ferramentas que pode levar ao aperfeiçoamento de uma instituição de saúde e conduzi-la à obtenção de um certificado e acreditação, devido à confiabilidade no registro de dados. Utilizados no fim desta cadeia, os dados da manutenção de medicamentos necessários para o cuidado de pacientes acabam por impactar diretamente no bem-estar destas pessoas. Quando registrados por sistemas automatizados, podem render melhores resultados, economia e segurança, conferindo maior credibilidade à própria instituição.

Atribuições como armazenamento, logística e distribuição de medicamentos na farmácia hospitalar são importantes na gestão de qualidade. Para entender mais sobre como o controle da temperatura de fármacos influencia na qualidade de um ambiente hospitalar, consulte nosso e-book.

Big Data

Esta projeção está amparada em fatores como o crescimento de Big Data. Esta se refere a grandes volumes de dados, provenientes de fontes diversas, como web analytics, mídia social, mídia gráfica, links patrocinados, dados sociodemográficos, entre outros. E também amparado na necessidade de mudança nos modelos de pagamento e gestão, cada vez mais embasados em informação e mobilidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, há uma série de ações governamentais que favorecem a popularização da tecnologia. Como é o caso da Affordable Healthcare Act, agência reguladora.

Entretanto, não é um processo fácil. Há obstáculos diversos como: a despadronização que inviabiliza a interoperabilidade; assim como preocupações de caráter geral relacionadas à segurança dos dados; e, principalmente, carência de mão de obra especializada.

Conforme relatório da consultoria Accenture, estes obstáculos podem ser dirimidos, como já ocorreu em outros setores da indústria, como é o caso da de serviços financeiros. Não buscar soluções neste sentido, diz a consultoria, significa perda de competitividade e impacto direto no market share.

Impactos da cloud computing

São cinco as áreas impactadas pela cloud computing (aliada a mobilidade e analytics), segundo o relatório da Accenture.

  • Agilidade! Prestadores de serviços e fontes pagadoras interagem a fim de propiciar melhores cuidados ao paciente. Assim, cumprem a agenda regulatória com custos menores e em tempo mais ágil;
  • Atendimento personalizado e contínuo, baseado em compartilhamento universal, com total segurança de dados;
  • Atendimento domiciliar para pacientes crônicos, com mais qualidade e custos menores;
  • Big Data combinado a ferramentas como as de mídia social. Pois elas podem ser um canal de melhora à saúde pública (estimular hábitos saudáveis e monitorar do bem-estar da população);
  • Converter o acesso aos serviços em mercados emergentes, o que reduz a necessidade de investimentos maiores em hospitais e/ou clínicas.

Em tempo, a Accenture prevê que a cloud computing em saúde deva alcançar o modelo Everything as a Service (Xaas). Ou seja, capaz de reunir infraestrutura, serviços e processos, todos na nuvem.

Nos EUA

Trata-se de tendência mundial! A HIMSS Analytics afirmou em pesquisa que a adoção da computação em nuvem em organizações prestadoras de cuidados de saúde está em 83%, com aplicativos baseados em SaaS.

O relatório é antigo e foi publicado pela HIMSS Analytics, mas é uma ótima referência para o Brasil. Dentre os principais dados coletados, eles observaram que:

  • 83% das organizações de TI de saúde estão usando atualmente os serviços em nuvem. 9,3% tem isso em mente e 6% não pretende ter aplicativos baseados em nuvem;
  • 67% das organizações de TI de saúde estão a execução de aplicativos baseados em SaaS hoje, com 15,9% sendo executado em uma plataforma Infrastructure-as-a-Service (IaaS). E apenas 2,4% usando Platform-as-a-Service aplicações (PaaS).
  • Ampliar recursos ou capacidade (48,2%) tecnológicos, contribuir positivamente em indicadores financeiros (46,4%) e tempo ágil de implantação (44,6%). Essas são as três formas mais comuns de as organizações de saúde medirem o valor dos serviços em nuvem.

Essas porcentagens também tem crescido no Brasil. A expectativa é que o Hospital Conectado ou Hospital 4.0 se torne comum na nossa comunidade de saúde.

Faça parte!

Quer aprofundar seu conhecimento? Veja mais dados aqui. Agora é a sua vez de compartilhar sua experiência conosco! Você já trabalha com alguma dessas tecnologias? Como você lida com os custos da saúde? Participe nos comentários. 🙂 Se você gostou do artigo, inscreva-se na nossa newsletter. Nela, enviamos para o seu e-mail conteúdo exclusivo e de qualidade, feito especialmente para o setor da saúde e se quiser saber mais a fundo nossas soluções entre em contato com a Sensorweb para solicitar uma apresentação.

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

Blog da Sensor
05/10/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i0.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/09/05.10-BLOG-indicadores-ambientes-de-saude.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-10-05 11:34:272020-10-05 11:34:27O que avaliar nos indicadores de Hospitais e Ambientes de Saúde?

Prevenção do Suicídio: a importância de cuidar da saúde mental durante o ano todo

Blog

O mês de Setembro foi escolhido em 2015 para representar a campanha de prevenção ao suicídio.  Apesar da campanha Setembro amarelo ser sediada em um único mês ao ano, ela reflete a necessidade do constante cuidado que precisamos ter com nossa saúde mental e com a de quem nos cerca. Nosso cotidiano pode gerar quantidades de estresse que podem afetar tanto nosso corpo físico quanto nossa estabilidade emocional.

Simples mudanças comportamentais podem indicar sintomas de um quadro maior que pode evoluir para o suicídio, por isso a necessidade de estar atento e consultar profissionais da saúde com frequência. Durante a quarentena não poderia ser diferente! E em termos de pandemia, novos enfrentamentos e fatores contribuem para agravar sintomas de depressão, ansiedade, síndrome do pânico e outras psicopatologias. 

Convidamos a psicóloga Ana Flávia Freire de Lima (CRP 08/24814), para conversar conosco sobre a importância de cuidar da saúde mental todos os dias. 

Sensorweb: O suicídio acontece somente com pessoas depressivas? O que leva uma pessoa a se matar?

Anna Flávia: De forma alguma. O suicídio está mais relacionado ao momento crítico que a pessoa está vivenciando. A depressão é apenas um dos vários transtornos que podem levar ao desejo de morrer. A dependência química, o alcoolismo e a esquizofrenia, por exemplo, também são fortes fatores riscos. As pessoas também podem pensar em se matar na existência de doenças físicas (sobretudo as dolorosas, incuráveis ou terminais), quando apresenta histórico de abuso físico, moral ou sexual, em casos de agressividade, impulsividade, pressões sociais ou situações de humilhação pública. Quando apresenta sentimentos de desesperança, culpa, remorso, medo, ansiedade, vergonha ou fracasso. Perdas significativas, que também podem ser decisivas (perda de dinheiro, de relacionamento, de status, emprego, morte de alguém, ou até perda de algum membro ou parte do corpo). Mas, acima de tudo, o que leva a pessoa a se matar é o acesso facilitado aos métodos lesivos, principalmente venenos, agrotóxicos, armas de fogo e medicamentos fortes.

Sensorweb: Os novos fatores proporcionados pela pandemia – tais como medo de contaminação, interrupção da fonte de renda, isolamento, privação de ver entes queridos, etc – podem ser a causa para acentuação de psicopatologias ou até mesmo o surgimento delas?

Anna Flávia: Com certeza. A pandemia tem sido mais um agravante em meio a tanta turbulência. O isolamento social, principalmente, tem acarretando em grandes aumentos nos quadros de transtornos de ansiedade e depressão. Esse impacto acontece, sobretudo, devido à dificuldade em lidarmos com algo novo, ao medo constante, às mudanças nos padrões de relacionamento familiar, incapacidade de relaxar, diminuição dos momentos de lazer e preocupação excessiva.

Sensorweb: Por que é tão difícil dar o primeiro passo na busca de ajuda?

Anna Flávia: Por dois principais motivos. O primeiro é que, dependendo de onde ou para quem a pessoa pede auxílio, sempre existirá a possibilidade da ajuda ser negada. Daí entramos em contato com o sentimento de rejeição, impotência ou de que não somos importantes o suficiente para que alguém nos doe um pouco do seu tempo. Mas o segundo motivo é que, para pedirmos ajuda, precisamos primeiramente deixar o orgulho de lado e confessar que existe um problema acontecendo (nem sempre está tão claro), aceitar que somos vulneráveis e que não damos conta de tudo.

Sensorweb: Quais os comportamentos que geralmente são um sinal de alerta para que procuremos ajuda médica?

Anna Flávia: São vários. Tristeza profunda, isolamento social, falta de planos para o futuro, autoagressão, abuso de substâncias, histórico de tentativas anteriores. Falas como “eu queria sumir”, “queria dormir e não acordar mais”, “vocês ficariam melhores sem mim”, “eu sou um peso pra vocês”. Além disso, repentina organização financeira, doação de objetos importantes (inclusive animais de estimação), envolver-se em atividades arriscadas (como dirigir embriagado), piora no desempenho no trabalho ou acadêmico, mensagens de despedidas e compra de materiais perigosos (corda, medicamentos, arma de fogo, gasolina, etc).

Sensorweb: O suicídio pode ser prevenido? Como podemos ajudar um conhecido que está pensando em tirar a própria vida?

Anna Flávia: Com certeza. Estimamos que 9 a cada 10 suicídios consumados poderiam ter sido evitados. Para ajudar, primeiramente chame para uma conversa (mas certifique-se de que terá tempo suficiente para ouvi-lo, porque interromper a conversa pode reforçar a ideia errônea de que a pessoa não tem valor); Depois ouça atentamente, seja compreensivo, sem julgamentos e sem dar conselhos. Tenha em mente que, independente dos motivos, a dor não é sua e por isso você não sabe o quanto está machucando; Durante a conversa, verifique se a pessoa já pensou ou está pensando em suicídio. Se sim, afaste dele(a) todos os métodos lesivos (facas, estiletes, venenos, medicamentos, cordas, armas de fogo); Em seguida incentive a busca por ajuda profissional, se necessário, acompanhe-o(a) até o psicólogo, psiquiatra, CAPS ou hospital psiquiátrico; E, nos próximos dias, mantenha contato com frequência (seja pessoalmente, seja por telefone ou mensagens). Esteja presente. Mostre que está disponível e que essa pessoa pode contar com todo seu apoio.

Sensorweb: Quais são os tratamentos mais indicados?

Anna Flávia: Depende do grau de cada caso e dos resultados da avaliação, mas geralmente fazemos um trabalho multiprofissional com psicólogo e psiquiatra. Em algumas situações precisamos, também, recorrer ao internamento.

Existem formas de lidar com estas adversidades além da psicoterapia?

Anna Flávia: Falar sobre os sentimentos com alguém de confiança, fazer coisas que dão prazer, separar um tempo todos os dias para ter seu momento de lazer, relaxar, ter boas noites de sono, tomar sol, beber água, evitar excessos de informações negativas, fazer atividades físicas, alimentar-se com qualidade, manter uma rotina, reforçar laços de amizade. Tudo isso ajuda a lidar melhor com situações estressoras. Mas não anulam a importância do auxílio profissional em casos de agravamento dos sintomas.

Sensorweb: E em caso de crianças e adolescentes? Quais os sinais de alerta para os pais?

Anna Flávia: É importante identificar os riscos o quanto antes, sempre levando em consideração que os sinais de alerta podem ser diferentes daqueles desempenhados por adultos. Sintomas como apatia, baixo desempenho na escola, isolamento, automutilação, dor de barriga, dor de cabeça, inquietação, mudança no apetite, insônia, pesadelos, agressividade, falta de prazer nas brincadeiras ou pensamentos de não ter valor ou de se sentir um peso são todos enormes sinais de alerta.

Sensorweb: Qual a maneira mais adequada de falar sobre suicídio na internet?

Anna Flávia: É importante falar sobre o ato, mas sempre tomando o cuidado para não promovê-lo. Devemos sempre buscar fontes de informações confiáveis e jamais tratar o tema de forma sensacionalista. Ao noticiar uma morte, por exemplo, nunca se deve expor qual o método ou local utilizado pela pessoa para consumar o ato. Devemos também falar abertamente sobre transtornos mentais e sobre tudo o que pode causar esse desejo de morte, mas sempre se atentando para não apontar o suicídio como uma forma de resolver esses problemas. Temos que falar sobre o impacto da morte na vida dos amigos e familiares, sobre os danos que as tentativas podem causar em casos não-letais (como danos cerebrais e paralisias) e sobre as possíveis alternativas que não seja a morte. Tudo isso sempre com muito zelo, cuidado e humanização.

Sensorweb: Vemos que não é um assunto tão debatido, mesmo sendo de suma importância. Você acha que nossa sociedade ainda precisa aprender a falar sobre o suicídio e as doenças relacionadas a ele?

Anna Flávia: Precisamos com urgência. Só para se ter ideia, estima-se que 50 a 75% das pessoas que cometeram o suicídio falaram sobre seus sentimentos ou seus desejos de morte antes do ato. Mas, como não estamos treinados a identificar o riscos e, principalmente, por ainda se tratar de um assunto carregado de tabus, essas mortes acabaram não sendo evitadas. Quanto mais falarmos sobre isso, maiores serão as chances de prevenção.

Sensorweb: Se algum leitor estiver pensando em suicídio, onde ele poderia buscar ajuda profissional nesse momento? Existe algum suporte online ou seria apenas presencial?

Anna Flávia: Pode buscar ajuda no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) da cidade em horários comerciais. Também pode entrar em contato com um psicólogo ou psiquiatra para uma consulta presencial ou remota. Além da opção do CVV (Centro de Valorização da vida) que oferece atendimento gratuito pelo chat do site, e-mail, endereço ou ligando no 188. Caso a tentativa de suicídio tenha ocorrido, deve-se ligar ao SAMU (192) ou Corpo de Bombeiros (193) para atendimento imediato.

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prevenção ao suicídio

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

Blog da Sensor
08/09/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i0.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/09/20200910-prevencao-ao-suicidio.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-09-08 17:21:532020-09-08 17:21:53Prevenção do Suicídio: a importância de cuidar da saúde mental durante o ano todo

O papel do farmacêutico na segurança do paciente

Blog, Clínicas & Hospitais, Transporte de Insumos

O farmacêutico é um profissional que tem um papel essencial quando o assunto é garantir a segurança do paciente. Fazendo parte de uma equipe multidisciplinar, que conta também com médicos e enfermeiros, o farmacêutico é responsável por muito mais que gerir medicamentos. Seu papel é selecionar os medicamentos certos e observar possíveis reações adversas que podem acontecer no organismo do paciente, sugerindo mudanças nos fármacos, horários, via de administração e dosagem. 

Além disso, cabe ao profissional ajudar a equipe multidisciplinar a tomar as melhores decisões, otimizando o tratamento e evitando interações ruins entre medicamentos. O farmacêutico atua, também, garantindo a boa gestão de materiais médico-hospitalares usados nos pacientes, como sondas, próteses, órteses e seringas. 

Bastante coisa, não é? Neste artigo, entenda melhor qual é o papel do farmacêutico na segurança do paciente.

A importância do farmacêutico na segurança do paciente: prevenindo erros de medicação

Muita gente não sabe, mas erros de medicação podem ser bastante comuns, e representam uma grande ameaça à segurança do paciente. Para o Conselho de Coordenação Nacional para a Prevenção e Relato de Erros na Medicação (NCCMERP), um erro é “qualquer incidente evitável que pode causar dano ao paciente ou levar ao uso inapropriado de medicamentos em casos onde o medicamento é controlado por profissional da saúde, pacientes ou consumidor”. 

De acordo com o NCCMERP, 39% dos erros que ocorrem no processo de uso de medicamentos ocorrem na prescrição, 12% na transcrição e 36% na administração. 

Dentre os problemas que mais ocorrem, estão doses inadequadas, tipo ou volume de diluente incorretos, falta de algum composto ou medicamento e instrução de hidratação incorreta. Problemas também decorrem do uso da nomenclatura comercial, falta de legibilidade na posologia, concentração e diferenças na unidade de medida.

Erros de medicação podem levar a tratamentos ineficazes, problemas de saúde e até ao óbito. É por isso que preveni-los deve ser uma prioridade para os farmacêuticos.

Informando os pacientes

Uma das maneiras pelas quais o farmacêutico garante a segurança do paciente é ao informá-lo de forma correta. Instruções de como diluir o medicamento antes de tomá-lo, o cuidado que é preciso ter com bebidas, alimentação e outras atividades ao tomar determinado remédio… Tudo isso é papel desse profissional.

Por isso, cabe ao farmacêutico disseminar uma cultura de informação, assim como estudar e conhecer bem as reações possíveis de um medicamento no organismo do paciente. Isso impacta na saúde e ajuda a validar a prescrição feita pelos médicos.

Segurança do paciente com câncer

O farmacêutico também é peça-chave para garantir a segurança do paciente com câncer. A oncologia é uma área crítica da saúde e exige que o profissional saiba avaliar os componentes presentes nos medicamentos que o médico prescreveu, avaliando a sua viabilidade, estabilidade e compatibilidade físico-química dos componentes — isso é, inclusive, descrito em uma resolução da Anvisa. 

Essa revisão é importante para prevenir erros de prescrição. A administração incorreta de alguns medicamentos pode acarretar em problemas graves, como insuficiência renal, aplasia, surdez e até mesmo levar à morte. Também cabe ao farmacêutico examinar resultados de exames laboratoriais, aconselhar os pacientes, revisar os medicamentos armazenados e as condições de armazenamento.

Uma maneira de detectar erros de medicação é usando a validação farmacêutica nos tratamentos antineoplásicos, usados no tratamento dos pacientes com câncer. Essa validação foi padronizada, tornando-se um sistema de verificação da prescrição médica, dividida em quatro etapas: prescrição, preparação, dispensação e administração. Saiba mais sobre isso no artigo: O papel do farmacêutico na prevenção de erros na medicação.

Automatizando tarefas repetitivas

Por último, mas não menos importante, está a saúde mental do profissional. Garantir a segurança dos pacientes passa também por assegurar-se de que os profissionais farmacêuticos tenham boas condições de trabalho.

No dia a dia do farmacêutico, o volume de atividades de risco a serem realizadas podem acabar levando a erros, comprometendo a segurança do paciente. Por isso, uma saída é otimizar o tempo, automatizando algumas atividades rotineiras. Além dos erros, essa é uma forma de reduzir problemas que decorrem do excesso de trabalho na profissão, dentre os quais estão o esgotamento mental e a síndrome de burnout. 

A instituição de saúde pode lançar mão de ferramentas modernas, que automatizam tarefas repetitivas, por exemplo. Cadastro de medicamentos e monitoramento de temperatura online são algumas atividades que podem ser automatizadas de maneira fácil e segura, com o apoio de ferramentas.

Quer saber mais? Outra maneira de garantir a segurança dos pacientes é seguindo as boas práticas na armazenagem e distribuição de produtos médicos. O ciclo de distribuição de produtos médicos é cada vez mais complexo, e cabe ao profissional da saúde ficar por dentro das mudanças. Para isso, preparamos o eBook Guia de boas práticas na armazenagem e distribuição de produtos médicos. Baixe gratuitamente!

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Materiais Gratuitos
02/09/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i1.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/03/23.09-header-o-papel-do-farmaceutico-na-segurança-do-paciente.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-09-02 11:32:462020-09-02 11:32:46O papel do farmacêutico na segurança do paciente

Logística hospitalar: como melhorar a distribuição de medicamentos

Blog, Clínicas & Hospitais, Engenharia Clínica

Apesar da legislação cada vez mais exigente, muitas farmácias hospitalares ainda funcionam de maneira bastante simples: o medicamento chega ao hospital, é registrado, vai para o estoque e é distribuído ao paciente. 

O problema é que, nesse sistema, é comum que erros ocorram. Eles vão desde a administração de uma dose diferente da prescrita até a de medicamentos deteriorados e podem comprometer a saúde do paciente.

Sendo assim, é preciso encontrar formas de melhorar a distribuição de medicamentos. É sobre como resolver essa questão de logística hospitalar que vamos falar neste artigo!

Entenda como funcionam as farmácias hospitalares atualmente

O funcionamento das farmácias hospitalares costuma ser simples, ainda que inclua diversos profissionais, como médicos, enfermeiros e administração do hospital trabalhando em conjunto. 

Primeiramente, o almoxarifado recebe os medicamentos do fornecedor e confere a mercadoria. Um funcionário faz o registro dos medicamentos no sistema de estoque. De acordo com a necessidade, os medicamentos ficam no estoque do almoxarifado ou vão direto para a farmácia hospitalar. Nos casos em que fica no almoxarifado, o sistema emite uma lista de medicamentos para reposição quando necessário. Só então o medicamento vai para a farmácia. 

Na hora de estocá-los na farmácia, os medicamentos são organizados em ordem de registro farmacêutico e em ordem alfabética. Depois, há a separação e dispensação, quando a farmácia recebe as prescrições médicas de diversas áreas do hospital. No geral, esse documento contém o nome do paciente, data, medicamento administrado, via de administração, frequência, horário e assinatura do médico. 

O farmacêutico analisa o documento e o libera para que o auxiliar de farmácia separe a medicação. Depois de separados, os medicamentos ficam à disposição para retirada própria farmácia. O paciente, então, recebe a medicação pelo auxiliar de enfermagem, que anota manualmente a administração do medicamento no formulário de prescrição médica.

Como esse processo pode ser melhorado?

O processo descrito acima pode ser melhorado de diversas formas e não é de hoje que o tema vem sendo discutido, tanto no meio acadêmico quanto em âmbito empresarial. Um dos primeiros estudos no Brasil nesse sentido, apresentado no Congresso Brasileiro de Custos, em 2007, já abordava dispensação por código de barras para diminuir erros na administração de medicamentos não-autorizados a pacientes ou mesmo erros de super dosagem, conforme sugerem os pesquisadores Edson Pacheco Paladini, Kátia Abbas e Maury Leoncine. Já com relação à logística hospitalar e o recebimento dos medicamentos no almoxarifado, é necessário verificar se a carga está em boas condições e se chegou no prazo certo para avaliar o fornecedor. 

A integração entre almoxarifado e farmácia hospitalar também é importante, para que o primeiro saiba as reais necessidades de reposição, reduzindo insumos ou evitando a falta deles. Para realizar estas atividades e integrar os diversos setores de um hospital, o uso de tecnologia e automação de informações é imprescindível para facilitar algumas ações como o registro no sistema e controle de estoque. 

Os medicamentos devem ser também identificados com código de barra, para permitir que sejam rastreados. Usar prescrições eletrônicas é outra sugestão. Dessa forma, o médico pode usar um sistema digital para prescrever, eliminando dificuldades de entendimento das informações.

Por fim, o paciente deve ser identificado com uma pulseira com um código de barras. No momento da administração, o enfermeiro deve fazer a leitura do paciente e a do medicamento, para garantir que a administração está correta. 

Como melhorar a logística hospitalar? A importância de monitorar a temperatura dos medicamentos

Outra ação essencial para melhorar a qualidade das farmácias hospitalares e a logística hospitalar com um todo é monitorar a temperatura dos medicamentos. Isso é especialmente válido no caso dos medicamentos oncológicos e das vacinas, estas últimas  precisam ser transportadas em caixa específica e ter temperatura mantida entre 2ºC e 8ºC. Para isso, uma solução que possa ser acoplada à maleta térmica é indicada como máxima de garantia ou o uso de um sensor móvel ou um datalogger, conforme guia de boas práticas na rede de frio da ANVISA.

Depois do transporte, os medicamentos vão para o almoxarifado ou também conhecida como farmácia central do ambiente de saúde. Esta fica responsável por monitorar e registrar a temperatura dos estoques. Para medicamentos termolábeis, utiliza-se câmaras frias, que permitem estocar mais medicamentos por vez. 

Com medicamentos de alto custo em seu interior, esse ambiente é crítico. Qualquer falha no sistema de refrigeração ou na eletricidade podem colocar os medicamentos em risco. Por isso, usar um sistema de monitoramento é crucial.

Medicamentos oncológicos

É preciso dar atenção especial também aos medicamentos oncológicos, que precisam ser mantidos estáveis. Uma das variáveis que mais causam problemas é a temperatura, essencial para garantir que o medicamento seja eficaz em tratamentos oncológicos. Estes devem ser conservados em temperaturas bem específicas, com faixa estreita entre mínima e máxima. 

Isso porque, caso o medicamento não esteja na temperatura certa, pode causar a decomposição dos produtos, alterando sua eficácia e ocasionando retrocesso no tratamento dos pacientes. 

Monitoramento automatizado de temperatura

Levando em conta a importância de monitorar a temperatura dos seus medicamentos, uma maneira eficaz de fazer isso é usando um sistema de controle automatizado, que evita falhas e equívocos nos registros. Esse tipo de equipamento  são sensores de medição automáticos, que garantem o monitoramento quanto a  refrigeração dos medicamentos mesmo sem ninguém por perto. Quando a temperatura se aproxima da faixa de risco, alarmes são enviados para as equipes responsáveis.

Além de monitorar o armazenamento na farmácia hospitalar, a automatização permite acompanhar a temperatura durante o transporte dos medicamentos, enviando dados em tempo real para a equipe responsável pelo setor. Também é possível acessar registros constantemente, em um histórico organizado de informações, o que é importante em casos de auditoria e conferências técnicas.

Dessa forma, você garante armazenamento e transporte de medicamentos com mais confiabilidade. O paciente é tratado com medicamentos íntegros, sem rupturas. Quer saber mais sobre qualidade na farmácia hospitalar e como a automação pode trazer benefícios e reduzir falhas nesse ambiente? Então faça o download gratuito do ebook Controle de temperatura de fármacos como fator de qualidade hospitalar!

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Blog da Sensor
01/09/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i1.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/08/14.09-header-logistica-hospitalar.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-09-01 09:59:112020-09-02 11:00:50Logística hospitalar: como melhorar a distribuição de medicamentos

Nutrição e imunidade: aumente a sua saúde

Blog
nutrição

Dia 31 de Agosto é dia do nutricionista, você sabia? E o que a nutrição tem a ver conosco: tudo, afinal a saúde é o nosso foco e nada melhor do que começar pelo que comemos. Para crescermos juntos na saúde, trouxemos a nutricionista Elaine Silva (@nutricionistaelainesilva) para elucidar a relação entre a nutrição e a imunidade.

Para quem não conhece, os profissionais da área de nutrição estudam a fundo as propriedades alimentícias e as melhores soluções para promover mais qualidade de vida e saúde através da alimentação. No atual momento de pandemia o que as pessoas mais almejam são maneiras de permanecerem saudáveis e seguras, nutricionistas por todo o mundo se deparam com uma temática de extrema importância, como manter-se o mais imune possível a COVID-19.

Pensando neste tema, nós pedimos a nutricionista Elaine Silva para explicar sobre a imunidade e que ações, alimentos e práticas podemos fazer para mantermos saudáveis em meio a pandemia, não somente na questão física, mas também na nossa saúde mental e emocional, pois tudo o que estamos vivendo tem mexido com as estruturas do ser humano por inteiro. 

Começando pelas emoções!

Antes de falar propriamente sobre nutrição e sistema imunológico, é fundamental para o momento você ficar calmo(a) e em paz, sei que pode parecer um pedido difícil para o momento, mas a calma vai baixar seus níveis de estresse e com isso, sua imunidade não sofre. 

Jamais esqueçamos que somos energia e a grande maioria das pessoas estão vivendo no medo, no pânico e na incerteza. Isso nos afeta energeticamente falando e nossas células (pacotes de energia) sofrem muito com tudo isso.

Nunca em um cenário mundial, falou-se tanto sobre imunidade, pois quando temos a imunidade fortalecida, ficamos menos propensos a infecções virais e bacterianas, além de termos uma ótima recuperação, quando adoecemos. E falando no tema alimentação, não podemos deixar de ter em nossos dias alimentos que modulam a resposta inflamatória, aumentando nosso sistema imune. 

Nutrição: alimentos que devemos ter em nossas vidas!

A nutrição tem alimentos que são importantes e agora mais do que nunca, alguns deles são: 

PRÓPOLIS

Use-o em meio alcoólico, pois os compostos fenólicos são potencializados nesse meio. Dê preferência para o extrato de própolis verde. Utilize em torno de 20 gotas ao dia. Sugestão de uso: pela manhã ou antes de dormir, misture em 100 ml de água.

COGUMELOS

Shitake, Reishi e Maitake são os mais estudados em relação ao estímulo do sistema imune. Eles têm a ação antiviral, antibacteriano e também auxiliam na microbiota intestinal.  

ALHO

Esse alimento é fantástico para seu sistema imune. Ele previne a proliferação de bactérias, fungos e vírus. Sugestão de uso: use ele no final de suas preparações culinárias, dentro do azeite de oliva ou até ele no seu chá. Use em torno de 1 dente (se for no chá), no azeite ou na sua comida, pode usar a gosto.

GENGIBRE

Esse alimento também é fundamental nesse momento. O gengibre ajuda a diminuir a inflamação e a tratar agentes infecciosos. Sugestão de uso: em torno de uma colher de sopa de lascas de gengibre ao dia. Use ele em sua água, sucos ou no seu chá.  Pode usar ao longo do dia.

INHAME

Aumenta a imunidade celular e a função dos macrófagos, que faz parte da defesa do nosso organismo.  Sugestão de uso: pode colocar rodelas cruas no suco ou cozinhar e comer como batata.

CÚRCUMA

esse alimento é um dos mais potentes anti-inflamatórios que existem. Bom seria você usar o rizoma (raiz bem parecida com a do gengibre, só que bem menor e bem alaranjado por dentro) ou pó de cúrcuma orgânico. Sugestão de uso: em torno de 1 colher de sobremesa de lascas da raiz ou 1 colher de café se for em pó, ao dia. Use no final de suas preparações culinárias, na sua água, suco ou chá.

VITAMINA C

Os estudos mais atuais demonstram que o consumo regular de vitamina C pode diminuir a duração de resfriados e fazer com que os sintomas sejam menos severos. Pessoas que tomam vitamina C regularmente são 50% menos propensos a pegar um resfriado do que aquelas que não a tomam. Muitos alimentos são fontes de vitamina C, como o limão, laranja, tangerina, acerola, morango, kiwi, salsinha, abacaxi etc. Sugestão de uso: Faça sucos, chás ou até consuma os alimentos in natura. 

CASTANHA DO PARÁ

Essa oleaginosa é rica em selênio, esse nutriente melhora e potencializa a resposta imune. Utilizando duas unidades ao dia, reforça o seu sistema imune otimizando a resposta a infecção. Sugestão de uso: 2 unidades ao dia, em qualquer horário.  

ZINCO

O zinco é importante para a produção hormonal e a imunidade. Também é conhecido por combater infecções. Baixos níveis de zinco podem causar problemas gastrointestinais e aumentar o risco de pneumonia. Alimentos como ostras, linhaça, gema de ovo, camarão, castanha de caju, amendoim, feijão etc.

Outras ações de nutrição para imunidade!

Além desses alimentos mais pontuais que reforçam a sua imunidade, você ter uma alimentação mais natural, ricas em folhas verdes escuras, legumes, frutas, alimentos fontes de gorduras boas (abacate, azeite de oliva, sementes oleaginosas, óleo de coco…), ovos, chá verde, branco, preto etc. são fundamentais para a saúde em qualquer situação.

Importante diminuir o consumo de alimentos industrializados, embutidos, fast foods, ricos em açúcares e gordura trans. A carne vermelha deve ser consumida com cautela, no máximo 2 vezes na semana. Tudo isso para que você possa diminuir a produção de substâncias nocivas em seu intestino e causar ainda um desequilíbrio de sua microbiota. Seu intestino precisa estar o mais saudável e fortalecido possível, para que a imunidade mantenha-se fortalecida.

Os chás e o sono!

Para melhorar seu sono, que também é fundamental nesse período, beba chás de camomila, erva doce, capim cidreira, mulungu, valeriana. Esses chás acalmam, relaxam e melhoram seu sono. A melatonina, o hormônio do sono, também é um antioxidante potente que modula a autofagia e o reparo celular profundo durante o sono. Além disso, os anticorpos e as células que combatem infecções são reduzidos durante os períodos em que você não dorme o suficiente.

Movimente-se por amor a você! 

Outra conduta muito importante é você fazer uma atividade física, muitas academias e educadores físicos estão disponibilizando treinos para você fazer em casa. O ideal seria manter seu corpo em movimento. A atividade física estimula os mecanismos de defesa do organismo e fortalece a imunidade. O exercício regular reduz a prevalência de infecções do trato respiratório. Exercícios leves e moderados durante uma infecção podem até mesmo ser benéficos para combater a doença.

Esperamos que essas dicas de nutrição sejam úteis para você se manter bem e saudável durante o enfrentamento da COVID-19 e que novos hábitos possam entrar na sua vida. Afinal, já afirmou o filósofo Hipócrates: “Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio” e concordamos com essa ideologia.

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11/08/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i2.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/08/20200831-nutricao-imunidade-saude.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-08-11 14:56:002020-09-08 16:39:44Nutrição e imunidade: aumente a sua saúde

Quais tipos de softwares para saúde precisam de registro Anvisa?

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saúde anvisa

Este texto foi escrito e publicado pelo nosso parceiro de projetos e serviços Neovero Sistemas, você pode ler o texto original clicando aqui.

Instituições de saúde precisam de ferramentas informatizadas de diversos tipos para o gerenciamento geral, registros da Anvisa e específico das tarefas próprias de tais estabelecimentos. A falta de um regulamento específico tem gerado dúvidas sobre a exigência ou não de registro na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária para softwares utilizados na área. No entanto, e com o objetivo de esclarecer as numerosas dúvidas, a Anvisa publicou em 2012 uma nota técnica onde são descritos os diferentes softwares aplicados na área da saúde e, dentre eles, quais estão sujeitos a vigilância sanitária, possuindo assim registro Anvisa.

A RDC 185/01 define produto médico como “Produto para a saúde, tal como equipamento, aparelho, material, artigo ou sistema de uso ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial, destinado à prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção (…)”.

Pela natureza do software, compreende-se que o mesmo pode se apresentar em três situações possíveis:
a) Software produto para a saúde (medical device), por si mesmo;
b) Software parte ou acessório de um produto para a saúde;
c) Software não produto para a saúde.

Desta forma, os softwares sujeitos ao regime de vigilância sanitária são aqueles destinados à prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção de seres humanos. Apenas aqueles que se enquadram na categoria de Medical Device e, como veremos a seguir, alguns dos enquadrados como acessórios. Em qualquer caso, os softwares não produto para a saúde nunca precisarão de registro Anvisa.

Para entender sem risco de engano se um software precisa registro na Anvisa, se de fato trata-se de um Medical Device ou não, vamos aprofundar a descrição das três categorias:

Medical Device por si mesmo:

  • Não precisam de um “hardware” classificado como produto para a saúde para serem executados.
  • São executados em um computador isolado.
  • Exemplos: softwares para processamento de dados médicos, com vistas à diagnóstico, análise e monitoramento para sugestão de diagnósticos; processamento (não armazenamento apenas) de imagens de diagnóstico.

Software como acessório de um Medical Device – registro anvisa:

  • Necessitam de um “hardware” a eles conectado para funcionar, sendo assim parte ou acessório integrante do mesmo. Neste caso, os softwares são registrados/cadastrados em conjunto com o “hardware”.
  • Para a parte ficar incluída no registro ou cadastro do equipamento não poderá ter classificação de risco superior ao do equipamento ao qual se destina.
  • Caso não se enquadre nestas situações, deverá ter registro em separado.
  • Exemplos: PACS (Picture Archiving and Communication System). Navegador cirúrgico em um computador à parte que se conecta com um raio-x arco cirúrgico genérico, para execução ou planejamento cirúrgico

Software não produto para saúde:

  • Demais softwares não destinados, por si mesmos ou como acessórios, à prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção de seres humanos.
  • Exemplos: CMMS/EAM (softwares de gestão de ativos e gestão da manutenção, como Neovero). Qualquer software de gerenciamento de informações do tipo “caracteres” ou imagens não médicas. Softwares para formação de profissionais de saúde. Sistemas operacionais, de suporte ou softwares de uso geral.

Por tanto, os únicos softwares liberados da obrigatoriedade de vigilância sanitária são os que temos chamado de não produto para saúde, sendo obrigatório sempre no caso dos Medical Device e para alguns dos softwares acessórios aos medical devices.

Para mais informações:

  • Relatório Preliminar de Análise do Impacto Regulatório Contribuições para construção do regulamento de software médico: click aqui
  • NOTA TÉCNICA N° 04/2012/GQUIP/GGTPS/ANVISA: click aqui
  • Regularização de software como dispositivo médico: click aqui

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21/07/2020/0 Comentários/por Valéria Riveiro
https://i0.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/07/17.08-header-1.jpg?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Valéria Riveiro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Valéria Riveiro2020-07-21 13:53:242020-07-31 12:23:54Quais tipos de softwares para saúde precisam de registro Anvisa?

Vacinas em transporte: conheça os cuidados a ser seguidos

Blog, Imunobiológicos, Métodos de Registro, Transporte de Insumos

Desde a saída de um medicamento do laboratório onde foi produzido até a farmácia ou hospital, é fundamental que este produto não passe por variações de temperatura que diminuam sua eficácia e qualidade, para que não prejudique a saúde do paciente a quem ele será administrado. A mesma regra é válida para vacinas em transporte, já que elas são medicamentos termolábeis, sensíveis a mudanças de temperatura e que precisam de armazenamento dentro de uma faixa específica informada pela indústria. 

Considerando que a grande maioria dos termolábeis deve ser conservada entre 2ºC e 8ºC, é um desafio manter as temperaturas estáveis e dentro do ideal, seja em refrigeradores, câmaras de vacinas ou demais ambientes – principalmente em localidades onde a variável das temperaturas é larga, o que gera um clima instável. Algumas poucas vacinas possuem resistência ao congelamento e se mantêm estáveis sem perder a eficácia em temperaturas negativas, já muitas outras perdem sua total eficácia quando ultrapassam os 2ºC. Entretanto, uma vasta quantidade de vacinas não suportam temperaturas acima de 8ºC, rompendo com várias etapas de eficácia e podendo chegar a total ineficiência. Por conta disso, controlar e monitorar a temperatura de vacinas em transporte é uma grande preocupação da indústria farmacêutica, dos governos, das autoridades regulatórias e, especialmente das clínicas de vacinação.

Cuidados durante o transporte 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) elaborou um Guia para a qualificação de transporte dos produtos biológicos que inclui orientações para medicamentos biológicos e imunobiológicos, como vacinas. O transporte precisa ser realizado conforme o estudo de estabilidade de longa duração dos produtos, com suporte a excursões de temperatura ao longo do trajeto, desde que tenham sido realizados testes de estabilidade e estresse com estes medicamentos. A orientação é para que a empresa transportadora preveja atrasos nas viagens e adote medidas para que as temperaturas sejam mantidas mesmo em condições adversas. O documento determina que as empresas apresentem validação da cadeia logística, por meio do monitoramento contínuo da temperatura e de um sistema qualificado.

O monitoramento contínuo de temperatura no transporte e distribuição de medicamentos, bem como no armazenamento, é fundamental para a gestão de qualidade. A resolução RDC 304, da ANVISA, define boas práticas do setor e atribui a responsabilidade de garantir a qualidade dos medicamentos não apenas aos fabricantes, mas também aos operadores logísticos e empresas de transporte e distribuição. A recomendação é para que a temperatura seja verificada e registrada pelo menos duas vezes por dia e ainda indica a implantação de equipamentos para controlar os processos que envolvem produtos sensíveis a mudanças de temperatura, como os termolábeis. 


ATENÇÃO: A resolução RDC 304 passou por alterações no último dia 26 de Março (2020) e nós escrevemos um artigo que simplifica o entendimento desses ajustes, ponto a ponto. Clique aqui e confira essa atualização.

Seguir todas essas recomendações é fundamental para garantir a eficiência da cadeia do frio, ou seja, manter as temperaturas estáveis em toda a rede de suprimentos, desde a produção da vacina até a administração desta ao paciente, para assegurar a integridade do imunobiológico e qualidade para aplicação. Quando uma das etapas de transporte de vacinas não é observada com a devida atenção, ocorre uma falha. 

Equipamentos para minimizar danos

Não há dúvidas de que controlar e monitorar a temperatura de vacinas em transporte é um desafio, tanto nos pontos de aplicação, produção ou distribuição quanto dentro dos veículos de transportes para campanhas de vacinação extramuro ou caminhões que carregam os produtos. Para reforçar essa atividade e garantir eficiência na cadeia do frio, o uso de materiais, equipamentos, processos adequados se mostra fundamental. Por isso, listamos alguns meios para minimizar perdas:

Caixas ou maletas térmicas

Produzidas com materiais de alta resistência a temperaturas externas,  as caixas ou maletas térmicas foram projetadas especificamente para reduzir os efeitos da temperatura no conteúdo interno. São úteis no transporte de produtos em distâncias curtas. Em conjunto com acumuladores térmicos ou com bolsas de gelo (gelox), podem manter as faixas de temperatura nos níveis ideais por várias horas. Deste modo é possível evitar danos às vacinas durante um tempo considerável durante o transporte.

O inconveniente é que grande parte das caixas térmicas ou maletas térmicas não possui um meio de medir e registrar os níveis de temperatura de maneira contínua. Apesar de ser teoricamente seguro, na prática o uso da caixa térmica por si só não garante a refrigeração adequada das vacinas em transporte. Pois não emite alarmes quando a temperatura se aproxima do limite. A boa notícia é que o uso de dispositivos adicionais pode resolver este problema. 

Dataloggers

O datalogger é um pequeno dispositivo informatizado que registra temperaturas e pode ser acoplado à maleta térmica. Como este registro é feito ao longo do tempo constantemente, ele resolve um dos problemas. Ao finalizar o transporte os dados de temperatura registrados no datalogger podem ser visualizados. Desse modo, é possível garantir que as temperaturas foram mantidas. Ou, é possível, verificar se houve dano às vacinas, direcionando o descarte para evitar riscos à saúde dos pacientes. 

Como o datalogger emite alertas sonoros locais e alertas visuais, ele ainda não é uma solução totalmente segura para registro e monitoramento de temperatura. Para um uso seguro deste equipamento, é imprescindível a presença física de uma pessoa, do contrário a descoberta do desvio de temperatura pode ser tardia. Sendo assim, um uso mais sofisticado e mais eficiente do datalogger é associado a dispositivos online. Pois são estes que enviam notificações em tempo real e possam alertar os profissionais envolvidos no controle de temperatura. 

Sensores (IoT)

Uma das possibilidades mais seguras para monitorar a temperatura de maneira contínua é o uso de tecnologias. Um dos exemplos são os sensores com comunicação sem fio, juntamente com diversas redes de comunicação para envio de notificações. As principais redes são: Ethenet (cabeada), Wifi, GPRS, Bluetooth, Zigbee, 3G, 4G e afins.

Utilizando IoT ou Internet das Coisas no monitoramento de temperaturas, é possível captar informações através de sensores e enviá-las para a nuvem, onde se tornam acessíveis de qualquer lugar, excluindo a necessidade de presença física de um profissional no local. 

Dessa forma, um dispositivo móvel, como um smartphone, um tablet ou até mesmo um smartwatch pode receber alertas de mudanças de temperatura. Isso permite tomadas de decisão mais rápidas para lidar com o problema e evitar perdas das vacinas em transporte.  

Junto com os sensores, no sistema de acesso remoto, existe também a opção de utilizar os limites digitais de máxima e mínima. Eles podem ser pré-programados para emitir alarmes sempre que a temperatura medida chegue próxima aos limites de segurança.

Ferramentas

Caso tenha interesse em saber mais sobre estas ferramentas, você pode fazer o download de nosso e-book “Métodos para um controle eficaz de temperaturas“ ou assistir a nossa webinar gravada falando sobre a eficácia das temperaturas em vacinas.

Existem diferentes possibilidades para assegurar o sucesso da conservação de vacinas em transporte. O importante é não deixar de tomar cuidado com estas medidas, evitando assim prejuízos financeiros e possíveis danos à saúde dos usuários das vacinas.

Na Sensorweb oferecemos, além da solução completa para monitoramento de temperaturas, soluções para transporte. Caso tenha interesse em conhecer outros métodos e soluções para monitorar temperatura em transporte, entre em contato.

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

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21/07/2020/0 Comentários/por Raabe Moro
https://i1.wp.com/sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2020/07/03.08-header_blog.png?fit=833%2C322&ssl=1 322 833 Raabe Moro https://sensorweb.com.br/wp-content/uploads/2019/02/logo2.png Raabe Moro2020-07-21 08:17:112020-07-21 08:17:11Vacinas em transporte: conheça os cuidados a ser seguidos

O Engenheiro Clínico e o Hospital Conectado

Blog, Engenharia Clínica, Equipamentos e Tecnologias, Internet das coisas
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Se você acompanha nosso blog, já deve ter percebido que damos muita importância a Saúde 4.0, o futuro das coisas (inclusive da medicina) e todas as tendências tecnológicas desta área. É claro que, seguindo por este caminho não poderíamos deixar de mergulhar em uma das frentes que representa a poderosa fusão entre a saúde e tecnologia: Os hospitais conectados e o engenheiro clínico.

O Engenheiro Clínico é um profissional de importância única, pois este é fundamental para o bom funcionamento (e aqui estamos sendo modestos) de uma instituição de saúde, especialmente quando o assunto é gestão de equipamento e infraestrutura.

Os profissionais desta área são a linha de frente para que o hospital se torne inovador e ágil sem perder a infraestrutura já adquirida. Quando se fala em hospital conectado então, o engenheiro clínico se torna uma peça-chave nessa transformação.

A tendência é que esta profissão ainda cresça muito!

E não se engane, o número de hospitais conectados está se desenvolvendo tanto quanto o mercado da engenharia clínica.

O que contribui expressivamente para o bem estar dos pacientes, para o crescimento dos profissionais de saúde e para as inovações na área da saúde. Por esses motivos é que falaremos com detalhes sobre essa profissão e qual a relação com o hospital conectado.

Avisto importante: Você não precisa ser da engenharia clínica para aproveitar cada linha deste artigo. Se você participa da área da saúde ou apenas tem interesse de se aprofundar neste universo, este artigo será útil para você.

Um pouco da engenharia clínica

Você sabia que a engenharia clínica faz parte de uma outra formação? Ela é uma área de conhecimento que surgiu por conta da necessidade em executar funções com o foco específico dentro de uma outra área de atuação – a engenharia biomédica.

Na verdade, para se tornar um engenheiro clínico você precisa primeiro ser um engenheiro biomédico, e nós falaremos mais a frente sobre a importância deste profissional para o funcionamento de qualquer hospital.

Essa especialização começou nos Estados Unidos por volta dos anos 60 visto a necessidade gerada pela preocupação com os pacientes. Como você deve imaginar, a área logo se popularizou e se alastrou para outras partes do mundo.

No Brasil os profissionais da área demoraram um pouco mais a chegar, e só apareceram por volta dos anos 80, por conta de uma pressão financeira – afinal, economicamente falando, uma gestão de tecnologia apropriada traz uma grande contribuição para o ambiente hospitalar.

O que faz um engenheiro clínico?

Como falamos, a Engenharia Clínica demorou a chegar no Brasil e por isso é importante lembrar que a profissão ainda está engatinhando por aqui.

engenheiro clínico e o hospital conectado

De maneira geral, hoje, o engenheiro clínico é o profissional que vai cuidar do que chamamos do “ciclo de vida” da tecnologia e equipamentos hospitalares.

Podemos dizer então que ele gerencia tecnologias de saúde dentro da instituição, desde o recebimento e manutenção – preventiva e corretiva – até tarefas mais específicas como testes de aceitação e treinamento de funcionários.

O engenheiro clinico também atua na infraestrutura – principalmente em gestão de grandezas e construção ou reformas

O Engenheiro Clínico deve aplicar os conhecimentos que sua formação oferece para implantar melhorias na instituição de saúde e nos cuidados com o paciente em relação a toda a esfera que o envolve – como a infraestrutura física e dos equipamentos, por exemplo.

Parece muita coisa? E é mesmo! Por isso dividimos esse artigo em categorias, para você visualizar melhor como ficam as atividades de um engenheiro clínico. Mas antes, começaremos pelo conceito de hospital conectado.

Hospital Conectado, o que é?

Para entender o que está por trás do “Hospital Conectado” nós restamos um outro assunto que trouxemos em artigos de nosso blog.

A chamada Internet das Coisas – em inglês se chama Internet of Things (IoT) – é, resumindo, um conceito da tecnologia que atribui à objetos convencionais ou recém lançados uma integração por rede sem fio, de forma que estes possam se conectar entre si e ainda executar funções que antes eram feitas manualmente.

LEIA MAIS >> A internet das coisas otimiza processos de gestão em saúde

O Hospital conectado, então, é justamente um hospital que possui seus ambientes, equipamentos e dispositivos integrados sob uma única rede que providencia diversas funções como, por exemplo, o monitoramento, controle e registro de informações.

A existência de instituições conectadas como a que citamos é cada vez mais considerada uma necessidade. O espaço no mundo para ambientes desconectados e isolados está ficando cada vez menor. Podemos afirmar que, o hospital conectado representa uma nova era de eficiência e agilidade, conquistada através da tecnologia da comunicação.

Existe um outro profissional a quem a implementação de um hospital conectado beneficia tanto quanto a um engenheiro clínico, o médico. Ou seja, quando o assunto é salvar vidas, a tecnologia é uma forte aliada.

Afinal, é graças a ela que a informação é rapidamente compartilhada, analisada e absorvida, assim tornando as respostas à problemas mais velozes, eficientes e satisfatórias para todos, principalmente, os pacientes.

LEIA MAIS >> Tendências para a farmácia hospitalar: profissionais, processos e tecnologia

Um dos destaques que a fusão entre medicina e hospital conectado traz, tem a ver com o acesso das equipes de saúde a todas as informações disponíveis sobre um paciente, seus alertas e as relações com outras doenças, medicamentos e tratamentos. Esse feito só é possível graças as mais variadas e complexas formas de recursos tecnológicos que temos ofertadas nas atuais gerações.

Dito isso, concluímos brevemente que os hospitais conectados (como já falamos diversas vezes no nosso blog) fazem parte do “futuro da medicina”. Os ambientes conectados já apresentam uma gama de equipamentos, componentes e modelos de gestão avançados em comparação aos modelos ainda mantidos na gestão de saúde pública do Brasil. Além de que os profissionais, como os da engenharia clínica, devem ser atentos às tendências que surgem no mercado.

Nós já escrevemos um e-book recheado de informações sobre a conexão dentro do hospital, se você quer se aprofundar neste assunto, baixe agora: Hospitais Conectados: Como Funciona?

Engenheiro Clínico em Hospitais

A influência que o engenheiro clínico possui na escolha de equipamentos e inovações para o hospital é alta, e sim, essa profissão pode – juntamente com a estratégia administrativa e médica – transformar o hospital em pura tecnologia. Por isso o reforço de que: a presença e atuação de um engenheiro clínico no hospital é fundamental.

É este profissional que é responsável pelo ciclo de vida dos equipamentos, gestão de insumos na infraestrutura hospitalar e na integração entre a saúde e a tecnologia. Pois, não basta ter equipamentos, softwares e infraestrutura preparada se as equipes de saúde não fizerem uso delas em prol de suas atividades, ampliando a segurança do paciente.

Com base nisso, podemos afirmar que o trabalho de um engenheiro clínico se desenvolve melhor quando este trabalha em conjunto com a área de tecnologia da informação (TI) da instituição – e quanto esta também se torna amigável para futuras mudanças na infraestrutura, na segurança de dados e nas formas que as coisas irão se conectar. Esses profissionais são complementares e ambos essenciais para o sucesso da aplicação tecnológica no ambiente hospitalar.

Engenheiro clínico e as funções principais

Para entrar em detalhes sobre as principais funções de um engenheiro clínico, acreditamos que um infográfico te ajudará a iniciar esse entendimento sobre a realidade desse profissional!

Vamos, então, à especificidade das mais importantes atribuições desse profissional.

Equipamentos

O engenheiro clínico se responsabiliza pela aquisição, recebimento, testes, plano de gestão, operação, treinamento de equipe – garantindo o uso eficaz e seguro da ferramenta, além de sua manutenção preventiva e corretiva – passando pelo recebimento, testes, plano de gestão, operação e treinamento de equipe.

LEIA MAIS >> Engenharia clínica e a IOT: gerencie a aquisição de equipamentos na saúde com maior eficiência

Resíduos tecnológicos e radioativos

Ele é responsável pela gestão dos resíduos tecnológicos e/ou radioativos da instituição. Você iria se surpreender com a quantidade de resíduos destes gêneros que são produzidos por hospitais.

O profissional deve programar o descarte dos materiais, baterias, lâmpadas, partes de peças usadas ou até mesmo equipamentos desativados e qualquer material técnico gerado das atividades do dia a dia do hospital.

LEIA MAIS >> Manutenção preditiva com monitoramento: evitando problemas em equipamentos hospitalares

Setor tecnológico

Primeiramente, todo o planejamento, definição e execução de políticas e programas da gestão médico-tecnológica é de responsabilidade do Engenheiro Clínico.

A parte de planejamento, definição e execução de políticas e programas para toda a gestão de tecnologia médica também está em sua alçada. Nisso, podemos incluir o gerenciamento de riscos, melhorias na qualidade do serviço, atendimento à demanda de pacientes e otimização da produtividade de todos os colaboradores da instituição.

LEIA MAIS >> Infraestrutura hospitalar: o que considerar na inclusão de tecnologias

Segurança antes e depois (do hospital estar pronto)

Se você pensa que o Engenheiro Clínico é essencial apenas quando o hospital já está pronto e em pleno funcionamento, está muito enganado!

Muito antes das portas abrirem, ainda no período de obras e/ou quando o hospital está apenas na planta, esse profissional se faz extremamente necessário. Ele é bastante requisitado (para não dizer indispensável) em várias etapas da obra, como dimensionamento de espaços, dimensionamento de parte elétrica, hidráulica e na pré-instalação de equipamentos.

Quando o assunto é segurança hospitalar, é responsabilidade do engenheiro clínico, ainda, orientar e fiscalizar todo esse processo que falamos ali em cima, para que a legislação e as normas que regem a Saúde sejam devidamente cumpridas. Surpresas desagradáveis não podem (nem devem) fazer parte dos planos.

Com o hospital já em funcionamento, caso haja necessidade, é ele quem realiza orçamentos, compatibiliza infraestruturas e gerencia as obras e/ou intervenções.

Consultoria

E por fim, mas não menos importante, os engenheiros clínicos podem oferecer consultoria para que um hospital alcance as certificações de qualidade exigidas pelo mercado e por órgãos reguladores. Esse serviço pode ser oferecido a mais de uma instituição ao mesmo tempo, colocando sempre a qualidade em primeiro lugar.

Gestão de Recursos

Vale lembrar que eles também podem se encarregar de questões financeiras! Tornando o hospital mais eficiente de si próprio e recorrendo a bem menos recursos econômicos. Eles são os responsáveis pelos custos de manutenção do hospital.

É dever de um bom engenheiro clínico tornar o hospital menos custoso e mais eficiente. Afinal, são eles que gerenciam contratos, orçamentos e coordenam serviços, além de avaliar e otimizar as operações internas. Eles são os responsáveis pelos custos de manutenção do hospital.

Agora que as principais funções estão explicadas, precisamos de contar mais uma coisa. Todo hospital deveria ter um engenheiro clínico à frente de sua gestão tecnológica. Afinal, muita Internet das Coisas e tecnologia aplicadas em um lugar mal administrado podem acabar virando um problema.

O futuro da engenharia clínica

Existe um crescimento alto na procura de profissionais nos últimos anos. Cada vez mais instituições de saúde incluem a inovação na sua estratégia, infelizmente ainda faltam profissionais. Este fato, só torna ainda mais difícil que o mercado veja uma melhoria no setor.

A tendência é que essa falta não dure por muito tempo, já existem instituições educacionais no país que oferecem curso de especialização nessa área. Esse movimento fará com que o número de profissionais tenha um crescimento considerável não apenas em quantidade, mas também em qualidade.

Graças a órgãos reguladores, como a Anvisa, que fez uma Resolução publicada em 25 de janeiro de 2010, a presença destes profissionais se faz  obrigatória em ambientes hospitalares (o que inclui hospitais de grande porte, clínicas ou postos de pronto atendimento, por exemplo).

Agora que você já conhece o universo da engenharia clínica, a lição que fica é que o tamanho do hospital é o que menos importa. O importante é que o hospital tenha um engenheiro clínico à frente de suas operações tecnológicas e administrativas. No final das contas, esse detalhe pode fazer toda a diferença quando o assunto for salvar vidas.

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13/07/2020/0 Comentários/por Valéria Riveiro
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