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Passo a passo da calibração de sensores de termômetros

Blog, Métodos de Conservação, Métodos de Medição, Métodos de Registro
calibração de sensores

O controle preciso da temperatura e umidade de ambientes, em que são armazenados medicamentos e vacinas, é fundamental para garantir a qualidade desses itens. Para isso ser realizado com eficácia, é importante realizar a calibração dos sensores de termômetros. 

Mesmo sendo um procedimento realizado por um laboratório externo, o responsável pelo estoque dos medicamentos deve garantir que a calibração dos sensores seja realizada adequadamente, e por um laboratório que emita um certificado de calibração.  

Muita informação de uma vez? Calma, neste artigo listamos um passo a passo para você solicitar a calibração dos sensores de maneira certa. Confira!

 

 

calibração de sensores

 

O que é um sensor de temperatura? 

Para indicar a temperatura de um ambiente ou superfície, os aparelhos (termômetros) possuem um sensor. Esse sensor, ou elemento sensível, pode estar em contato direto ou não com o material cuja temperatura se deseja medir. 

É por meio desses sensores que a temperatura do ambiente e o nível de umidade são sinalizados digitalmente em alguns aparelhos. 

O que é calibração de sensores? 

Conforme o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM – 2012) — publicação que uniformiza os termos usados em metrologia em diversos países, e que no Brasil está associada ao Inmetro — calibração é: uma “operação que estabelece uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões e as indicações correspondentes com as incertezas associadas”.  

Na calibração, o sensor é submetido a um teste em que é observado se a temperatura indicada (ou nível de umidade) corresponde ao padrão previamente estabelecido e já auferido por um equipamento de qualidade atestada. 

Entretanto, é importante frisar que não se trata de manutenção do termômetro. Muitos confundem e acreditam que a calibração é uma forma de ajustar problemas do sensor ou do equipamento, o que é falso.  

 

De forma resumida, a calibração é verificar se o sensor está medindo conforme deveria e, caso não, o quanto está errado. O ajuste propriamente dito é feito na manutenção corretiva, com base na informação técnica da calibração.

 

calibração de sensores

 

Então, na calibração, o sensor é regulado para medir a temperatura exata? 

Um ponto importante a ser destacado é, não há medição exata da temperatura. Todos os sensores apresentarão um valor aproximado, considerando uma variação aceitável segundo as necessidades do cliente. 

Ou seja, uma empresa que pode trabalhar com um desvio de 1°C poderá ter a calibração considerando essa “margem de erro”, para mais ou para menos.  

Como é realizada a calibração de sensores?  

Há metodologias distintas para calibração dos sensores, considerando o sensor e a necessidade do cliente. Veja a seguir as principais delas: 

  • Calibração de sensor de temperatura por contato: o sensor é colocado em um banho de calibração com temperatura homogênea. São definidos os parâmetros de temperatura aceitáveis em uma escala simulada conforme as necessidades do cliente.   
  •  Calibração de sensores de termômetros infravermelhos: calibração é realizada por um forno térmico de superfície escura, com emissividade e distância conhecida.
  • Calibração de sensor de um termo-higrômetro: por aferir temperatura e o nível de umidade relativa do ar, o teste é realizado em uma câmara climática, simulando o ambiente onde o cliente irá trabalhar. 

Erro de medição e Incerteza de medição 

Como sabemos, não existe calibração para aferir a temperatura exata. Dessa forma, os critérios utilizados são a partir de parâmetros de proximidade. Nesse caso, podem ocorrer dois fenômenos: erro e incerteza. 

  • Erro é considerada a diferença de temperatura acusada no sensor testado e o valor verdadeiro considerado no teste.  Por exemplo, erro de 2°C para cima se a temperatura definida foi de 4º e o termômetro indicou 6°C.  
  • Incerteza é o parâmetro definido onde o valor exato certamente estará presente. Por exemplo, um parâmetro de 1°C para mais e para menos. Nesse caso, é possível afirmar que a temperatura estará entre 0°C e 2°C. 

Esses dois dados devem ser observados no momento da calibração, já que em alguns processos uma variação de 2°C pode comprometer a integridade do produto. Por isso, em caso de soluções online, ela pode ser ajustada nas configurações do sensor com base nos certificados de calibração do laboratório. 

Mais um exemplo para facilitar  

Imagine que a calibração de um sensor indique um erro sistemático de – 2°C e este erro não tenha sido compensado no sensor ou no software. Quando o termômetro estiver aplicado em uma câmara de vacinas indicando 2°C, o que é  aceitável para conservação de imunizantes, na verdade, estaria se referindo a uma temperatura real de 0°C, ou seja, esse erro causaria o congelamento e consequente inutilização das doses. 

 

calibração de sensores

 

Quais são os critérios utilizados para calibração de sensores?  

As calibrações ocorrem considerando as normas da ABNT e a regulamentação do INMETRO, segundo requisitos da NBR ISO/IEC 17025. Para esclarecer dúvidas técnicas acerca dos critérios de calibração, é indicado consultar os documentos disponíveis no site do Inmetro.  

Destaque para os documentos: 

  • DOQ-CGCRE-009: Orientação para Acreditação de Laboratórios para o Grupo de Serviços de Calibração em Temperatura e Umidade. 
  • DOQ-CGCRE-028: Orientação para a calibração de câmaras térmicas sem carga. 

Passo a passo da calibração de sensores 

Agora que você já sabe mais detalhes sobre esse processo, observe o passo a passo que deve ser seguido quando for encaminhar o sensor para um laboratório de calibração: 

  • Passo 1: definição dos objetivos da calibração. Cabe ao cliente definir quais são as suas necessidades para que o laboratório possa estabelecer o parâmetro de calibração adequado. 
  • Passo 2: caracterização do sistema de medição a calibrar. Trata-se de uma função conjunta entre o cliente e o laboratório, observando as necessidades e modelo do sensor. 
  • Passo 3: seleção do padrão. Com base nas informações passadas pelo cliente, o laboratório definirá o padrão de calibração conforme as normas.   
  • Passo 4: planejamento e preparação do experimento. Etapa de pré-calibração cuja responsabilidade é do laboratório. 
  • Passo 5: execução da calibração. Também é uma etapa de responsabilidade do laboratório, seguindo os critérios estabelecidos nas etapas anteriores.  
  • Passo 6: processamento e documentação. Após a calibração, cabe ao laboratório emitir um certificado de calibração com os dados obtidos no procedimento e os parâmetros, erros de medição e incertezas de medição observadas.  
  • Passo 7: análise dos resultados. Cabe ao cliente, após receber o sensor calibrado, conferir o certificado e averiguar quais foram os parâmetros definidos no documento. 

É importante assegurar-se de que o Laboratório escolhido para realização da calibração seja acreditado ou rastreável, ou seja, se possui todos os documentos necessários para garantir a confiabilidade do processo.  

É possível consultar a lista de laboratórios Acreditados na RBC – Rede Brasileira de Calibração, disponível no site do Inmetro. 

 

Conheça o Sistema Sensorweb  

A Sensorweb é especialista em soluções digitais e inovadoras no controle de temperatura e umidade em serviços de saúde e na indústria farmacêutica. Para isso, oferece soluções online para configuração de sensores e controle de relatórios de desempenho.  

Além disso, os clientes Sensorweb contam com o serviço de calibração dos sensores, e ainda têm a ajuda dos especialistas Sensorweb, com mais de 13 anos de experiência no setor de saúde, para verificar junto ao laboratório os certificados, erros e incertezas de medição.   

Este artigo foi uma adaptação da nossa Masterclass. Para conhecer mais detalhes e soluções em calibração de sensores, assista gratuitamente ao conteúdo na íntegra: Os Segredos da Cadeia Fria para Ambientes de Saúde   

26/04/2022/0 Comentários/por Filipe Nely Walecki Nely Walecki

Boas práticas de armazenagem de medicamentos: reduzindo custos na logística e estoque hospitalar

Blog
As boas práticas de armazenagem de medicamentos como indicador

Muitas vezes, não percebemos a importância dos medicamentos para a saúde e qualidade de vida das pessoas. Pelo menos não até eventualmente ficarmos doentes ou surgir um vírus inesperadamente que vire o mundo de cabeça para baixo. Entretanto, existe um fator tão importante quanto, mas que é raramente considerado: a armazenagem de medicamentos.

Durante a pandemia de covid-19, o mundo acompanhou, esperançoso, o desenvolvimento de uma vacina eficaz contra o vírus. Comemorando o sucesso de cada etapa como um gol de final de copa do mundo.

Do laboratório ao braço, a população leiga pode entender a importância do transporte e armazenagem de medicamentos. Afinal, não faltaram matérias jornalísticas detalhando as condições específicas que a logística de vacinas deveria seguir para manter a eficácia dos preciosos frascos.

Quem trabalha com logística hospitalar entende muito bem isso. Além das vacinas, existem medicamentos para tratamento de doenças raras, como, por exemplo, o câncer. Aqui, estamos falando produtos que chegam a custar milhões, e podem ficar inválidos caso sofram oscilação de temperatura durante o armazenamento.

Além, é claro, do principal: a vida de alguém depende desses medicamentos.

Quantas pessoas puderam ter uma história mais longa, abraçar novamente um familiar, ou passar mais um Natal junto de alguém importante, graças ao trabalho “de bastidor” de um farmacêutico responsável por monitorar a temperatura de armazenagem de medicamentos?

armazenagem de medicamentos

O que é preciso saber sobre armazenagem de medicamentos

Armazenagem e distribuição de medicamentos são etapas da cadeia logística hospitalar. Esses dois conceitos englobam diversas atividades. Por exemplo, características que as instalações precisam ter, layout dos centros de distribuição, boas práticas de recebimento, manipulação e estoque, gestão dos medicamentos e monitoramento contínuo de temperatura e umidade.

Essas atividades fazem parte do que chamados de assistência farmacêutica, e tem como principal objetivo garantir a qualidade e eficácia dos medicamentos, por meio de boas práticas de armazenagem e gestão de medicamentos.

Resumidamente, a armazenagem de medicamentos é todo o processo que visa assegurar que os medicamentos saiam do laboratório e cheguem ao paciente com condições integras de uso.  Para entender detalhadamente o ciclo da assistência farmacêutica com o armazenamento e distribuição, indicamos a leitura do artigo: As Boas Práticas no Armazenamento de Medicamentos.

Mais do que executar tarefas operacionais, o farmacêutico que atua na gestão de armazenagem de medicamentos precisa entender a relevância do seu trabalho. Como falamos, medicamentos não são apenas pílulas, cápsulas, frascos de vacinas ou ampolas, mas esperança, saúde e qualidade de vida.

Como tais, merecem cuidado especial quanto a gestão de armazenamento e monitoramento de temperatura.  Ou seja, o farmacêutico é peça fundamental e estratégica para a produtividade e receita hospitalar, assim como para a saúde de quem depende daqueles medicamentos.

 

armazenagem de medicamentos

Um novo olhar para armazenagem de medicamentos em hospitais

O papel do farmacêutico na logística hospitalar se torna ainda mais relevante quando analisamos o contexto das instituições de saúde. Atualmente, os hospitais brasileiros vivem uma certa pressão por modernização, automatização de processos e melhora em indicadores de produtividade.

Isso pode ser visto em diversas frentes, principalmente na logística hospitalar. Estima-se que a logística hospitalar consuma entre 40%-60% do orçamento operacional de um hospital. Desse total, 27% são em material e equipamentos e 19% em mão de obra.

Por meio da otimização e modernização dos processos, calcula-se uma redução de custos que pode chegar a quase 50%. Sem falar, é claro, do custo indireto que o hospital terá com um processo mais eficiente e profissionais menos sobrecarregados.

Atualmente, cerca de 28% do tempo da equipe de enfermagem é gasto em atividades de assistência não paciente, como trabalhos administrativos, conferência, produção de relatórios manuais, etc. Por meio da tecnologia, é possível trazer diversos ganhos para essa área.

Por exemplo, redução de custos com perdas de medicamentos vencidos ou que perderam a eficiência por erros de temperatura e umidade, folha de pagamento, horas extras para conferência de estoque, entre outros.

Benefícios da tecnologia na armazenagem de medicamentos

Além da redução de custos com armazenagem de medicamentos, outro benefício da tecnologia nesse processo é a melhora do serviço prestado. Sabemos que por melhor que um profissional seja, ele ainda é humano. E como tal, ele cansa, tem dias bons e ruins, e eventualmente está sujeito de cometer um erro operacional.

Entretanto, falhas no registro de temperatura são mais comuns do que deveriam. Isso porque, acredite, muitas instituições ainda acreditam que a velha prancheta e caneta são suficientes para monitorar um estoque de medicamentos.

Sensores de monitoramento captam em tempo real a temperatura de armazenamento, emitem alerta quando existe alguma alteração e ainda geram relatórios customizados sempre que necessário. Ou seja, dispensam o trabalho manual e evitam falhas na armazenagem de medicamentos, evitando prejuízos incalculáveis.

Agora que você já entendeu bem a importância de modernizar os processos de armazenagem de medicamentos, o que acha de se aprofundar no assunto para propor melhorias no seu hospital? Baixe agora nosso e-book “Controle de Temperatura de Fármacos como Fatos de Qualidade Hospitalar” e confira tudo sobre o assunto!

 

Referências:

https://www.paho.org/bra/dmdocuments/Fasciculo%20012a.pdf

https://portalhospitaisbrasil.com.br/o-papel-da-logistica-intra-hospitalar-na-garantia-de-seguranca-e-reducao-de-custos/

https://bionexo.com/melhores-indicadores-de-estoque/

 

20/04/2022/0 Comentários/por Filipe Nely Walecki Nely Walecki

Medicamentos termolábeis: cuidados necessários para transporte

Blog, Medicamentos, Métodos de Conservação, Métodos de Medição, Métodos de Registro, Transporte de Insumos

O transporte de medicamentos, termolábeis principalmente, é a parte da logística farmacêutica responsável pelo deslocamento de produtos através de vários modais (rodoviário, ferroviário, aeroviário, marítimo). Ou seja, esta é a atividade que faz com que os remédios saiam das fábricas e cheguem aos hospitais, clínicas e farmácias para serem disponibilizados ao consumidor final da área da saúde: o paciente.  

1. Introdução

Em qualquer etapa da logística farmacêutica – que além do transporte inclui também as fases de armazenamento e distribuição -, as práticas adotadas podem resultar na conservação ou na deterioração dos fármacos, caso não sejam tomados os devidos cuidados.

Conservar o produto termolábil durante todas as etapas da logística irá garantir a sua estabilidade, que conceitualmente é entendida como: o tempo durante o qual o medicamento mantém, dentro dos limites especificados por quem o produziu, as mesmas condições e características que possuía quando foi fabricado. 

Significa dizer que adotar boas práticas no armazenamento, transporte e distribuição dos medicamentos é assegurar que eles mantenham o tempo de validade e a efetividade oferecidas pelo fabricante. 

RDC 304

A deterioração dos produtos durante as etapas de logística pode trazer prejuízos financeiros para as empresas (tanto fabricantes quanto transportadoras, porque ambas estão sujeitas à legislação que regulamenta o setor), além de sérios riscos para o consumidor final dos remédios. Por poder colocar em risco vidas humanas, os medicamentos precisam de muito cuidado para manter sua integridade e eficácia. E dentre eles há uma categoria que requer ainda mais atenção durante qualquer manuseio, os chamados medicamentos termolábeis. 

De acordo com a resolução 304 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a RDC 304, que estabelece as técnicas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamentos, o termolábil é um medicamento “cuja especificação de temperatura máxima seja igual ou inferior a 8°C”.

Esses produtos são altamente sensíveis às variações de temperaturas e precisam ser armazenados e transportados com equipamentos refrigerados e com monitoramento constante de controle de temperatura. 

Ao serem expostos a condições diferentes daquelas indicadas pelo fabricante, seja no armazenamento ou no transporte, os termolábeis podem sofrer alterações irreversíveis. Essas, por sua vez, fazem com que percam sua eficácia, como a diminuição de potência, redução de prazo de validade e alterações na toxicidade.

O principal problema nestes casos é que essas mudanças podem ser imperceptíveis a olho nu, mas com grandes riscos ao paciente que consumir o produto. 

Vacinas

As vacinas são exemplos de medicamentos termolábeis. Outro tipo de fármaco sensível à variação de temperatura que vem sendo cada vez mais utilizado são os remédios biológicos. Eles são feitos a partir da biossíntese de células vivas, e utilizados principalmente na luta contra o câncer.  

Entendendo a importância de armazenar e transportar corretamente os medicamentos termolábeis para não correr o risco de comprometer a saúde do paciente, quem trabalha na logística farmacêutica ou quem precisa contratar serviços desta natureza deve conhecer e seguir sempre as boas práticas de manuseio descritas pela ANVISA. Se o transporte for de cunho internacional, estes também devem seguir as regulamentações e políticas de saúde pública do país de destino. 

Desafios no Brasil

No caso do deslocamento, mais especificamente, há inúmeros desafios no Brasil em função dos diferentes climas existentes no país (que geram variação de temperatura de uma região para outra) e da grande extensão territorial brasileira. 

Neste artigo vamos então abordar as boas práticas para transporte de termolábeis, incluindo as que estão descritas na RDC 304. Elas envolvem a infraestrutura da empresa de transportes e também a capacitação adequada dos profissionais do setor.

2. Boas práticas na infraestrutura de transporte

As empresas que trabalham com transporte de medicamentos termolábeis precisam tomar uma série de cuidados para garantir a qualidade dos produtos, começando pela utilização de veículos adequados para esta atividade. Eles devem ser refrigerados e possuir um controle e monitoramento de temperatura. 

O transporte de qualquer medicamento, especialmente os termolábeis, jamais deve ser feito em veículos abertos que exponham os produtos às condições do tempo, como chuva e sol.

Com relação à atividade de monitoramento e controle de temperatura, a indicação é de que ela seja feita diariamente, incluindo verificação e registro. Estes deverão ser apresentados ao cliente no recebimento dos produtos e arquivados pelo menos durante o tempo de validade do produto.

Sistemas de Supervisão

A RDC 304 sugere que controle de temperatura no armazenamento e transporte de termolábeis seja realizado, preferencialmente, com sistemas de supervisão informatizados. Isso porque a automação neste processo traz maior confiabilidade dos dados, diminuindo consideravelmente as chances de erros de medição e de registro de temperatura. 

Alarmes Visuais e Sonoros

Além disso, a resolução da Anvisa recomenda que os “instrumentos utilizados no monitoramento e controle de temperatura disponham de alarmes visuais e/ou sonoros capazes de sinalizar excursões fora das faixas de aceitação”. 

Essa é mais uma vantagem dos sistemas automatizados de controle. Eles são programados para enviar aos profissionais responsáveis pelos produtos sinais de alerta se houver alteração nas condições do ambiente onde está o medicamento. Dessa forma, qualquer variação de temperatura pode ser percebida rapidamente e com tempo necessário para que o problema seja corrigido sem que o fármaco sofra danos em sua composição que possam levar à inutilização. 

Qualificação térmica

A RDC 304 sugere também que sejam realizados estudos de qualificação térmica para definir a posição dos instrumentos que medem a temperatura no interior da área refrigerada onde estão os termolábeis. Esses estudos são importantes para garantir que haja equilíbrio de temperatura no ambiente.

3. Capacidade da equipe que realiza o transporte

Toda transportadora que trabalha com medicamentos deve ter contratado um farmacêutico responsável pelas atividades da empresa e é possível que a empresa tenha em seu quadro também enfermeiros, químicos ou bioquímicos. Estes normalmente trabalham voltados ao setor da qualidade e regulamentações adequadas. 

Além dos profissionais com formação na área da saúde, outros funcionários de transportadoras que manuseiam fármacos, como motoristas e aqueles que fazem a carga e descarga no veículo, precisam ter conhecimento das boas práticas de logística farmacêutica para aplicá-las em seu dia a dia. 

Colaboradores

As transportadoras devem oferecer capacitações aos seus colaboradores para assegurar que eles tenham acesso às informações necessárias. É importante que todos os envolvidos no processo realizem os treinamentos, desde os profissionais da área da saúde até o motorista do veículo da empresa. 

A primeira prática importante que toda a equipe deve saber é: seguir sempre as recomendações do fabricante do medicamento. Isso inclui a manutenção da temperatura indicada, o monitoramento e controle desta temperatura ao longo do deslocamento e também as formas de acondicionamento dos produtos, como por exemplo, as regras para empilhá-los e a distância entre uma pilha e outra para garantir a circulação de ar ideal. 

Temperaturas

Com relação à temperatura, mesmo com a utilização de veículo refrigerado, o motorista deve estar tomar cuidados, como evitar ao máximo estacionar no sol. A empresa deve ter mecanismos para calcular a melhor rota para que o deslocamento seja o mais rápido possível, fazendo com que os produtos fiquem o menor tempo possível na etapa de transporte.  

Ainda em relação aos veículos utilizados para transporte de termolábeis, eles devem possuir superfície lisa e lavável. Isto é indicado para facilitar a limpeza e higienização do local onde os medicamentos ficarão durante o deslocamento, a fim de minimizar qualquer possibilidade de contaminação. 

Plano de Contingência

Outra prática essencial é ter um plano de contingência para situações adversas ou inesperadas. A transportadora deve ter em mente a possibilidade de congestionamentos em rodovias ou em regiões de mudanças de modal logístico, como portos e aeroportos, e estar preparada para isso. 

Os momentos de manuseio dos produtos termolábeis (como carga e descarga ou mudança de modal, de um caminhão para um avião, por exemplo), em que eles ficarão por um período expostos às temperaturas possivelmente maiores do que as indicadas pelos fabricantes, devem ser planejados buscando diminuir ao máximo essas variações. 

É importante também dar prioridade e descarregar sempre os termolábeis primeiro. No momento da entrega isso será de grande valia, após essa ação outros produtos que não sejam sensíveis à variação de temperatura poderão ser descarregados.

4. Normas para o recebimento dos medicamentos

Quem contrata o serviço de uma transportadora para o deslocamento de medicamentos termolábeis também deve seguir algumas recomendações para garantir a qualidade final do produto. 

O primeiro ponto a ser observado é certificar-se de que a empresa escolhida é qualificada para a prestação deste serviço. Ela possui toda a documentação necessária, por exemplo? Para trabalhar com medicamentos uma transportadora deve ter a lista abaixo.

Documentação

  • Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE): que é uma declaração cedida pela Anvisa;
  • Alvará Sanitário ou Licença Sanitária: concedida no estado ou município onde a empresa atua;
  • Certificado de Regularidade Técnica (CRT): documento expedido pelo Conselho Regional da classe que o profissional técnico responsável pela empresa é registrado. Em geral este profissional é um farmacêutico, mas é possível também contratar enfermeiros, químicos ou bioquímicos. 

Buscar referências e depoimentos de clientes que já trabalham com a transportadora é uma boa maneira de avaliar se os serviços prestados. Isso auxiliará a a saber se terão a qualidade necessária para garantir a conservação dos termolábeis em todo o processo de deslocamento. 

As boas práticas no transporte

Com a empresa de transporte definida, quem realizou a contratação (hospitais, clínicas e farmácias, por exemplo) também precisa de boas práticas no momento do recebimento dos produtos. Como os termolábeis devem ser mantidos com verificação e registro de temperatura diariamente, quando eles chegam ao seu local de destino o profissional que faz a recepção deverá checar todos esses registros. 

Na conferência de recebimento as boas práticas de transporte indicam que seja feita a verificação das condições físicas dos produtos e as especificações de quantidade estabelecidas na nota fiscal. Na ocorrência de qualquer inconformidade, o produto deverá ser devolvido ao fornecedor para que sejam tomadas as devidas providências. Os ocorrências mais comuns são as embalagens danificadas ou a variação de temperatura fora dos padrões definidos pelo fabricante.

Ruptura de temperatura em medicamentos termolábeis

Em casos de danos irreparáveis (mais comuns nos termolábeis por sua sensibilidade à variação de temperatura), essas providências podem ser o descarte dos remédios. Isso se dá por conta do risco de utilização de medicamentos com suas propriedades modificadas. O que acabará causando prejuízo financeiro para todos os envolvidos.

A RDC 304 recomenda que, para minimizar o tempo de exposição dos medicamentos à variação de temperatura durante o recebimento, se possível, a empresa que contratou a transportadora deve receber os produtos em áreas refrigeradas.

5. Conclusão

É possível dizer que a aplicação de boas práticas no transporte de medicamentos, especialmente os termolábeis, tem dois objetivos principais:

  1. Saúde para o paciente que irá consumir estes produtos;
  2. Segurança financeira para as empresas envolvidas no processo, evitando prejuízos.  

Em relação à saúde e ao interesse público das atividades de logística farmacêutica, qualquer medicamento que perca sua estabilidade poderá perder também sua eficiência. Isso afetará o tratamento a que é destinado e até mesmo causar danos ao paciente. 

Armazenamento, transporte e distribuição

No caso de medicamentos termolábeis (sensíveis à variação de temperatura), as condições de armazenamento, transporte e distribuição são ainda mais importantes e as medidas de controle devem ser mais rigorosas. Imagine uma vacina armazenada ou transportada em um local sem refrigeração, com temperatura acima da indicada pelo fabricante. Se aplicada em alguém, ela pode não ter o efeito de imunização pretendido e ainda ser tóxica. 

Em relação às questões financeiras, tantos as empresas fabricantes, quanto as transportadoras ou empresas que compraram os produtos (como hospitais, farmácias ou clínicas) podem ter prejuízos se os medicamentos não forem transportados corretamente. Isso porque se forem inutilizados pelas más condições eles precisarão ser descartados. 

Penalidades da ANVISA

Além disso, essas empresas estão sujeitas aos órgãos de regulamentação do Estado e podem sofrer penalidades caso não cumpram as regras de logística sugeridas pelas autoridades de saúde (como as boas práticas da RDC 304 ou da RDC 301). Sanções como multas ou mesmo interdição trazem grandes perdas financeiras às companhias. 

Sendo assim, seguir boas práticas de armazenamento, transporte e distribuição de medicamentos é a melhor forma de garantir a qualidade destes produtos. Além de evitar riscos à saúde dos pacientes e aos caixas das empresas. Neste artigo listamos especificamente as recomendações que se referem a etapa de deslocamento de fármacos, em especial os termolábeis. 

Para saber mais do assunto e estar sempre atualizado sobre questões relacionadas à logística farmacêutica, acompanhe também o blog da Sensorweb ou faça contato. 

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

Blog da Sensor
19/10/2020/0 Comentários/por Raabe Moro

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