Em hospitais, clínicas, farmácias e instituições públicas, a imagem é recorrente: prateleiras com estoques desatualizados, embalagens violadas ou vencidas, caixas esquecidas em depósitos ou devolvidas após a alta do paciente. O destino? Quase sempre o descarte.
Enquanto isso, do outro lado do balcão, faltam medicamentos essenciais para quem mais precisa.
O desperdício de medicamentos é um problema crítico no Brasil — e vai muito além do aspecto financeiro. Ele afeta diretamente a saúde pública, a sustentabilidade do sistema e a vida de milhares de pessoas. Neste conteúdo, vamos entender as causas, consequências e, principalmente, como reduzir essas perdas com organização, tecnologia e conscientização coletiva.
O tamanho do problema
Estudos recentes apontam que, no Brasil, entre 5% e 20% de todos os medicamentos adquiridos por instituições públicas são desperdiçados. Isso representa milhões de reais jogados fora todos os anos — além do impacto ambiental e do risco sanitário causados pelo descarte inadequado.
Os motivos variam:
- Falta de controle na dispensação e devolução de itens;
- Compras em excesso, sem gestão de demanda real;
- Armazenamento inadequado, fora das faixas ideais de temperatura e umidade;
- Falhas logísticas no transporte, que expõem medicamentos termolábeis a riscos térmicos;
- Desorganização no estoque, que impede a rotação por validade (PEPS).
A boa notícia é que esse cenário pode mudar. E a transformação começa com pequenas atitudes — mas também com investimentos estratégicos em monitoramento, rastreabilidade e digitalização de processos.
O impacto além do financeiro
Embora os valores desperdiçados impressionem, o dano vai além do orçamento. Cada medicamento que não chega ao paciente final representa:
- Uma oportunidade de tratamento perdida;
- Uma vaga a mais ocupada na fila de espera;
- Um paciente que aguarda pela dor a passar;
- Uma equipe de saúde que trabalha com incertezas.
No contexto hospitalar, especialmente no SUS, onde os recursos já são escassos, qualquer perda afeta a rotina de forma direta. E, para o farmacêutico, o sentimento é de frustração: afinal, controlar o desperdício é parte essencial da sua responsabilidade técnica e ética.
Por que ainda desperdiçamos tanto?
É comum que hospitais e clínicas operem com processos manuais. Planilhas de Excel, anotações em papel, falta de visibilidade sobre o estoque em tempo real. A urgência do dia a dia empurra a gestão para o improviso — e o controle de qualidade acaba relegado a segundo plano.
Além disso, muitas instituições ainda não monitoram corretamente as condições de armazenamento, especialmente de medicamentos termossensíveis. A temperatura de uma geladeira, se não for constantemente verificada, pode oscilar durante a madrugada e comprometer lotes inteiros.
Como reduzir o desperdício de medicamentos? 6 passos possíveis
Reduzir o desperdício exige envolvimento da equipe, investimento em tecnologia e, acima de tudo, mudança cultural. Veja algumas práticas essenciais para quem quer transformar esse cenário:
1. Implantar controle de estoque com validade
Não basta registrar entrada e saída. É fundamental classificar por data de validade e adotar a estratégia PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair). Isso garante que medicamentos próximos do vencimento sejam utilizados antes — e não esquecidos no fundo de uma prateleira;
2. Realizar inventários periódicos
Revisões regulares ajudam a detectar falhas, identificar sobras e alinhar o consumo real com os pedidos futuros. Quando há integração entre setores (farmácia, compras, enfermagem), os estoques se tornam mais inteligentes;
3. Treinar a equipe para o uso racional
Médicos, enfermeiros e técnicos devem ser orientados sobre o uso racional de medicamentos, evitando prescrições duplicadas ou uso incorreto de dosagens. Pequenas falhas operacionais, somadas, geram perdas enormes;
4. Monitorar temperatura e umidade em tempo real
O armazenamento correto é fator crítico. Para medicamentos termolábeis, qualquer variação fora do intervalo seguro invalida o produto. Soluções de monitoramento contínuo com IoT ajudam a manter o controle e prevenir perdas — inclusive durante o transporte;
5. Digitalizar processos e relatórios
Planilhas manuais têm alto risco de erro. Sistemas automatizados oferecem visibilidade em tempo real, além de garantir rastreabilidade e relatórios prontos para auditorias;
6. Avaliar constantemente as causas de perda
Medicamentos vencidos? Mal armazenados? Mal requisitados? Rejeitados por erro de prescrição? Identificar a causa é o primeiro passo para reduzir as ocorrências e construir uma cultura de boas práticas.
Descarte adequado: parte da responsabilidade
Quando o descarte se torna inevitável, ele precisa ser feito com responsabilidade. O descarte incorreto de medicamentos pode contaminar o solo, lençóis freáticos e até afetar a saúde da população.
No caso de hospitais e clínicas, o ideal é seguir as normas da Anvisa e da RDC 222/2018, que estabelece diretrizes para o gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde. Para medicamentos vencidos, inutilizados ou contaminados, o descarte deve ser feito por empresa especializada e devidamente licenciada.
O papel da Sensorweb na redução do desperdício
A empresa já ajudou dezenas de instituições a evitarem prejuízos e aperfeiçoarem suas rotinas. Um dos cases de sucesso mais emblemáticos é o da M.S. Diagnóstica, que reduziu perdas após abandonar o modelo de controle manual.
Com apoio técnico e uma plataforma intuitiva, a Sensorweb se tornou aliada de quem luta por mais eficiência na saúde.
Conclusão: desperdício é escolha — e prevenção também
Reduzir o desperdício de medicamentos é um compromisso com a saúde pública, com a sustentabilidade e com a vida. As perdas não são inevitáveis. Elas são, muitas vezes, o resultado de processos mal geridos, falta de visibilidade e ausência de controle.
Com pequenas mudanças e as ferramentas certas, é possível reverter esse cenário. A Sensorweb acredita em uma gestão mais inteligente, conectada e segura — onde cada comprimido, frasco ou ampola chegue ao paciente com integridade e propósito.
Se você também acredita nisso, conte com a Sensorweb como parceira na sua transformação.

Os conteúdos da Sensorweb são produzidos pelo time de especialistas em tecnologia e saúde, referência nacional em monitoramento de temperatura e umidade para a cadeia do frio. Nossa missão é compartilhar conhecimento e soluções que ajudam hospitais, farmácias, laboratórios e indústrias a reduzir perdas, garantir conformidade e proteger vidas.