Classificação de Risco para o Transporte de Sangue e Componentes
A classificação de risco de materiais biológicos para transportes é uma recomendação da OMS – Organização Mundial de Saúde que nos dias de hoje nada mais é do que a base para a regulamentação de transporte desse tipo de material em todo o mundo. Inclusive para Sangue e componentes.
Todas essas recomendações são enviadas aos governos e organizações internacionais que estão preocupados com a regulação de transporte de mercadorias que podem ser consideradas perigosas. A OMS tem como objetivo fornecer um conjunto de regras que podem ser utilizados como base de regulamentos tanto nacionais como internacionais para os diversos modos de transporte como forma de uniformizar o entendimento desse tipo de material e dessa forma contornar necessidades especiais que possam aparecer.
Princípios de risco biológico para transporte
A OMS avalia dois princípios importantes quando o assunto é transporte e manipulação de material com potencial infeccioso. São eles:
1. As precauções na manipulação de material biológico com potencial infectante são destinadas à reduzi o risco de transmissão de agentes infecciosos, de fontes de perigos conhecidos e também desconhecidos, através de barreiras protetoras. Essas precauções se aplicam ao sangue e outros fluídos e secreções corporais (exceto o suor), pele não intacta e membranas e mucosas.
Dessa forma, é recomendado aos trabalhadores da saúde o uso de barreiras individuais e coletivas como, EPIs para própria proteção, dos pacientes, dos materiais e também do meio ambiente. Em relação ao transporte, a barreira protetora é o próprio sistema de embalagem.
2. Mecanismos infecciosos explicam os fatores que necessitam ser levados em consideração quando há risco de infecção por agentes patogênicos específicos. Entre eles estão:
- O modo de exposição ao agente
- Estabilidade do agente infeccioso no meio ambiente
- Patogenicidade do agente, bem como a dose infeciosa
- Os caminhos de infecção
- O tratamento preventivo e terapêutico
Tendo conhecimento sobre quais são os princípios de risco biológico para transporte, os profissionais da área de saúde que trabalham nessa área, precisam também se atentar ao nosso próximo tópico que demonstra a categoria de cada substância infecciosa, cuja importância é equivalente ao primeiro tópico abordado.
Categorias de substâncias infecciosas
As substâncias infecciosas estão divididas em três principais categorias, são elas:
- Substâncias infecciosas categoria A
- Substâncias infecciosas categoria B
- Material biológico de risco mínimo (Material isento)
Substâncias Infecciosas categoria A
Material biológico infeccioso, do sangue e componentes, que tem o poder de causar incapacidade permanente ou então ser uma enfermidade mortal, colocando em risco a vida humana e de outros animais saudáveis. Existem vários exemplos que se encaixam nessa categoria como: Vírus Ebola ou então cultura de Bacillus anthracis, por exemplo.
Substâncias que estão na categoria A são consideradas de alta periculosidade que, potencialmente podem ser utilizados em incidentes terroristas e que podem ter como resultado sérias consequências à saúde. Vale salientar que uma exposição ocorre quando determinada substância infecciosa entra em contato físico sem qualquer tipo de proteção em seres humanos ou então em animais.
Substâncias infecciosas de categoria B
Nessa categoria estão os materiais de risco biológico infecciosos ou potencialmente infeccioso que não cumprem os critérios das substâncias de categoria A.
Amostras de pacientes ou então doadores de sangue com resultados reagentes ou então positivos para marcadores de agentes infecciosos estão dentro da categoria B. Ressaltando que mesmo amostras positivas para HIV e HBV estão classificadas nessa categoria, a não ser quando se trata de material com cultura desses tipos de vírus, sendo assim classificados como dentro da categoria A.
Material Biológico de risco mínimo
Nesta categoria estão inseridos os materiais biológicos provenientes e indivíduos sadios que foram submetidos a juízo profissional baseado em história clínica, sintomas, características individuais e condições epidemiológicas que garantem segurança mínima do material biológico conter micro-organismo patogênicos e infecciosos, mesmo que esses materiais não tenham sido submetidos a testes laboratoriais para averiguar marcadores de doenças transmissíveis. Em alguns países essa categoria recebe o nome de categoria C.
De acordo com a OMS essas são as classificações de Risco para o Transporte de Sangue e componentes.
Fonte de Pesquisa: Anvisa das páginas 18 a 39.
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