Gestão de Alimentos: como supermercados, restaurantes e consumidores podem se manter distantes de problemas.
No último mês, em Florianópolis, ocorreu uma das maiores apreensões de produtos armazenados fora da temperatura ideal em mais de 30 supermercados da cidade relacionados a gestão de alimentos. O Procon foi quem tomou a ação desta vez e todos os estabelecimentos visitados tiveram problemas ou estavam com produtos irregulares, afirmou Celso Sandrini, secretário de Defesa do Consumidor, Trabalho e Renda em reportagem. O órgão ainda informou que houveram apreensões de mercadorias, notificações e multas aos estabelecimentos.
Notícia: Procon de Florianópolis Apreende Produtos Refrigerados fora da temperatura ideal
Entendendo a situação!
Infelizmente, situações como essa acontecem ao nosso redor cada vez que os órgãos decidem fiscalizar. Por exemplo, se hoje você colocar no Google sobre apreensão de produtos refrigerados, supermercados ou produtos vencidos apreendidos, encontrará uma série de reportagens denunciando situações nas quais foi encontrada irregularidades quanto às boas práticas de conservação.
Atualmente, existe uma regulamentação ampla que orienta quanto a segurança alimentar dos consumidores, preservação de produtos e boas práticas de armazenagem tanto de produtos em temperatura ambiente quando os que necessitam de controle de temperatura e umidade. Então, o que é possível fazer para melhorar as condições e evitar esse tipo de problema e porque fazer?
Existe legislação para isso?
A resposta é, definitivamente, sim, existe! A principal norma utilizada pela ANVISA para o setor de alimentos é a RDC 216/2004.
RDC? Resolução da Diretoria Colegiada, são documentos provenientes das reuniões que ocorrem com a equipe vigente da Anvisa e quem constrói os regulatórios trabalhados em pauta. Cada RDC aborda aspectos específicos e existem muitas – já falamos por diversas delas aqui no blog.
A RCD 2016/2004, em específico, discursa sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação e nós destacamos abaixo os trechos mais importantes relacionados à conservação de temperatura e produtos sensíveis, como foi o caso dos mais de 80 quilos de queijo que foram apreendidos na região continental da cidade de Florianópolis.
Duas são relacionadas ao ambientes como supermercados e a conservação desses alimentos (caso citado na nossa introdução), são elas:
2.13 Produtos perecíveis:
produtos alimentícios, alimentos “in natura”, produtos semi-preparados ou produtos preparados para o consumo que, pela sua natureza ou composição, necessitam de condições especiais de temperatura para sua conservação.
2.14 Registro:
consiste de anotação em planilha e ou documento, apresentando data e identificação do funcionário responsável pelo seu preenchimento.
Aqui, fica visível a necessidade de controle constante e, principalmente, a ação efetiva em caso de desvio da temperatura. Afinal, de que serve registrar temperatura e elas estarem fora das indicações dos produtos vendidos? Quantos “congelados” você encontra em geladeira aberta ou em temperatura ambiente e que deveriam estar em temperatura de 0ºC a 7ºC?
Mas não se engane! Não é somente no supermercado que os consumidores e pessoas preocupadas com a saúde devem prestar atenção. A legislação também aborda os ambientes de preparo de alimentos, é o caso das sorveterias, pizzarias, restaurantes, e – porque não – food trucks. Esses lugares também possuem legislação para se manterem regularizados em caso de visita de órgãos reguladores. Quanto ele a RDC 216/2004 escreve o seguinte:
4.10.3 Os equipamentos necessários à exposição ou distribuição de alimentos preparados sob temperaturas controladas, devem ser devidamente dimensionados, e estar em adequado estado de higiene, conservação e funcionamento. A temperatura desses equipamentos deve ser regularmente monitorada.
Restaurantes famosos, grandes hotéis e locais com grande quantidade de atendimento ao público normalmente são os mais visados pela fiscalização e estes se preocupam com o rigor do monitoramento de temperatura das geladeiras e câmaras frias. Mas… e os pequenos lugares que comemos no nosso dia a dia? Como eles estão lidando com a gestão dos alimentos? É um alerta a se questionar, quando olhamos para a quantidade de notícias e até mesmo nas nossas conversas diárias.
Afinal, quem nunca ouviu que um amigo (ou nós mesmos) passou mal depois que comeu um alimento “na rua”? Pois é, a temperatura também pode estar envolvida nesta questão – neste caso a má conservação e, por vezes, um registro negligenciado.
O impacto das temperaturas para nós, consumidores!
Uma coisa é fato, todos nós – inclusive proprietários e funcionários do setor alimentício – somos consumidores e estamos dentro das estatísticas quanto aos problemas de saúde após ingestão de bebidas ou alimentos contaminados. Uma pesquisa americana afirmou que 1 em cada 6 pessoas, ao menos uma vez por ano passa mal por essas questões – surreal né?!
Além disso, o próprio setor de alimentos perde (e muito) dinheiro por causa da segurança dos alimentos, regulamentações, apreensões e toda a gama que envolve as boas práticas para uma alimentação segura. Sim, estamos falando de algo entre 5 e 17 BILHÕES de dólares nos Estados Unidos.
Afinal, existe solução para a gestão de alimentos?
Sim! É possível impedir uma infinidade de problemas – em toda a cadeia logística – relacionado as bebidas e alimentos que necessitem de controle de temperatura, com a adoção de soluções completas, onde exista equipamentos calibrados e regularizados mais sistema de monitoramento, registro e alerta. Assim é possível muito mais do que o que a ANVISA pede.
Com soluções produzidas via a Internet das Coisas (IoT), é possível cobrir do fabricante ao consumidor, garantido que alimentos e bebidas estejam com a mesma estabilidade que saíram da indústria. Se quiser saber mais sobre como resolver esses problemas e ficar tranquilo quando os órgãos regulatórios, você pode solicitar uma apresentação nossa e descobrir como facilitamos o seu crescimento.
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