As dificuldades no registro e monitoramento térmico de produtos em transporte
Controlar, registrar e monitorar a temperatura de qualquer produto sensível, por si só, já é algo complexo de ser realizado. Porque ele necessita de métodos eficazes e bem consolidados para que tudo dê certo. Quando falamos sobre o monitoramento da temperatura durante a distribuição e transporte desses produtos, a dificuldade aumenta significativamente. Isso porque as intempéries que surgem durante o processo de transporte podem colocar em risco a integridade do produto, sejam amostras de sangue, de tecidos ou mesmo medicamentos. Conheça, então, as principais dificuldades que o monitoramento, registro e controle térmico enfrentam quando precisam estar integrado a um sistema de transporte.
Principais Dificuldades
Fontes de energia
Um dos problemas mais recorrentes está ligado às formas de prover energia para os sensores. Isso porque a grande maioria dos dispositivos (incluindo o datalogger, em alta no mercado) conta com alimentação oriunda de baterias externas. Em uma viagem, um mau planejamento da relação tempo x consumo de energia das baterias pode cortar a alimentação do dispositivo utilizado, impedindo o registro das temperaturas durante o transporte.
Integridade do dispositivo
Outro grande problema em se monitorar e controlar a temperatura de uma carga em transporte está na frágil integridade física e operacional dos dispositivos utilizados, que podem ter sua localização alterada ou no pior caso serem desligados.
Funcionários qualificados
Há também o problema da mão de obra especializada em trabalhar com materiais sensíveis à oscilação de temperatura, tanto no que se diz respeito ao material transportado em si, como também na interação com os sensores e controladores térmicos.
Transporte
Um problema de âmbito global mas que no Brasil se torna mais grave. As formas de transportes bem como as estradas utilizadas podem representar um empecilho, uma vez que podem apresentar situações adversas imprevisíveis. Outro fator a ser levado em conta é a qualidade das vias, a quantidade de interligações e sua abrangência. No Brasil, a ausência de uma manta viária abrangente e sua precariedade, aliada a falta de segurança nas principais vias do país, são agravantes sérios que podem comprometer de forma irreversível o controle e monitoramento térmico. Podem, por exemplo, aumentar o tempo de viagem ou expor o produto a temperaturas elevadas.
Regulamentações Incompletas
Podemos considerar que os avanços sobre a questão de análise e controle térmico de produtos sensíveis (sangue, tecidos ou medicamentos especiais) deram um grande salto na última década, ao passo que a legislação sobre esse setor não conseguiu acompanhar tamanha evolução, criando regulamentações “tapa-buraco”. Essa legislação vaga é constantemente revista, impossibilitando a sua utilização como base para tomadas de ações seguras.
Embalagens
Pode não parecer, mas as embalagens utilizadas no processo de validação do monitoramento e controle térmico também são outra dificuldade para o transporte. Isso porque são poucas as empresas que lidam com esse tipo de material e que ao mesmo tempo se enquadram na legislação vigente (legislação que se altera constantemente). O segmento da embalagem é tão importante que existem empresas se especializando na validação de embalagens.
Mas existe uma luz no fim do túnel: o registro, o controle e o monitoramento térmico de produtos em transporte vem se especializando e criando novas formas para atuar de forma mais consolidada. O importante na hora de realizar o registro e monitoramento térmico do produto a ser transportado é trabalhar com empresas dedicadas em desenvolver métricas e sistemas eficazes obtendo um controle mais próximo à realidade no transporte.
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