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Panorama da saúde no Brasil: do Brasil Colônia até o período pós-pandemia

Conheça os principais acontecimentos da saúde no Brasil, a linha do tempo do desenvolvimento do setor e as principais tendências para o futuro.

No dia 5 de agosto comemoramos o Dia Nacional da Saúde e para celebrar essa data, vamos fazer uma retrospectiva sobre o panorama da saúde no Brasil, desde a colonização. Além disso, também vamos mostrar o cenário pós-pandemia e as principais tendências para o futuro do setor.

Vamos lá?

As condições da saúde durante o Brasil Colônia

Como você certamente aprendeu nos livros de história, antes da chegada dos europeus no Brasil, o país era povoado apenas por povos indígenas. Mas, o que você talvez não saiba é que, junto com os portugueses, chegaram ao Brasil várias doenças que, apesar de conhecidas no exterior, nunca haviam sido transmitidas para os índios.

 

Como a população indígena não havia desenvolvido imunidade para combater essas doenças, muitos acabaram perdendo suas vidas. Além disso, também precisamos ressaltar que naquela época, a preocupação com a saúde era praticamente nula. Sem estrutura nenhuma, quem precisava de alguma assistência nesse sentido geralmente recorria a curandeiros, pajés e boticários.

As mudanças que a família real portuguesa implantou

Quando a família real portuguesa chegou ao Brasil, em 1808, os investimentos na área da saúde começaram a aumentar. Prova disso foi a criação de cursos universitários de Medicina, Cirurgia e Química.

Anos depois, quando Dom Pedro II já havia se tornado imperador, ele investiu ainda mais na saúde e na higiene pública. Isso foi necessário especialmente porque, nessa época, a varíola se tornou uma das grandes preocupações sanitárias do país. A erradicação da doença, inclusive, era uma das principais metas do Instituto Vacínico do Império. Essa instituição era responsável por estudar, melhorar e aumentar a distribuição de vacinas, especialmente a contra a varíola.

O Brasil República e a criação do Ministério da Saúde

Quando o país já havia se tornado uma República, em 1889, o Brasil continuava sofrendo com epidemias e falta de saneamento básico. Por essa razão, foi criada uma lei que tornava a vacinação obrigatória, fato que causou grande revolta em 1904. Naquela época, já notava-se a necessidade de um órgão responsável pela área. Mas foi apenas em 1953 que o Ministério da Saúde foi criado. Antes disso, no governo de Getúlio Vargas, ele era dividido em Ministério da Educação e Saúde.

 

O principal objetivo do novo Ministério da Saúde era a criação de políticas públicas de saúde, além de melhorar o atendimento em zonas rurais. Foi na mesma época que aconteceram as primeiras convenções do setor, que foram fundamentais para trazer à tona a discussão sobre um sistema de saúde para toda a população.

A criação do SUS

Foi com a criação da Constituição, em 1988, que a saúde se tornou direito de todo cidadão e dever do Estado. Isso serviu de base para a criação do Sistema Único de Saúde, dois anos depois. Apesar dos inúmeros desafios, que envolvem problemas financeiros e mau gerenciamento dos mesmos, o SUS é considerado uma grande conquista da população. Inclusive, em 2019, aproximadamente 75% da população brasileira era dependente do sistema. Sem falar que ele ainda serve de modelo para vários países.

O cenário atualmente

É impossível falar da saúde nos dias atuais sem mencionar a pandemia do coronavírus. Afinal, essa foi uma crise sanitária sem precedentes e um verdadeiro divisor de águas para a saúde brasileira, especialmente no que diz respeito aos avanços tecnológicos do setor.

 

Fato é que, se antes, a inserção da tecnologia “engatinhava” na área, com a pandemia e a necessidade do distanciamento social, mudanças que levariam vários anos foram implantadas em poucos meses. Isso pode ser percebido em inúmeras áreas, desde o atendimento médico até a própria vacinação.

 

A telemedicina e o atendimento virtual a pacientes, para evitar contaminações, talvez sejam os maiores exemplos. Sendo que até hoje, com a pandemia mais controlada, é possível ver profissionais da área utilizando soluções tecnológicas para orientar, encaminhar e monitorar pacientes.

 

Já, com relação à criação das vacinas, podemos dizer que elas foram criadas em tempo recorde. Afinal, em menos de 12 meses algumas já haviam sido aprovadas. Mas é claro que é importante ressaltar que, mesmo que elas tenham sido desenvolvidas “rapidamente”, a tecnologia por trás de muitas delas já eram antigas. O próprio SARS-CoV, por exemplo, já vinha sendo estudado por especialistas da área. Sendo assim, foi preciso apenas adaptar a vacina.

O que esperar do futuro?

Não é um equívoco dizer que o futuro da saúde está diretamente relacionado à pandemia e, é claro, às soluções tecnológicas. Recursos como Inteligência Artificial, Big Data, nuvem e Internet das Coisas Médicas serão cada vez mais utilizados. E como a tecnologia vem para contribuir no dia a dia dos profissionais da saúde, na prática espera-se que haja mais tempo para dedicar ao paciente. Com isso, uma das grandes tendências para o futuro é um atendimento mais humanizado.

 

Ou seja: o futuro da saúde no Brasil é extremamente promissor. E a tecnologia tem um papel fundamental para garantir o sucesso deste setor. Mas, para isso, é imprescindível garantir incentivos à inovação. Pois, apesar do país já vir mostrando um interessante crescimento quantitativo e qualitativo da produção científica nos últimos 15 anos, dificilmente essas pesquisas eram concretizadas e chegavam a se tornar ações benéficas para a sociedade.

 

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