Falhas comuns na conservação de vacinas e como evitá-las
Diferentes causas e ocorrências podem gerar perdas e danos ao estoque de vacinas. Sabe-se hoje que, apesar de vivermos em um mundo altamente tecnológico, ainda se perdem quantias exorbitantes de vacinas. Por exemplo, em estudo realizado na região metropolitana de Curitiba (PR) [1], foram perdidas cerca de 1,5 milhão de doses de vacinas entre os anos de 2007 e 2010.
É importante, deste modo, conhecer o que causa todas estas perdas e como podemos evitá-las.
As principais falhas
De acordo com pesquisas realizadas no município de Florianópolis [2], em 2011, há dois fatores que causam a maior porcentagem de ocorrências prejudiciais às vacinas no município, sendo elas:
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Queda ou falta de energia elétrica (18% das ocorrências)
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Falhas no equipamento de refrigeração (52% das ocorrências)
Com relação aos desvios de temperaturas nestas ocorrências, segundo a mesma pesquisa, 55% ocorre por aquecimento (acima de 8°C), 44% ocorre por resfriamento ou congelamento (abaixo de 2°C) e 1% das ocorrências sofrem variações que ultrapassam tanto as faixas superiores como inferiores das temperaturas ideais.
Como revertê-las
1) Driblando as quedas ou faltas de energia elétrica
Para evitar perdas devido a quedas ou falta de energia, é possível utilizar-se de no-breaks, geradores independentes, ou ainda maletas térmicas para medidas emergenciais.
Em uma queda de energia, é possível ganhar tempo com um no-break eficiente – visto que ele irá sustentar a alimentação de energia por um curto período de tempo para o equipamento. Este tempo, por exemplo, poderá ser suficiente para a energia retornar (em alguns casos) ou então para realizar a retirada das vacinas do refrigerador para uma maleta térmica devidamente preparada.
A melhor recomendação, principalmente em casos de grandes quantias de vacinas, é o uso de geradores independentes – que são acionados em casos de quedas de energia e possuem uma autonomia de longos períodos de tempo – podendo assim fornecer a energia necessária para grandes prédios e instituições.
Além destas medidas, é importante ser informado sempre que houver uma queda de energia, havendo tempo hábil para tomar as medidas cabíveis. Para isso, recomendamos o uso de um sistema de alertas ou um sistema de monitoramento – que lhe avisam mesmo a distância quando há risco de algum problema com as vacinas.
2) Mantendo seus equipamentos em dia e monitorados
Uma rotina de manutenção dos equipamentos é essencial – identificando possíveis falhas e corrigindo-as antes de assumirem níveis de risco para os materiais. O que comumente acontece, entretanto, é o equipamento ou o termostato em si não estarem devidamente calibrados e isto passar despercebido. O termostato pode estar gerando ciclos de desligamento onde a temperatura interna do refrigerador sai das faixas ideias, de período em período. Para evitar problemas nestes casos, é importante, além de equipe técnica de manutenção e rondas periódicas, utilizar de ferramentas que possam fazer a medição constante e registro das temperaturas mínimas e máximas alcançadas – como por exemplo o uso de termômetros de máxima e mínima ou de equipamentos para monitoramento de temperaturas.
Um item que vale ser considerado, é o monitoramento e uso de alertas automatizados conforme a temperatura interna dos equipamentos – notificando os responsáveis, mesmo a distância, de que há algum problema e que é necessário tomar uma providência para evitar a perda das vacinas.
Necessidades
Demonstra-se assim que a conservação das vacinas é um processo de grande importância, que necessita de planejamento, atenção e acompanhamento contínuo. Devemos estar sempre atentos às novas tecnologias e oportunidades de melhorias, reduzindo cada vez mais o drástico cenário de perdas que observamos hoje. Caso busque maiores dicas e boas práticas na conservação de vacinas, clique aqui e acesse nosso Guia gratuito “Boas Práticas na Conservação de Vacinas”
Referências:
[1] – https://www.scielo.br/pdf/cadsc/v21n4/v21n4a10.pdf
[2] – https://gsp.cursoscad.ufsc.br/wp/wp-content/uploads/2013/03/Artigo-05.pdf
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