Certificações e Acreditações na Saúde

Como o nosso foco é a Saúde, percebemos que as empresas dessa área (e aí estamos falando de hospitais, clínicas, bancos de sangue, etc.) têm dedicado cada vez mais esforços para capacitar seus profissionais, padronizar seus processos e dar velocidade a seus recursos administrativos, alcançando, assim, a profissionalização da gestão, a redução dos custos e a excelência na prestação de serviços.

Refletindo nesse sentido, nós, da Sensorweb, chegamos a duas conclusões. A primeira é que existem recursos essenciais para a consolidação de tudo isso que falamos ali em cima, e que esses recursos são as certificações e acreditações. Afinal, são elas que atestam que uma determinada instituição possui produtos e serviços com excelência em qualidade e segurança.

E a segunda é que já que chegamos até aqui, precisamos dividir com você, que nos acompanha, o que e quais são essas certificações e acreditações e, é claro, porque elas são tão fundamentais para o sucesso e a credibilidade de uma instituição de saúde.

Certificação vs. Acreditação

Muita gente acha que são a mesma coisa, mas não são. Elas são complementares.

Apesar de ambas se referirem à conformidade às leis, regulamentos e normas técnicas elaboradas por entidades certificadoras, elas possuem diferenças sutis entre si. Mesmo com essa pequena desigualdade, é importante ressaltar que uma instituição que possui certificações, acreditações ou ambas (sim, é possível ter as duas ao mesmo tempo) mostra não apenas sua preocupação em proteger seus pacientes (ou quaisquer pessoas que dependam diretamente dela), mas também uma grande vantagem competitiva em relação aos estabelecimentos que não as possuem.

Bom, de qualquer modo, vamos às diferenças.

Segundo a Organização Nacional de Acreditação (ONA), “define-se Acreditação como um sistema de avaliação e certificação da qualidade de serviços de saúde. Tem um caráter eminentemente educativo, voltado para a melhoria contínua, sem finalidade de fiscalização ou controle oficial/governamental”. Ou seja, ela nada mais é do que o reconhecimento formal acerca da competência de uma instituição para desenvolver tarefas específicas, de acordo com critérios pré-definidos pela Norma de Acreditação. Ela, geralmente, é fruto de um envolvimento intenso da comunidade científica, possuindo assim, um caráter mais técnico e menos procedimental do que as certificações.

A certificação, por sua vez, já é um modelo pelo qual uma terceira parte (ou seja, um órgão imparcial) dá garantia escrita de que um produto, serviço, processo ou sistema de qualidade de determinada instituição está de acordo  com os requisitos especificados.

Esclarecidas as diferenças, vamos à prática.

Acreditações

Como a nossa especialidade é Monitoramento de Temperatura e nossos sensores, em geral, estão instalados em câmaras frias (entre outros equipamentos) e bancos de sangue de diversas instituições de saúde em todo o país, vamos nos ater às principais acreditações que fazem parte desse universo.

 

ONA (Organização Nacional de Acreditação)

A ONA – que tem seu foco na segurança do paciente – é uma das mais importantes entidades ligadas à validação da qualidade de serviços de saúde do país. Ser acreditado oficialmente pela ONA traz diversas vantagens para a instituição de saúde, como o aprimoramento da gestão, a maximização da segurança para pacientes e profissionais da saúde, melhoria na qualidade da assistência prestada, além da valorização da marca.

O processo de acreditação da ONA passa por duas etapas:

  • Diagnóstico Organizacional

Essa primeira etapa é facultativa e diz respeito à aplicação (nesse momento, ainda sem fins de certificação) da metodologia do Sistema Brasileiro de Acreditação pela organização que está sendo avaliada. Passando por essa etapa com louvor, a instituição recebe uma Declaração de Diagnóstico Organizacional emitida pela ONA.

  • Certificação

Para conquistar a acreditação, esta é a única etapa obrigatória. Ela consiste na aplicação, de fato, das metodologias que falamos ali em cima. Dependendo do desempenho da instituição e do preenchimento dos requisitos exigidos, é possível alcançar os seguintes níveis:

ONA 1 – Acreditado: concedido a instituições que buscam garantir a segurança dos pacientes

ONA 2 – Acreditado Pleno: além de cumprir as exigências do ONA 1, as organizações que alcançam esse nível possuem um sistema de planejamento e organização focado na gestão integrada. Esse certificado vale por 2 (dois) anos.

ONA 3 – Acreditado com Excelência: quando uma instituição alcança esse patamar, ela indica que, além de passar com louvor pelos níveis 1 e 2, possui uma cultura organizacional focada na busca contínua da melhoria, com resultados positivos e que alcançam todas as suas esferas. “Excelência em Gestão” é o lema do ONA 3.

JCI (Joint Comission International)

A JCI, a mais tradicional instituição de acreditação hospitalar do mundo, atua, desde 1994, em mais de 90 países.. Sua missão é melhorar a segurança e a qualidade de cuidados dos serviços hospitalares em todo o mundo, por meio de cursos de formação, publicações, consultas e serviços de avaliação. Os padrões que levam à renomada (e cobiçada) acreditação JCI são organizados em torno das importantes funções comuns a todas as instituições de saúde. Com isso, seus critérios de avaliação passam por respeito aos direitos dos pacientes e seus familiares, alcance de indicadores internacionais de segurança, gerenciamento de fármacos, acesso ao tratamento e sua continuidade e capacitação de profissionais, além do gerenciamento de prontuários.

Sobre a JCI – já que ela é a mais relevante das acreditações hospitalares – é importante ressaltar que tal certificado somente é concedida se a instituição alcançar um status elevado de excelência, baseado nas regras de pontuação e decisão estabelecidas pelas políticas internacionais da JCI.

Segundo Paula Wilson, presidente e diretora executiva da JCI, em entrevista à revista HealthCare Management, a partir da primeira acreditação, toda entidade precisa, obrigatoriamente, renovar seu certificado a cada 3 (três) anos. Para a renovação, novas avaliações são realizadas pelos profissionais da Joint Comission International, que são os responsáveis por validar a qualidade e a segurança empregadas continuamente pelas organizações.

AABB – ABHH

Anteriormente conhecida como American Association of Blood Banks (Associação Americana de Bancos de Sangue), a AABB é uma associação internacional sem fins lucrativos que representa indivíduos e instituições na área de terapia celular e medicina transfusional – como hemorredes, bancos de sangue, agências transfusionais, etc. Seu programa de acreditação, além de analisar o sistema de gestão de qualidade do estabelecimento. Ele visa também aumentar a qualidade e a segurança da coleta, do processamento e do armazenamento e distribuição de produtos celulares e do sangue. A auditoria da AABB é baseada na observação e no cumprimento de seus padrões, normas e regulações, que são revistos a cada dois anos por um grupo multidisciplinar de especialistas.

Certificações

ISO

A ISO é a mais importante rede mundial de institutos de padronização. Ela reúne entidades de 148 países e é representada, no Brasil, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Possui como principal referência a ISO 9000 (um conjunto composto pelas normas ISO 9000, 9001, 9004, 19011). E está ligada às orientações básicas para implantação dos sistemas de gestão de qualidade, diretrizes para auditorias, controle de riscos, etc.

O sistema ISO indica solidez, credibilidade, responsabilidade e excelência nos procedimentos adotados na instituição certificada. E ele fornece uma infinidade de técnicas para otimização de processos internos. Mas é sempre focando seus resultados na satisfação plena de seus pacientes (no caso da área de saúde).  

Percebe a importância?!

O mais importante é: esperamos que tenha ficado definitivamente claro, que, apesar da sutil diferença, não existe qualquer oposição entre acreditações e certificações. Como te falamos ali, elas se complementam e são fundamentais para que uma instituição de saúde alcance a excelência na prestação de serviços. O que queremos reforçar é que se modernizar é estar um passo à frente. E no caminho certo rumo ao cumprimento das exigências impostas pelos órgãos certificadores. A tecnologia é, sem dúvidas, um pré-requisito básico para alcançar as tão desejadas acreditações e certificações.

E a instituição da qual você faz parte?! Já está no trilho certo rumo ao sucesso e à credibilidade que só as acreditações e certificações oferecem?! Você concorda que a tecnologia é um pré-requisito fundamental para chegar lá?! Conta para a gente o que você acha. Lembre-se que nossa caixa de comentários está logo aqui embaixo, te esperando de braços abertos! A sua opinião é muito importante para nós :)


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