Cadeia Fria e Logística Especializada: A Nova Necessidade da Indústria Farmacêutica
O grande desenvolvimento da indústria farmacêutica demonstra que o tratamento e a cura de doenças que antes eram considerados impensáveis, hoje já são uma realidade. Porém, a alta tecnologia aplicada aos medicamentos demanda condições certas para o acondicionamento e transporte desses produtos. Especialmente na questão da cadeia fria e logística especializada com o monitoramento da temperatura.
O comércio de medicamentos especiais e sua logística estão diretamente relacionados com a qualidade de vida das pessoas, já que diversos pacientes necessitam deles para a realização de tratamentos. No entanto, o nicho que envolve justamente a distribuição desse tipo de medicamento parece não ter encontrado um equilíbrio entre o custo e o risco, principalmente quando o tema está relacionado às cadeias frias.
O mercado de medicamentos e os produtos que necessitam de temperaturas especiais
Segundo a pesquisa da Price Waterhouse Coopers, produtos biológicos e medicamentos que necessitam de cuidados especiais de acondicionamento são uma demanda que cresce anualmente. Somente nos Estados Unidos, os gastos com esse tipo de produto deve quadruplicar chegando a US$401,7 bilhões nos próximos cinco anos. Taxas semelhantes foram projetadas em outros países, chegando a números igualmente exorbitantes.
Medicamentos considerados altamente sensíveis impõem um novo nível de complexidade à cadeia de abastecimento, já que seus níveis de tolerância são bastante específicos e o custo final muito alto. Por isso, para esse caso, as perdas são bastante relevantes e acabam gerando um enorme prejuízo tanto para o fabricante quanto para o paciente.
[/av_textblock]
Dados mundiais sobre a logística das cadeias frias
Durante a 15º Conferência Anual Global de Ciências da Vida e Saúde, a DHL Global Fowarding apontou desafios críticos para o setor da saúde, especialmente se tratando da logística de cadeias frias. Na pesquisa denominada “Cadeias frias mais inteligentes: quatro elementos essenciais que toda empresa deveria adotar”, a instituição aponta que, devido ao crescimento global por medicamentos e produtos biológicos de alto custo e sensíveis a temperatura, existe uma nova demanda para o ajuste das cadeias logísticas frias mais inteligentes. Ou seja, cadeias além de possibilitar o real acondicionamento desses produtos, não podem inviabilizar o seu custo por encarecimento da própria distribuição.
Diante desse mercado global e emergente, diversos órgãos reguladores já vêm se antecipando no sentido de estabelecer regulamentos para o transporte e a distribuição desse tipo de produto. No entanto, é considerada crítica a necessidade da indústria em desenvolver uma nova logística de cadeia fria capaz de suportar tanto o crescimento desse mercado sem prejudicar as reais condições de acondicionamento desses produtos.
Buscando uma solução conjunta
A construção de cadeias frias mais inteligentes depende da união de conhecimentos, tanto de logística quanto da própria indústria farmacêutica.
Por isso, a celebração de parcerias de alto desempenho entre os dois setores é o primeiro passo para encontrar soluções factíveis para o acondicionamento e a comercialização desse tipo de produto. É preciso unir conhecimentos em um espírito de colaboração para que se possam desenvolver táticas e driblar gastos e desperdícios que podem, além de custar milhões, comprometer a qualidade de vida de inúmeros pacientes.
A celebração dessas parcerias deve visar principalmente a projeção de uma nova infraestrutura física elaborada e operacionalizada exclusivamente para produtos de saúde. Essa infraestrutura física deve contemplar desde embalagens eficientes no controle e monitoramento das temperaturas, até o transporte propriamente.
A adequação das infra estrutura das cadeias frias também deve passar pelo desenvolvimento de uma rede altamente especializada. Além disso ela também deve passar pelas políticas e procedimentos para a mitigação de riscos, além de uma estratégia envolvendo o custo total. Tudo issso para que se possa avaliar os riscos e o custo real a ser assumido pelas empresas, caso a operação falhe.
E você? Como vê a cadeia logística fria e a indústria farmacêutica? Deixe seus comentários abaixo!
Deixe uma resposta
Quer entrar na discussão?Sinta-se livre para contribuir!