Plasma, plaquetas e crioprecipitado: o sangue e a temperatura de armazenamento destes hemocomponentes

Assim como relatado em nossa postagem “O armazenamento e a temperatura do sangue, seus componentes e derivados“, os insumos biológicos relacionados ao sangue são bastante sensíveis a variações térmicas – sendo necessário assim, diferentes cuidados e precauções para a conservação e armazenamento apropriado. Casos onde haja negligência ou falta de conhecimento sobre as medidas cabíveis, podem ocasionar perdas dos materiais, ou pior: até levar a morte.

Na referida postagem, tratamos de aspectos relativos às faixas de temperatura para armazenamento do sangue, do concentrado de hemácias e do plasma fresco congelado. Trazemos hoje informações sobre a conservação do plasma, das plaquetas e do crioprecipitado para que em seu laboratório, banco de sangue, clínica ou hospital não tenha problemas com danos e perdas devido a desvios de temperatura e falta de cuidados com materiais.

Plasma Comum

O plasma comum (plasma não fresco, plasma normal ou plasma simples) deve ser armazenado em temperatura igual ou menor a -20°C, com a validade de cinco anos a partir da coleta. O plasma comum não deve ser utilizado em transfusões, apenas para a produção de hemoderivados.

Concentrado de Plaquetas

Para o concentrado de plaquetas, o armazenamento após a preparação deve ser feito em agitação constante, sendo mantido em faixas de temperatura entre 20°C e 24°C. Dentro destas configurações, o concentrado de plaquetas será estável por 5 dias, desde que em agitação constante e bem condicionado.

Crioprecipitado

No caso do crioprecipitado, suas condições de conservação e armazenamento dependerão também do tempo de congelamento, bem como da temperatura.  Deve-se manter a temperatura entre -20°C e -30°C para obter um prazo de validade de até 12 meses. Caso o material seja armazenado a temperaturas abaixo de -30°C, o prazo de validade aumenta para 24 meses.

E-book Gratuito

Além dos componentes e derivados aqui apresentados, é possível identificar diferentes fatores e normas que envolvem o cuidado com o sangue, seus componentes e derivados, como por exemplo a norma do Ministério da Saúde aqui disponível: Portaria MS nº 1.353, de 13.06.2011 – DOU 1 de 14.06.2011. Além disso, temos um Guia sobre a Conservação do Sangue, seus Componentes e Derivados, que pode ser baixado gratuitamente aqui.

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