Não arrisque optar por data loggers sem antes ler isso!
Data logger atende a RDC 430? Sim, mas só até começarem os problemas. Se você já trabalhou ou trabalha com eles, vai se identificar com os perrengues que eu passei.
Se nunca trabalhou, meu conselho é: lê até o final porque hoje você tem a oportunidade de aprender no amor. Falo apenas do que vivi no meu dia a dia como farmacêutica, baseado em anos de conhecimento e experiência.
Mas, quem sou eu para falar de data logger?
Antes de seguir, eu digo qual é o meu espaço de fala. Eu sou Gabriela Lindenberg, farmacêutica bioquímica formada pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC e faço parte do time de especialistas da Sensorweb.
Eu atuei no maior HUB de medicamentos do Brasil e fui responsável por monitorar grandes câmaras frias e armazéns, de todos os tipos: importação, exportação, cargas perigosas etc. Na minha gestão havia mais de 100 data loggers e depois que a Sensorweb entrou no HUB, eles se tornaram apenas backups.
O fato é que adquiri anos de prática na armazenagem e distribuição de medicamentos, e enfrentei diversos problemas com os data loggers. Por isso, quero compartilhar com você o meu conhecimento em monitoramento de temperatura e umidade, assim você se antecipa e já corre para soluções completas.
Antes de seguir, a Sensorweb desenvolveu um e-book gratuito para você enxergar que pontos são importantes na hora de escolher um bom sistema de monitoramento contínuo. Eu acredito que vai mudar o seu jogo!
O que é e como funciona um data logger?
Data logger é um equipamento registrador de dados de temperatura e umidade, alimentado por pilhas ou baterias. O tempo de aquisição de dados – 5 minutos ou 10 minutos – precisa ser configurado manualmente. Esses dados, que ficam registrados na memória interna do equipamento, precisam ser descarregados através de um software, que pode ser livre ou pago. É preciso salvar esses registros na memória do computador ou em nuvem. O software tem que estar instalado e devidamente atualizado para que reconheça o equipamento.
Para atender a legislação vigente, esses equipamentos devem ser calibrados anualmente, em laboratório acreditado pelo INMETRO e possuir certificado de calibração com selo RBC rastreável. Além disso, o software deve atender o Guia de Validação de Sistemas da Anvisa.
8 situações que podem acontecer com data loggers
Segue comigo e visualiza você vivendo essas aventuras que pontuo abaixo. Todas elas aconteceram comigo e sim, pode acontecer com você também!
#1 Você chegou para baixar os dados e a pilha acabou
E agora, será que registrou a temperatura até que data? Será que perdi os registros? Reação: suando frio!
#2 Na rotina de farmacêutico/a atolado/a de trabalho
Ter que parar tudo para gerar relatórios manuais para um cliente. Resultado: mais um dia com hora extra e atrasado para os compromissos com a família.
#3 Vivendo nas alturas, literalmente
O centro de distribuição (CD) ou a câmara fria tem 5 metros de pé direito e o data logger está instalado no alto para atender a Qualificação Térmica. Porém, todo mês você mobiliza uma plataforma e mais 2 colaboradores com NR35 para ajudar a baixar os dados. Já imaginou o custo mensal disso?
#4 Não foi possível ler o USB
Na ronda pelos armazéns (CD) vê que o USB do data logger enferrujou pela frequência de aberturas da porta e da condensação do vapor frio. Ou seja, lá se vai um equipamento de pelo menos R$ 800 para o lixo e na semana seguinte você encontra outro. Reação nossa: socorro, como vou explicar isso?
#5 Calibração de data logger de novo?!
Tirar todos os data loggers do ponto fixo de monitoramento e enviar para calibração anual. Essa é a novela vivida, além da saga dos pontos altos, da planilha para saber onde estavam fixados e, depois, colocar todos de volta, no mesmo local. Cansou só em ler?
Sem contar que para fazer a troca anual das sondas, você precisa ter outros equipamentos de backup para não ficar sem monitoramento durante a calibração. Resultado: horas de trabalho e alto custo na gestão da calibração.
#6 Haja coração na gestão dos riscos
Armazenar todos os registros de temperatura e umidade, que devem ser baixados mensalmente, por no mínimo 2 anos no computador da empresa. Ou seja, é rezar para a máquina não pifar e se não conseguir guardar os registros em nuvem, você corre o risco de perdê-los.
#7 Dano de imagem incalculável
Cliente pediu relatório de temperatura justamente daquele período que o data logger falhou, enferrujou ou ficou sem bateria e com esse problema, você perdeu esses dados. Resultado: cliente insatisfeito e o dano na imagem da empresa é incalculável.
#8 Lançamento de novas versões
O fabricante lançou uma nova versão do sistema de registros que é superior ao seu, mas agora é tarde, pois você já comprou a versão antiga e precisa lidar com ela. Daí, seu colega que usa sensores online com plataforma em nuvem diz: Eu avisei!
Um toque de brincadeira para trazer leveza para esse assunto sério, que é monitorar a temperatura de medicamentos e cargas farmacêuticas. No mais, é sempre bom lembrar que na ponta da cadeia fria existem vidas sendo impactadas por desvios de qualidade e você, farmacêutico/a, tem responsabilidade sobre o processo de monitoramento de temperatura e umidade. Além do risco inerente de autuação sanitária por descumprimento das normas vigentes, como a RDC 430.
Realidade: ainda há empresas utilizando processos manuais
É triste que empresas ainda optem pelo uso de termo higrômetros para monitorar temperatura e umidade pois, farmacêuticos/as, ao se depararem com a legislação atual vigente sentem preocupação com a prática adotada e por desconhecem outras opções de monitoramento. No fim, a rotina é corrida e muitos não sabem onde buscar conteúdo ou a quem recorrer. Foi assim comigo também!
Tive que aprender na prática. Foi pesquisando, lendo manual de instrução, acessando central de ajuda de software ou, no mais temível dos casos, no erro e acerto. Na minha experiência, entendi isso como ruim, pois atrasa o processo e dependendo do produto, medicamento ou vacina, não há margem para erro!
Um erro pode significar uma perda ou uma autuação da ANVISA – eu chamo isso de aprender na dor e acredito que existe um caminho melhor, que é a troca do conhecimento aprendido.
Novas soluções em monitoramento de temperatura e umidade esperam por você
Agora, se você nunca trabalhou com data logger, meu conselho é: não meça esforços dentro da sua empresa para conseguir aprovação de um sistema online de monitoramento de temperatura.
Mas, se você já trabalha com data logger eu te convido a conhecer uma solução avançada: serviço de monitoramento contínuo com alto controle de temperatura e umidade que trabalham para você!
Acredito que após essa conversa nossa, você pode argumentar com mais credibilidade junto à diretoria da empresa onde você é o responsável farmacêutico. Você terá propriedade ao afirmar sobre o porquê optar pelo sistema online de temperatura é a decisão e garantia de negócio certo.
Poderia escrever mais sobre o tema, mas vou encerrar por aqui. Se fez sentido para você coloca nos comentários a sua dúvida e para eu deixar que você retome a sua rotina, concluo com uma simples tabela comparativa entre data loggers e sensores online de temperatura:
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Redatora: Gabi Lindenberg
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