5 ações para eliminar as perdas físicas das vacinas
De acordo com o Ministério da Saúde, as vacinas são uma forma de ação mais eficaz de se prevenir e evitar as doenças imunopreveníveis, tais como: sarampo, rubéola, tétano e muitas outras. No início da gestão em vacinas, as campanhas de vacinação eram descontinuadas e tinham baixa cobertura, depois de um tempo e vendo a necessidade de expandir o acesso as vacinas, o governo implantou um programa para coordenar regras e distribuir vacina de modo eficaz para todo o território nacional.
Em 1973 criou-se o PNI – Programa Nacional e Imunização com a finalidade de coordenar as ações de imunização da população, controlar e erradicar doenças. O PNI é orientado por normas técnicas estabelecidas nacionalmente no âmbito de conservação, manipulação, transporte e armazenamento, a fim de garantir assim a qualidade imunobiológica até o momento de administração, salientando que a conservação das vacinas é feita através da refrigeração contínua e seu monitoramento para que não ocorra falhas.
Vamos abordar neste poste algumas definições básicas sobre a refrigeração e o armazenamento das vacinas (sobre armazenamentos, temos um post mais completo que aborda medicamentos também). Além disso vamos levantar 5 problemas comuns e como resolvê-los de forma eficaz e simples!
Função da refrigeração das vacinas
A refrigeração das vacinas destina-se à conservação de sua capacidade de exercer imunização, por serem produtos termicamente sensíveis, o calor acelera a inativação de componentes imunobiológicos, após exposição a temperaturas fora do padrão, os imunobiológicos (vacinas) podem ter sua função comprometida, falamos mais sobre a estabilidade físico-químico nesse outro post.
Forma correta de armazenar vacinas
O PNI preconiza que todas as vacinas devem ser conservadas em temperaturas entre 2º C até 8º C em câmaras frias na rede de distribuição denominada rede de frio e em refrigeradores de 280 litros nas unidades básicas de saúde, sendo utilizado exclusivamente para armazenamento de vacinas.
Sobre a importância da temperatura e a nossa opinião a respeito do serviço público, nós também escrevemos mais nesse post.
O que são perdas físicas?
O PNI define que perdas físicas de vacina ocorrem nas seguintes condições:
- Quebra de frasco
- Falha do equipamento de refrigeração
- Problemas no transporte
- Armazenamento inadequado
- Falta de energia elétrica
Como minimizar ou eliminar essas perdas físicas?
Antes de traçar planos de ação, também conhecidos como Procedimentos Operacionais Padrão (POPs), para minimizar ou eliminar as perdas físicas é necessário antes de tudo saber onde como ocorrem as perdas para depois traçar planos de ação, confira a seguir como minimizar ou eliminar todas as perdas físicas.
Quebra de frasco
As quebras de frasco geralmente ocorrem por quedas ou então por armazenamento ineficaz. Sendo assim, ma ação simples pode ser de fácil resolução. Ou seja, realizar melhoras na forma de transporte, bem como na estrutura de armazenamento. Isso podem zerar esse tipo de perda facilmente.
Falha do equipamento de refrigeração
Falhas no equipamento de refrigeração não são tão comuns, mas podem acontecer, dessa forma ter um controle e registro contínuo das temperaturas no equipamento de refrigeração certamente auxiliará na diminuição por perdas ocasionadas por esse problema. Para este item, você pode contar com o monitoramento da Sensorweb, solicite a sua apresentação.
Problemas no transporte
Muitas vezes há quebras de frasco (outro motivo de perda física) ocasionadas por meio de transportes. Vacinas devem ser transportadas em veículos próprios para isso, ou seja, sem improviso, ou então de forma ineficaz. Ter um meio de transporte próprio para vacinas reduz em muito esse tipo de perda. Além disso, o transporte é a fase mais sensível da cadeia do frio, podendo romper com as faixas de temperatura de máxima e mínima, para isso, a ação se repete com a questão da quebra de frascos, transportes corretos, armazenamento em caixas térmicas e a inclusão de tecnologia que monitore durante todo o transporte.
Armazenamento inadequado
Um do/s motivos que mais acarretam em perda. O não armazenamento de forma correta pode acabar com todo o componente imunobiológico da vacina. Muitos postos de saúde não dispõem de refrigeradores com a litragem correta ou então que não atingem as temperaturas ideais, além disso, é comum vacinas não serem armazenadas de maneira isolada. Por ser necessário a utilização de equipamentos que necessitam de verbas públicas (refrigeradores) esse tipo de perda dificilmente é minimizado.
Falta de energia elétrica
Uma das perdas mais difíceis e complicadas de serem sanadas. São poucos os hospitais que possuem geradores de emergência ou então disjuntores a prova de queda de energia, algo que não ocorre nos postos de saúde. Nesses casos infelizmente quase nada pode ser feito, a melhor solução é contar com tecnologias de ponta para avisar a equipe responsável sobre a falta de energia elétrica, com o intuito de transferir as vacinas para maletas térmicas e fazer o plano de contingência mais adequado para o momento.
A manutenção da qualidade do sistema é de suma importância para que o serviço de imunização atinja seu objetivo. Que é prevenir/minimizar os agravos à saúde. Profissionais que manipulam vacinas necessitam passar por treinamento de melhoria contínua durante curtos períodos de tempo, para que o trabalho seja otimizado e as perdas físicas diminuam cada vez mais e a que a população seja beneficiada com saúde de qualidade.
Sabemos que dicas simples podem reverter quadros graves e evitar cenários de perdas parciais ou totais, é por isso que vez por outra abortamos esses assuntos em nosso blog a fim de otimizar o dia a dia das equipes que atendemos e também sugerir ideias “bobas” porém eficazes. Essas informações te ajudaram de algum modo? Conte pra gente!
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