Se você deseja conservar medicamentos, vacinas, alimentos ou demais produtos que são sensíveis a variações térmicas, você precisará de um instrumento de medição. Um dos mais simples é o famoso termômetro de máxima e mínima, ou termômetro digital de máxima e mínima, bastante utilizado atualmente nos estabelecimentos de saúde e alimentos.
Vale observar, entretanto, que apenas o instrumento de medição não garante um processo de registro e controle de temperaturas confiável e rastreável, visto que estes instrumentos possuem algumas limitações. Exploraremos a seguir alguns itens que esclarecem o porquê de apenas o termômetro de máxima e mínima não ser o suficiente para um processo seguro e completo de gestão da sua cadeia do frio:
Para visualizar as informações medidas faz-se necessário visualizar o display destes equipamentos, ou seja, estar próximo ao mesmo. Em casos de alarmes, o mesmo pode ser visual e sonoro, cabendo ao usuário a necessidade de apertar um botão de “reset”, nestes casos para desabilitar este alarme ou para reiniciar o registro de máxima e mínima em um novo período.
Para os requisitos da ANVISA e para próprio registro histórico das medições, apenas o termômetro de máxima e mínima não armazenam o histórico de registros. As medições devem ser conferidas de tempos em tempos e registradas em paralelo, por exemplo, em planilhas impressas, com preenchimento manual. Isto onera bastante trabalho da equipe, que normalmente tem de conferir e registrar as medições entre 1 e 3 vezes ao dia. Além de ser uma tarefa repetitiva, implica em riscos de falhas humanas na transcrição ou esquecimento.
Principalmente no caso dos termômetros digitais, de tempos em tempos é comum haver desvios na qualidade e confiabilidade de medição. Muitas vezes pode acontecer de o termômetro estar indicando 8°C e na verdade a temperatura real ser de 10°C, o que pode ser crítico para muitos produtos e materiais. Apenas comprando um termômetro de máxima e mínima, não é possível você saber se a temperatura que ele está mostrando é realmente a temperatura naquele momento, a não ser que este equipamento passe por um processo de calibração ou por um laboratório especializado na área de metrologia. Desse modo, de tempos em tempos é necessário fazer esta conferência para garantir que as medições estão sendo realizadas corretamente e/ou comprar um novo termômetro.
Grande parte dos termômetros de máxima e mínima não possuem mecanismos de alerta próprios, que podem lhe informar antecipadamente sempre que uma temperatura sair das faixas ideais. Alguns possuem “alerta sonoro e/ou visual” onde o termômetro apita ou pisca caso a temperatura ultrapasse da faixa pré-programada, porém, o alerta servirá para quem estiver próximo ao equipamento. Em caso de períodos noturnos, finais de semana e feriados, estes processo se torna crítico, uma vez que caso houver alguma alteração nas temperaturas, o responsável só ficará sabendo na próxima vez que houver uma ronda ou ao chegar ao trabalho no dia seguinte. Neste momento já pode ser tarde de mais e haver algum dano ao material armazenado.
Além disso, devido ao fato de não registrar a temperatura, não é sabido por quanto tempo durou este alarme, ou seja, por quanto tempo o material ficou exposto à temperatura acima do normal, e que muitas vezes leva ao descarte deste material, principalmente quando se trata de imunobiológicos.
De modo geral o termômetro de máxima e mínima permite atender aos requisitos da ANVISA, sendo uma solução simples e fácil de utilizar, porém para quem buscar garantir uma maior confiabilidade e rastreabilidade do seu processo de manutenção da temperatura, é necessário ficar atento aos itens apresentados anteriormente e também buscar outras soluções no mercado.
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