Talvez pouca gente saiba, mas a Engenharia Clínica faz parte da formação em Engenharia Biomédica e o profissional que exerce essa função é de extrema importância dentro dos hospitais. A atividade se iniciou nos Estados Unidos na década de 60 em resposta às preocupações com a segurança dos pacientes. Depois disso, se alastrou significativamente pelo país e pela Europa na mesma época.
Atenção leitor: No Brasil é ofertada como curso de especialização e pós-graduação de poucas instituições educacionais, normalmente é a área da saúde quem oferta!
Por aqui, os profissionais da área demoraram a chegar. Os primeiros deram o ar da graça a partir da metade da década de 80 e a engenharia clínica só foi iniciada por causa da pressão financeira: uma gestão de tecnologia apropriada pode trazer uma grande contribuição ao ambiente hospitalar economicamente falando.
Já bastante evoluído pelo mundo mas ainda engatinhando aqui no Brasil. O profissional hoje cuida do que é chamado de “ciclo de vida” da tecnologia e dos equipamentos hospitalares. Logo, participa do processo de aquisição dos mesmos desde o início. Ficando responsável pelo seu recebimento e manutenção (preventiva e corretiva), testes de aceitação, além do treinamento de funcionários. Outra preocupação dos engenheiros clínicos é com o gerenciamento de resíduos sólidos da instituição. O profissional deve programar o descarte dos materiais, baterias, lâmpadas, partes de peças usadas ou até mesmo equipamentos desativados e qualquer material técnico gerado da atividade.
Em um nível mais abrangente, o profissional é responsável pelo planejamento, definição e execução de políticas e programas em toda a gestão da tecnologia da saúde. Isto fica incluso o gerenciamento de risco, melhorias na qualidade, atendimento à demanda de pacientes e otimização da produtividade de todos os funcionários. As questões financeiras também são atribuições para o profissional. Engenheiros clínicos podem tonar um hospital menos custoso e muito mais eficiente.
E engana-se quem pensa que o engenheiro clínico deve chegar depois que o hospital está com as portas abertas. Na fase da obra o profissional também é bastante importante. Ele pode especificar, com apoio de requisitos de pré-instalação dos diversos equipamentos, o dimensionamento de áreas físicas e os dimensionamentos elétricos e hidráulicos do prédio. Quando o assunto é segurança hospitalar, o cumprimento das normas dos órgãos reguladores também é de responsabilidade do engenheiro clínico.
Apesar da importância do profissional ele ainda é pouco absorvido pelo mercado. Nos EUA, cada hospital com capacidade maior que 300 leitos é obrigado a ter um departamento dedicado à engenharia clínica. Por aqui, entre as quase 7 mil instituições de saúde, somente os hospitais universitários, os grandes hospitais privados e alguns institutos possuem o especialista. Ainda que sua obrigatoriedade nas instituições tenha sido assinada em 2010. E o mesmo acontece nas construtoras especializadas em projetos hospitalares. O campo crescente para estes profissionais têm sido o da consultoria. O serviço pontual é procurado cada vez que o hospital precisa de alguma certificação em qualidade, por exemplo.
De acordo com dados de abril de 2015, divulgados pela Confederação Nacional de Saúde, atualmente o Brasil possui cerca de 500 mil leitos. Com a engenharia clínica obrigatória há cinco anos, houve crescimento na demanda, mas ainda faltam profissionais para que o mercado veja uma melhoria nas condições de trabalho.
Por conta da falta desses especialistas, o que tem sido visto dentro dos hospitais é que empresas fornecedoras de equipamentos ocupando o departamento de engenharia clínica. Estar nas duas pontas do mercado não é nada ético.
Independente do tamanho do hospital, o profissional da área de engenharia clínica deveria estar sempre presente. Este deveria estar lá, zelando pelos recursos tecnológicos que fazem tanta diferença na hora de salvar vidas.
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Bom dia,
Sou graduado em tecnologia de segurança do trabalho, técnico em segurança do trabalho, técnico em enfermagem, bombeiro profissional Civil, hoje vejo a pos em engenharia clínica como uma oportunidade de trabalho muito boa a medio prazo ja que existe o campo e mercado para se trabalhar , porém pouco explorado, a minha dúvida é a pos graduação me daria respaldo para exercer tais serviços afins, ou tem alguma restrição agiardo retorno pois dependo desta resposta para iniciar ou nao minha pos graduação.
Prezado Washington, como vai. Sou Engenheiro Biomédico e lhe asseguro que se for querer entrar nesta área faça uma graduação em Engenharia Biomedica. Pós graduação em Engenharia Clínica não capacita ninguém para ser um engenheiro dentro de um hospital. A pós em Engenharia Clínica são apenas 360 horas a carga horária enquanto um Engenheiro Biomédico tem mais de 4 mil horas. Da para perceber a diferença não é mesmo? Infelizmente os profissionais da área de saúde e diretores de hospitais desconhecem o Engenheiro Biomédico, e olha que a Engenharia Clínica é apenas uma sub área da Engenharia Biomedica! Como já disse antes, se quer ser um bom profissional nesta area, faça Engenharia Biomedica!
Abraço
Para exercer qualquer Pós graduação em Engenharia, você precisa ser Engenheiro, pois o que te Habilita a ser engenheiro, é o curso de graduação. Senão qualquer pessoa seria pós em medicina e seria médico ou médica. Eu te indico fazer Engenharia, eliminar as disciplinas do curso que o senhor já fez como Técnico e Tecnólogo e se jogar nesta area, boa sorte
Nossa adorei o conteúdo e de primeira qualidade parabéns mesmo.
Olá, sou tecnólogo em Radiologia e estou concluindo mestrado em Engenharia Biomédica, gostaria de tirar algumas dúvidas sobre o campo de atuação. Posso exercer a função de engenheiro clínico aplicando as atribuições do profissional da Radiologia, destacando a segurança do paciente, controle de qualidade de equipamentos e treinamentos periódicos de equipes? Ou apenas o profissional graduado em Engenharia Biomédica pode fazer esse trabalho?
Olá... Sou engenheiro civil e gostaria de saber se uma pós em engenharia clinica me qualificaria para exercer tais atividades?
Bom Dia, Sou engenheiro civil desde 2018, tem alguma restrição em fazer essa pós? e se tiver qual seria?
Boa tarde, Sou Engenheira de Produção, uma pós em Engenharia Clínica me capacita para exercer a função?
olá bom dia me chamo Natanael, atualmente trabalho na área de manutenção de equipamentos laboratórias e hospitalares, gostaria de fazer uma engenharia, mas na cidade onde moro não há curso na área de engenharia biomédica, somente elétrica e civil, qual dessas duas me ajudaria para continuar ou melhor se aperfeiçoar na minha área de atuação ?
Certamente para exercício da profissão deve ter o conceito de Engenharia.
A Engenharia Biomédica é o berço da área, mas em especial a elétrica também esta bem ao lado, no que tange os equipamentos desde instalação à manutenção.
Apesar de outras graduações serem recebidas nas entidades que fornecem o curso como um produto, a atuação cabe a um engenheiro.
Espero que possam tentar entender essa emblemática, porque para vender os cursos as instituições estão de portas abertas, mas no instante de ser registrado no Conselho de Classe, será que um técnico ou tecnólogo obterá o registro de engenheiro?
boa noite ola, pq nao responde os engenheiros civis, pq disse que os civis nao servem caso facam a especialização?
Discordo da parte que disse da carga horaria,pq no Brasil o que importa mesmo é a pratica, nao adianta nada esse curso de 4000 horas de biomedico pq vc entra sem saber absolutamente NADA e é capaz de um tecnico dar uma lavada na sua cara, por isso prefiro a pos e com alguma sorte ter a oportunidade de ter experiencia NA PRATICA;
oBS, SOU GRADUADA e posso afirmar: carga horaria de faculdade nao nos habilita a exercer profissao nenhuma, o que manda é a pratica
Olá Flávia, como vai?
Entendemos que a questão prática é extremamente importante para qualquer profissão, inclusive nas questões da saúde. A carga horária citada no texto é para a formação de um engenheiro biomédico em sistemas de pós-graduação. Para que uma pós-graduação dessa seja realizada, é preciso que a pessoa faça primeiro uma graduação. Em geral, nossa experiência traz que os graduados vem dos cursos de engenharia e embarcam nas engenharias biomédicas e clínicas a fim de atender as necessidades específicas da saúde. Os engenheiros civis, caso façam a especialização, também podem atuar e principalmente assumir as responsabilidades e as tomadas de decisão do ambiente.
Esperamos ter sido esclarecedor, qualquer coisa estamos a disposição.
Um abraço.
Olá gostaria de saber se seria viável estudar uma "Engenharia clássica" como a engenharia elétrica ou eletrônica, logo em seguida fazer uma especialização na engenharia biomédica ou então fazer um mestrado na mesma área (Eng biomédica). Eu estou há um ano tentando decidir por onde ir. Se puder me ajudar, fico grata.
Juliana, tudo bem?
Bom respondendo um pouquinho a sua questão, existe um curso, onde aqui no Brasil veio primeiro que a engenharia biomédica, inclusive a grade da engenharia biomédica foi inspirada nesse curso, ele se chama Sistemas biomédicos. É um curso de graduação que te fornece o título de tecnólogo em saúde. Pra quem quer seguir carreira em empresas que atuam na area da saude como Philips, Siemens e etc, recomendo que faça engenharia. Se voce quer seguir a carreira hospitalar/gestao recomendo que faça esse curso Sistemas Biomédicos e faça a pós em Engenharia Clínica.
Grandes profissionais de sucesso que atuam em hospitais como Albert Einstein, Sirio Libanes, etc, os gestores e a maioria do corpo clinico que atua na engenharia clínica são tecnólogos da saude!!!
espero ter ajudado!
Abrass
Olá Fernando, obrigada pela sua contribuição! Muitas pessoas acessam esse post com dúvidas como a da Juliana.
Obrigada por compartilhar conosco! <3
Bem interessante isso!