Outubro Rosa: Um chamado pela vida
Outubro é o mês da consciência pela prevenção do câncer de mama, caracterizado pela iluminação rosa em grandes monumentos públicos, além de campanhas por todas a mídias. Mas não é somente nesta época que as mulheres devem se mobilizar para fazer o autoexame e o mamográfico.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer José de Alencar (INCA), o câncer de mama corresponde a uma média crescente de 22% de novos casos a cada ano. E hoje representa 1,7 milhão de diagnósticos. Devido aos exames a doença é a quinta causa de morte por câncer em geral, são aproximadamente 522.000 óbitos por ano, sendo essa numeração maior entre as mulheres.
Outubro Rosa
Para lutar pela vida das mulheres, foi instituído o movimento Outubro Rosa, que começou nos Estados Unidos em 1997 e hoje é difundido por todo o mundo. “O mês representa a força e a delicadeza da mulher que luta contra essa doença, mas também evidencia a vulnerabilidade do sexo feminino. O gênero mais acometido (90%) por esse câncer silencioso e que pode ser fatal. Registrando 12 óbitos a cada 100 mil mulheres de acordo com o INCA.”- diz o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBPOC), Evanius Wiermann. Neste mês, os monumentos em todo o mundo se colorem de rosa na tentativa de chamar atenção da sociedade para essa luta amarga.
Para o presidente, diante desses números que continuam assustadores, o grande desafio dos órgãos e empresas públicas e privadas ligadas à saúde é conscientizar as mulheres sobre a importância da realização de mamografias regulares. Este exame não é nada mais que um raio X da mama, e autoexame (palpação), que ajuda na percepção de nódulos. Com esses cuidados, é possível descobrir a doença ainda em fase inicial. Ou seja, quando as chances de comprometimento em outros órgãos são menores e, consequentemente, a possibilidade de cura do paciente é maior.
Como evolui o câncer de mama
O câncer de mama é causado pelo crescimento desordenado de células que formam os tumores benignos ou malignos. Os benignos crescem até um determinado ponto, de forma lenta e expansiva. Já os malignos aumentam desordenadamente, invadindo as células normais à sua volta. Esse último pode afetar a circulação e chegar a outros locais do corpo, causando a metástase. Apesar de todas as informações sobre a doença que estão disponíveis nos diversos meios de comunicação, a taxa de mortalidade continua elevada no país, pois o câncer é diagnosticado em estágio avançado.
Segundo dados do INCA, o câncer de mama no Brasil é o tipo com maior incidência em mulheres de todas as regiões, exceto no Norte, onde o câncer de colo do útero ocupa a primeira posição. Ele é o mais comum em mulheres acima de 50 anos e em pessoas com histórico familiar. Alterações no aspecto da mama, aréola e mamilos são alguns sintomas mais comuns. Também é comum o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular. Dependendo do caso, o câncer pode ou não provocar dores.
Quando deve ser realizado os exames
Mesmo sabendo que o autoexame é fundamental na descoberta de alguma alteração na mama, ele não deve ser o único meio de diagnostico precoce. A mamografia é fundamental para um diagnostico completo e mais eficaz. Por isso, é recomendado que mulheres entre 50 e 69 anos realizem mamografia a cada 2 anos acompanhando do exame clinico anual. Já para as mulheres de 40 a 49 a recomendação é a realização do exame clinico anual e a mamografia quando surgir alguma alteração.
Para as mulheres que encontram-se na classe de risco elevado, deverá iniciar os exames aos 35 anos de idade. Encontram-se nessa classe de risco: Mulheres com histórico familiar de câncer de mama de primeiro grau antes dos 50 anos; câncer bilateral, quando existe a presença de nódulos nos dois seios; ou de ovário em qualquer idade; e histórico familiar de câncer de mama masculino entre outros sinais.
Conclusão
Para evitar que outras mulheres estejam entre esses números alarmantes, é necessário que toda a sociedade entenda a importância desse tema e abrace a causa defendida pelo Outubro Rosa. Além dos exames de prevenção, como a mamografia e o toque, as mulheres devem cuidar da alimentação, pois o excesso de peso aumenta o risco de desenvolver a doença; buscar o equilíbrio emocional, evitando principalmente o stress, e fazer atividades físicas regularmente. O uso do álcool e do tabaco também não é recomendável, pois o fumo tem relação direta com vários outros tipos de cânceres.
Fontes: Oncologistas Associados / Temas Preferidos / SBOC
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