O que levar em conta na hora de planejar o seu ambiente controlado


As regulamentações para ambientes controlados vêm se tornando mais rigorosas e abrangem cada vez mais detalhes. Isso porque ambientes com controle de temperaturas inadequadas podem alterar as propriedades físicas e químicas de medicamentos, que podem perder o efeito ou mesmo prejudicar a saúde de quem consumi-los.

Os problemas que envolvem um ambiente controlado estão, na maioria dos casos, ligados a um mal planejamento da instalação e da capacidade em controlar o micro-clima de um ambiente. Neste post, você contará com passos simples para se organizar na hora de planejar o seu ambiente com temperatura controlada, evitando punições, desperdícios de recursos financeiros e melhorando a qualidade da produção.

Pensando em cada passo

Planejar o controle térmico de um ambiente leva tempo e é um processo contínuo, que leva em consideração as mudanças que ocorrem no sistema ao longo de toda a sua utilização. Para que o seu planejamento seja bem sucedido é preciso documentar tudo de forma organizada, não deixando nenhum detalhe passar despercebido.

Determinar pontos críticos

Espaços grandes e abertos podem se tornar um grande desafio para quem precisa controlar a temperatura de um ambiente. Isso porque, com o aumento da área de controle, surge também o aparecimento de pontos críticos, que criam diversas zonas de temperaturas variadas.

Conheça, então, algumas dessas situações críticas, que devem ser analisadas minunciosamente:

  • Regiões próximas do teto ou das paredes podem sofrer influência térmica em reposta às alterações climáticas externas.
  • Aumento da possibilidade de existirem camadas de temperaturas em diferentes níveis, causado principalmente pelo acúmulo de ar quente nas regiões mais altas.
  • Diferenciação da temperatura próxima aos dispositivos responsáveis por gerar calor ou frio. Geralmente esse problema é oriundo do dimensionamento mal planejado dos ventiladores responsáveis por espalhar o ar condicionado.
  • A obstrução do ar por prateleiras, paletes (base que armazena e auxilia no transporte de materiais dentro de um galpão) ou outros móveis também pode resultar em pontos com temperatura mais elevada.
  • Portas abertas, um erro simplório que acomete muitos ambientes com sistema controlado de temperatura.

Sem exageros nas amostras

O segredo para determinar uma frequência de amostragem que  resultados concisos é não ser nem oito nem oitenta. Uma vez que poucas amostragens não servem como base para representar os níveis térmicos de um ambiente. O seu oposto (muitas amostras) irá tornar a análise tão complexa que será impossível chegar em uma conclusão plausível em tempo hábil para uma ação eficaz. O recomendado nesses casos é colher amostras em intervalos com 15 minutos, mas esse tempo pode variar de acordo com o produto armazenado ou processado.

Escolha os dispositivos adequados

No mercado de análise e controle de temperatura é possível encontrar inúmeros aparelhos e registradores, com diversas funções e opcionais. Por isso, é preciso parar para pensar quais têm, efetivamente, as funcionalidades que você realmente necessita no seu ambiente controlado. Somente dessa forma é que você conseguirá ter uma boa relação custo x benefício. Para determinar o seu conjunto de dispositivos fique atento aos seguintes fatores:

  • Capacidade de Armazenamento: verifique se a capacidade de armazenamento está de acordo com o número de amostras que devem ser realizadas pelo seu empreendimento. Não adquira nada que ultrapasse muito suas contas. Muito menos pense em instalar na empresa armazenadores de dados com capacidade máxima igual ao número limite total das suas amostras.
  • Número de amostras ajustável: só adquira equipamentos que permitam ao usuário realizar o ajuste da taxa de amostragem. Muitos aparelhos possuem ajustes padronizados com escalas que estão fora das necessidades do dia a dia de quem precisa realizar o controle térmico de um ambiente.
  • Não exagere na faixa de monitoramento e precisão: não gaste recursos financeiros adquirindo aparelhos que registrem temperaturas excessivamente superiores ou inferiores as que você aplicará no seu ambiente controlado.
  • Dimensão: o calcanhar de Aquiles de muitos sistemas é que a dimensão do dispositivo pode se tornar um problema responsável pela maior parte das ações de readequação dos ambientes com temperatura controlada, o que torna o planejamento mais propenso a falhas.

Conectividade

  • Conectividade: na era da informação nas nuvens é imprescindível possuir um dispositivo que dê acesso e transmita informações pela rede, seja por conexão Ethernet ou via Wireless. Isso possibilitará um controle mais efetivo da temperatura.
  • Calibrações: lembre-se de adquirir aparelhos com calibração garantida por certificadoras sérias e cadastradas nos órgãos de fiscalização. Calibre seu dispositivo a cada 12 meses.
  • Usabilidade: tenha certeza de que seu grupo técnico consegue utilizar o sistema informatizado do dispositivo de forma natural, tudo no software deve ser de fácil assimilação por você e seu corpo de funcionários.

Pré determine o local de cada registrador

Documente a localização exata de cada registrador e identifique-o por meio de etiquetas. Isso servirá como garantia de exatidão das informações e impedirá possíveis troca de dispositivos ou dos locais de fixação dos mesmos, atrapalhando dessa forma a análise das amostras.

Backup dos dados registrados

Não descarte os registros e análises realizadas, nunca se sabe quando será preciso realizar uma verificação, não é mesmo? Por isso, guarde em um computador ou na nuvem os dados coletados ao longo de 12 meses de trabalho. Isso possibilitará uma recuperação mais eficiente das informações caso venha a ocorrer algum problema com sua produção.

Realize manutenções

De tempos em tempos, é ideal realizar uma manutenção preventiva do seus dispositivos. O mais recomendável é que a manutenção ocorra de seis em seis meses. No entanto, em períodos com produção em alta, a manutenção pode ser realizada no mínimo, uma vez por ano. Lembre-se de contratar empresas de manutenção certificada.

De fato, o planejamento do seu ambiente com temperatura controlada pode ser uma ferramenta a mais para ajudar a sua empresa a se encaixar nas conformidades exigidas por lei. E ainda por cima, ao mesmo tempo que reduz custos e melhora o seu produto final.

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