Monitorar Temperatura, Conectividade e Hospitais no Brasil

É um fato que hoje em dia nas áreas da saúde controlar e monitorar temperaturas é essencial para a manutenção das boas condições de vacinas, medicamentos, amostras biológicas, sangue e materiais de pesquisa. O que é curioso, entretanto, é o método como estamos habituados a realizar este controle. Seria ele realmente seguro e o melhor que nós podemos fazer para garantir a qualidade destes materiais?

O que nos preocupa?

Com o avanço das tecnologias e a crescente conectividade a todo momento, é cada vez mais comum que deixemos a todo instante nossas redes sociais ligadas em tempo real em nossos celulares, smartphones e tablets. Enquanto estamos constantemente conectados para enviar mensagens, fotos e trocar postagens cômicas com nossos amigos na rede, por outro lado, em questões que envolvem controlar e monitorar temperaturas de materiais essenciais para a saúde, ainda utilizamos métodos de certa forma ultrapassados como o registro escrito e manual em planilhas impressas. Estaria isso correspondendo às nossas prioridades?

Acredito que, além do impacto social e de interação entre as pessoas que a conectividade e tecnologia agregam pelos serviços online, temos muito a explorar e muito a avançar com estas tecnologias em serviços de maior impacto positivo na melhoria da vida e saúde das pessoas.

Situações possíveis

Criemos aqui uma situação hipotética, porém, que se repete diariamente em muitos estabelecimentos de saúde no Brasil:

É iniciado o expediente no hospital e a farmácia abre suas portas, os responsáveis pelo setor entram e iniciam seus afazeres. Lá fora a temperatura está elevada desde ontem, porém com o ar condicionado tudo aparenta estar normalizado. Opa! Mas algo está errado. Ao se aproximar da câmara de vacinas, o responsável nota que há uma concentração de água no chão. Mas que coisa! O que será que aconteceu? Ao longo da noite o sistema de refrigeração apresentou problemas na câmara fria, causando o derretimento.  E ninguém estava no local para conferir, afinal na madrugada o expediente no local é reduzido e parte dos funcionários estava em período de férias.

Por que ninguém foi notificado? Enquanto os responsáveis estavam com outros afazeres, porém com seus celulares recebendo notificações constantes de mensagens do Facebook, Whatsapp ou via SMS, por que não receberam um alerta avisando que a temperatura da câmara fria estava se elevando e que era necessária a tomada de alguma providência? Justamente por causa do método padrão e de certa forma ultrapassado que utilizamos para controlar e monitorar temperatura. Agora muito provavelmente os insumos da câmara fria foram danificados e o prejuízo pode ter sido enorme.

Questionamento contínuo

A questão que quero levantar é: por que utilizamos a conectividade para tantos fins cotidianos e superficiais porém insistimos em utilizar um método muito menos eficaz para monitorar temperatura, em situações de importância muito maior do que as das redes sociais? Situações que podem de fato fazer a diferença entre a vida e a morte para muita gente.

Acredito que esta é uma evolução de mentalidade necessária aos estabelecimentos de saúde e estou trabalhando duro para que isso aconteça. Há de fato muitos estabelecimentos que já utilizam sistemas mais refinados para monitorar temperatura, e também muitas empresas oferecendo serviços para suprir esta demanda com qualidade. Porém, diante de um cenário onde cerca de 70% dos hospitais de médio e grande porte no Brasil * ainda utilizam sistemas manuais para monitorar temperatura, podem imaginar o quanto se perde por isso? Vale a pena correr este risco?

Conectividade para tudo e todos

Acredito que com conectividade e tecnologia podemos contribuir significativamente para a saúde das pessoas e reduzir muito o desperdício de materiais médicos no Brasil. Nossos esforços devem ser para que cada vez menos tenhamos de lidar com situações como a ilustrada acima, e a perda de insumos médicos atinga níveis irrisórios.

Quer saber mais sobre monitoramento de temperaturas?Baixe aqui a pesquisa realizada pela Sensorweb.

* Referência: Pesquisa realizada em Outubro de 2013 pela Sensorweb. Disponível no link: https://sensorweb.com.br/materiais-gratuitos/.
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