O que são câmaras frias para conservação de termolábeis

A temperatura é um dos principais fatores que demandam cuidados na conservação e o armazenamento de termolábeis. E não é para menos, afinal, se um insumo farmacêutico for exposto a uma temperatura não ideal, sua eficácia é comprometida.

Devido a tamanha preocupação, toda cadeia de suprimentos, incluindo as clínicas, hospitais e centros de pesquisas precisam investir em equipamentos que garantam a segurança e boa conservação dos termolábeis. Neste caso, estamos falando das câmaras frias.

A seguir, você descobrirá o que são esses equipamentos, quais tipos existem, por que elas são tão importantes para obter confiabilidade na área da saúde e muito mais.

Tenha uma boa leitura!

O que são câmaras frias?

 

As câmaras frias são equipamentos profissionais utilizados na logística de medicamentos, mais precisamente, no que diz respeito à refrigeração de termolábeis.

Indicadas para o armazenamento de vacinas, medicamentos e imunobiológicos, as câmaras frias são responsáveis por garantir a qualificação térmica desses insumos.

De modo a garantir que os termolábeis sejam mantidos sempre em temperatura ideal e uniforme, esses equipamentos contam com sistemas de segurança e monitoramento de temperatura.

Além disso, também devem seguir algumas normas regulatórias, por exemplo, a RDC 16 e a RDC 40. Ambas dizem respeito ao cadastro de refrigeradores na Anvisa.

Câmaras frias também devem seguir a RDC 430, que trata sobre as boas práticas de distribuição, armazenagem e transporte de medicamento

 

Qual é a importância das câmaras frias?

A principal função das câmaras frias é garantir que os medicamentos termolábeis sejam conservados na temperatura ideal. Mas, por que isso é tão importante? Simples, qualquer variação da temperatura pode comprometer a eficácia e qualidade desses insumos.

Por exemplo, imagine o seguinte cenário: uma pessoa está tomando uma vacina para garantir sua imunização contra determinada doença. Porém, essa vacina foi armazenada em condições não ideais de temperatura.

Desse modo, o paciente acreditará que foi imunizado, quando, na verdade, não foi ou sua eficácia fica reduzida em percentual.

Além do fator saúde, existe a problemática financeira. Imagine o prejuízo gerado pelo descarte de um lote inteiro de vacinas e/ou medicamentos? Se analisarmos os custos de insumos oncológicos, por exemplo, essa despesa ultrapassa a casa dos milhões. Com certeza, ninguém quer passar por isso.

É para evitar situações como essas que existem tantas normas e procedimentos técnicos na cadeia de frio. Afinal, é preciso garantir que a temperatura ideal durante todo o trajeto que os medicamentos percorram.

Quais são os tipos de equipamentos científicos?

 

É verdade que alguns locais ainda utilizam refrigeradores domésticos para a conservação de vacinas e medicamentos. Por não garantirem o controle da temperatura do ar interno, essas opções não são recomendadas.

A preferência sempre deve ser dada aos equipamentos científicos, mais especificamente às câmaras frias e freezers. Podemos dividi-las em 4 tipos:

  • câmara científica com porta cega;
  • câmara científica com porta de vidro;
  • freezer científico;
  • freezer de temperatura ultrabaixa.

A seguir, falaremos sobre as principais características desses equipamentos. Com essas informações, será mais fácil garantir que você utilizará a câmara ideal, conforme suas necessidades.

Câmara científica com porta cega

 

Muito populares, as câmaras científicas com porta cega são utilizadas para o armazenamento de inúmeros termolábeis. Mas, a principal indicação é para a conservação de reagentes sensíveis à luz.

Em comparação com as câmaras científicas com porta de vidro, as com porta cega possuem uma melhor manutenção da temperatura interna.

Entretanto, algumas não contam com porta interna transparente, o que dificulta o acesso e visualização do material, fazendo com que a porta precise ficar aberta por mais tempo.

 

Câmara científica com porta de vidro

 

A câmara científica com porta de vidro é a mais indicadas para conservação de termolábeis, pois facilita a visualização dos materiais armazenados. Desse modo, até mesmo o controle do estoque pode ser feito mais rapidamente.

Porém, é importante ressaltar que as câmaras frias com porta de vidro possuem baixa isolação de temperatura na porta, o que pode levar à condensação da mesma.

Freezer científico

 

Os freezers científicos geralmente possuem um controle de temperatura de -20ºC, -30ºC e -45ºC e são ideais para o armazenamento de insumos por longos períodos.

Entretanto, muitos não contam com porta de vidro, por isso prejudicando o controle térmico. Além disso, devido à baixa temperatura, é possível existir formação de gelo, especialmente se a abertura da porta for frequente.

Freezer de temperatura ultrabaixa

 

Os freezers de temperatura ultrabaixa têm dois compressores que garantem que eles trabalhem a uma temperatura de -86ºC. Esses equipamentos são os mais tecnológicos do mercado e são muito utilizados na área de pesquisa científica. Porém, eles também são os que possuem maior preço de aquisição e manutenção. Sem falar que o acúmulo de gelo neles é inevitável.

Do que são compostas as câmaras frias?

 

As câmaras frias são compostas por:

  • Gabinete e porta isolante: o gabinete das câmaras frias normalmente é composto por poliuretano ou EPS (isopor), devido ao isolamento térmico que esses materiais possuem. As portas também podem ter a mesma composição, sendo que elas podem ser portas cegas, de vidro duplo ou triplo.
  • Sistema de refrigeração e circulação: composto por um evaporador, um compressor, um micromotor ventilação (no caso das câmaras frias com ventilação forçada) e um condensador, esse sistema é um dos mais importantes das câmaras frias. Afinal, é ele que garante a boa refrigeração e circulação do ar interno.
  • Sistema de controle e segurança: a principal função desse sistema é fazer o controle da temperatura. Dentre os componentes, estão o controlador e os sensores. O primeiro acumula importantes funções, como ajustar a temperatura, registrar níveis máximos e mínimos e fornecer indicações visuais e sonoras quando existe algum problema. Enquanto isso, os sensores são os responsáveis pelo monitoramento da temperatura.
  • Sistema de drenagem do condensado: esse sistema é responsável por levar o líquido condensado a uma bandeja em cima ou próxima do compressor, para que este evapore para o ambiente. Por ter essa função, é fundamental que ele esteja sempre limpo e livre de materiais corrosivos.
  • Acondicionamento do material armazenado: neste tópico, falamos sobre os instrumentos utilizados para armazenar e organizar os insumos nas câmaras frias. As bandejas e prateleiras são as mais utilizadas para a armazenagem de vacinas. Em contrapartida, as gavetas são as mais usadas para bolsas de sangue, por exemplo.

Esses são os itens básicos que compõem as câmaras frias. Mas, é possível encontrar vários acessórios opcionais disponíveis no mercado. Alguns exemplos são: portas internas isolantes, discadoras telefônicas, sensores extras, entre outros.

Como saber se as câmaras frias estão apresentando algum problema?

É verdade que os melhores equipamentos do mercado certamente contam com sistemas de controle e segurança que alertam o profissional em caso de problemas com a câmara fria. Porém, por serem sistemas embarcados, eles têm como foco o equipamento, de forma individual.

Na prática, isso significa que se o refrigerador parar de funcionar por falta de luz, por exemplo, ou se tiver algum outro tipo de falha, você pode não conseguir identificar o problema com a rapidez necessária.

Portanto, é recomendável contar com uma solução de monitoramento à parte do equipamento, como a Sensorweb. Com ela, o acompanhamento e controle da temperatura são feitos de maneira contínua, 24h por dia, mantendo seus termolábeis sempre seguros.

Saiba mais sobre as câmaras frias em nosso webinar “Guia completo: funcionamento de câmaras frias de A a Z”!

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