Cadeia do frio no mundo: um futuro que já é presente

Uma cadeia do frio segura envolve o armazenamento, o manuseio e o transporte de medicamentos ou insumos sensíveis à temperatura, vacinas e até sangue. Ela deve garantir a integridade e a qualidade dos elementos que compõem o medicamento para que ele chegue em perfeito estado para o paciente e promova o benefício necessário, como se tivesse acabado de chegar da indústria farmacêutica.

O crescimento da cadeia do frio

Nos anos 80 a indústria de biotecnologia introduziu os primeiros produtos no mercado e desde então a área cresceu bastante. Atualmente, são cerca de U$200 bilhões investidos na cadeia do frio, dos quais cerca de 13% envolvem os gastos com a logística para enviar os produtos (medicamentos, alimentos, insumos, etc) ao redor do mundo e manter a qualidade dos produtos sensíveis à temperatura.

Em 2015 cerca de 5 a 10% dos produtos farmacêuticos precisaram de refrigeração.

E com o aumento das pesquisas, essa porcentagem também aumenta. Durante os últimos anos, por exemplo, houve crescimento latente para pesquisas de medicamentos destinados a doenças raras, principalmente as oncológicas. Isso deu um salto (em volume) na origem de medicamentos que necessitam do armazenamento refrigerado, ou seja, na cadeia do frio. Em 2009, 5 dos 10 produtos farmacêuticos mais vendidos no mundo foram derivados de moléculas (insumos) que exigem armazenamento refrigerado e estabilidade contínua na cadeia do frio. Em cima dessas estimativas, a previsão é que em 2018, cheguem a 7 medicamentos dos 10 que necessitarão de armazenamento refrigerado.

Também na cadeia do frio, as vendas de vacinas crescem no mundo todo cerca de 7% por ano. As vendas de insulina estão crescendo 6-7% por ano a nível mundial, e mais de 20% por ano nos mercados emergentes, como a China, que a partir de 2013 tinha cerca de um quarto da população de diabéticos do mundo, mas utilizado apenas 6% da insulina do mundo.

Investimentos

Ao todo, os produtos do setor biofarmacêutico da cadeia do frio já estão acima de US $ 200 bilhões em vendas, com um crescimento de rastreamento em torno de 8% por ano, e que compõem cerca de 23% do mercado biofarmacêutico global.

Com essa escala de produção, a cadeia do frio tem atraído crescente interesse de órgãos regulatórios, e ao longo dos últimos cinco anos o governo e a indústria têm estabelecido diretrizes para processos de transporte, envolvendo sensores e embalagens.

A indústria farmacêutica já vivencia a necessidade da cadeia do frio, portanto o que era esperado para o futuro já está sendo vivenciado hoje, que é a necessidade de estruturar uma cadeia do frio eficaz dentro de clínicas, hospitais, hemocentros, farmácias para que cada vez mais estejam evoluindo de acordo com o surgimento de novos medicamentos e com o investimento de várias pesquisas.

Cadeia do Frio

Produtos que envolvem biotecnologia, sangue e vacinas podem ter a composição alterada por causa do calor em excesso ou por causa do congelamento, e assim perdem seu valor terapêutico e financeiro. Assim, é importante o investimento em pesquisa e desenvolvimento de medicamentos, mas também sua correta armazenagem no meio do caminho ou melhor na última milha, antes de ser manipulado ao paciente.

Com o enorme crescimento da cadeia do frio, a saúde e o mercado de medicamentos exigem que se tenha um controle maior em relação à temperatura dos ambientes. Portanto, é importante investir em dispositivos que possam identificar as variações de temperatura, antes que elas saiam das faixas indicadas ao ponto de alterar a composição dos medicamentos armazenados e comprometer sua eficácia.

Um sensor de temperatura se mostra bastante útil nesse caso, pois permite automatizar a supervisão da temperatura durante as etapas da cadeia do frio, podendo gerar uma grande economia por ser preventivo, evitando problemas que possam surgir, como por exemplo o descarte de medicamentos por armazenagem em temperatura incorreta. Com o aumento da produção de medicamentos que necessitam da cadeia do frio, é esperado que as empresas do ramo consigam enxergar a necessidade de monitorar as temperaturas dos meios de transporte e armazenagem dos medicamentos, através de sensores de temperatura, acompanhando a tendência mundial.

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