A importância da segurança de dados na Saúde

Sempre atentos às necessidades e demandas de quem nos acompanha, hoje vamos iniciar uma nova série especial de textos no blog da Sensorweb. O tema da vez, então, é a “Segurança de Dados na Saúde”. É ele que vai estar sob a mira dos holofotes pelas próximas semanas.

Percebendo a importância do assunto, a transformação digital e a evolução tecnológica no setor, achamos mais do que justo compartilhar com vocês os principais aspectos quando o assunto é segurança de dados: desde a importância de se ter dados seguros em todas as esferas do setor, até chegar em âmbitos mais específicos – como na indústria farmacêutica e no processo logístico.

Hoje vamos falar sobre a importância da segurança de dados na Saúde – além de contar o que é e para o que serve a segurança de dados, vamos começar com uma “pincelada” na RDC 36/2013, que fala sobre a segurança do paciente, e nas outras instituições e leis que regulam a área.

Entendendo o lado burocrático da segurança de dados na Saúde

A Health Insurance Portability and Accountability Act – mais conhecida como HIPAA – é uma lei federal americana de 1996 que institui e assegura o controle das informações detidas pelas organizações de Saúde (inclusive indústrias). Ou seja: ela regula a confidencialidade dos dados clínicos dos pacientes. Como a HIPAA passou a ser levada em consideração por instituições e órgãos de fiscalização do setor em todo o mundo, é muito importante que empresas que atuem ou possuam um setor de segurança da informação em Saúde estejam atentas ao que ela diz para exercer suas atividades dentro dos conformes.

Aqui no Brasil, a Agência Nacional de Saúde (ANS), por sua vez, editou, em 2004, um padrão para a troca de informações entre as empresas do setor. Dois anos depois, ela incorporou diretrizes de segurança de informação na área de Saúde com o ISO/NBR 17799, exigindo o seu uso durante o armazenamento de dados – seja de forma digital ou em papel. Com o passar dos anos, as normas foram sendo potencializadas e atualizadas, graças às mudanças e avanços da tecnologia.

Anvisa

Já a RDC 36/2013 da Anvisa, segundo o mercado, é tão ambiciosa quanto polêmica. O questionamento quanto à resolução vem da própria comunidade médica que, apesar de reconhecer seus objetivos nobres de aumentar a segurança do paciente e melhorar a qualidade dos serviços prestados, enxerga problemas na forma de implementação das medidas propostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

De maneira geral, como falamos, a resolução tem por objetivo instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde. Porém, o que ela propõe – como o Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) e, consequentemente, o Plano de Segurança do Paciente (PSP), além de seus prazos e regulamentações – são fatores que geram polêmica no mundo da Saúde, por sua complexidade ou, ainda, como muitas instituições alegam, sua inviabilidade. É claro que como todas as outras RDCs da Anvisa, não podemos deixar de salientar que tal RDC deve ser não apenas seguida, mas implementada.

Bom, como estamos aqui para informar (e não para julgar), vale um click no link que disponibilizamos ali em cima e uma leitura atenta da RDC 36/2013 para entender ainda melhor a complexidade da questão.

Manter os dados seguros é mesmo importante?!

A segurança da informação é, definitivamente, uma necessidade para a área da Saúde. E está mais do que na hora de essa segurança virar prioridade para o setor.

Pode passar despercebido para muita gente – afinal, quando falamos em Saúde, pensamos logo em medicamentos, tratamentos, atendimento ou qualidade de vida – mas a área também envolve (e muito!) a coleta e o gerenciamento de uma quantidade infinita de informações confidenciais sobre as instituições e, é claro, sobre os pacientes. Uma coisa que não podemos esquecer, porém, é que além de tais dados médicos serem, por lei, confidenciais, eles também precisam ser 100% confiáveis, garantindo, principalmente, a qualidade do serviço prestado.

Lembre-se! Estamos lidando com vidas! Então, precisamos mesmo responder se manter os dados seguros é importante?! ;)

Qual é a importância, então, de se manter os dados seguros?!

Como falamos na introdução, a transformação digital está cada vez mais evidente. Com isso, os negócios de todos os setores passam a ser, de uma maneira geral, cada vez mais dependentes da informação e de todos os processos que ela envolve. Vamos nos ater, porém, à área da Saúde!

Atualmente, a maior preocupação da grande maioria de empresários do setor é garantir que todo seu conteúdo e dados estratégicos estejam seguros e preservados da melhor maneira possível. Com essa necessidade evidente, porém, as instituições enfrentam o que podemos chamar de um problema. Que é o foco, que vai da administração de seu negócio para a segurança de dados e as demandas da área de TI. Para solucionar essa questão, então, diversas empresas (incluindo as indústrias) estão optando por empresas terceirizadas e parceiros para administrar a sua segurança de dados, garantindo, assim, que tudo esteja nos conformes, sem sobrecarregar seu departamento de Tecnologia da Informação. Os dados são o coração da instituição.

Segurança de dados: um ambiente seguro vale por dois!

Segundo uma pesquisa feita pela KPMG, empresa referência mundial quando o assunto é auditoria e serviços profissionais. 81% dos executivos de organizações ligadas à Saúde afirmaram que suas empresas já sofreram algum tipo de ataque virtual. E olha que curioso: ainda de acordo com a pesquisa, apenas metade deles se sentia preparado para proteger sua instituição. Em caso de ataques futuros e 39% disseram não possuir um plano confiável em segurança da informação para se prevenir de possíveis invasões.

Dados alarmantes?!

Estudos indicam que informações médicas e ligadas à área da Saúde podem valer até 50 vezes mais do que outros dados atualmente roubados em ações de criminosos digitais. E MAIS: comprovadamente, um em cada três pacientes terá, algum dia, seus dados roubados de instituições médicas.

Mas você deve estar se perguntando: sério que os criminosos virtuais dão tanto importância assim aos dados de Saúde?! Sério, seríssimo!

Ao que tudo indica, os infratores virtuais decidiram deixar as instituições financeiras de lado. Na real eles passaram olhar com outros olhos para as de saúde, exatamente porque as financeiras aumentaram significativamente seus investimentos. Sejam eles em tecnologia, em processos ou em colaboradores na área de segurança de dados. Fato que não acontece com a Saúde – pelo contrário.

É por isso que, como gestor ou atuante na área de Saúde, você deve se adiantar e remar contra essa maré. Sendo você a parte fundamental na mudança deste cenário. Segundo a IDC, empresa referência mundial especializada em inteligência de mercado, consultoria e serviços estratégicos de marketing para os mercados de TI e Telecomunicações. Os gastos globais em segurança da TI devem crescer 10,3% até 2020 – sendo essa taxa maior que a de qualquer outro setor.

Que tal fazer parte desta estatística e investir cada vez mais na segurança de dados do seu negócio?! Uma coisa a gente garante: um ambiente de dados seguro e bem administrado vale por dois.

Coração batendo a todo vapor

Nesse mundo de transformação digital, as instituições precisam estar preparadas para que seus dados. Principalmente, as informações sobre seus pacientes – não fiquem vulneráveis a qualquer tipo de pane ou ataque. Afinal, o coração da empresa não pode, nem por um minuto, parar de bater.

E os dados da sua empresa, estão seguros?! Você acredita que essa segurança de dados da Saúde são realmente importantes?! Quais as medidas adotadas pela sua instituição de saúde para a garantir desses dados?! 

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

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