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Ultra frio: o que pode ser mantido abaixo de -80ºC

Blog, Clínicas & Hospitais, Engenharia Clínica, Métodos de Conservação, Pesquisas Científicas
ultra frio -80°C

Buscar maneiras de preservar materiais, principalmente biológicos, para pesquisas científicas futuras é um dos objetivos do ramo da ciência chamado de criogenia. Com aplicações das mais diversas, desde aumento da resistência de metais até a preservação de células-tronco, o processo conhecido como ultra frio ou criogenia permite entender o que ocorre nesses materiais quando são submetidos a temperaturas abaixo de −80°C. 

Estudos Físico-químicos

Em estudos físico-químicos, grande área na qual está inserida a criogenia, os cientistas utilizam escalas de temperaturas comuns como Fahrenheit, Celsius e Kelvin (já que esta última fornece a referência do zero absoluto) e também a escala de Rankine. Dessa forma, é provável que ao ler sobre criogenia você se depare com registros como −238°F, −150°C ou 123°k. Além dos próprios efeitos do ultra frio, a criogenia estuda e desenvolve também tecnologias para produzir essas temperaturas de maneira segura, a fim de que os elementos e organismos submetidos a elas não percam suas propriedades no congelamento e nem ao retornarem a temperaturas ambientes. 


Essa atividade demanda o monitoramento e controle de temperaturas na cadeia do frio para que estes materiais não passem por instabilidades. Baixe nosso infográfico e entenda a cadeia do frio.


O termo criogenia se popularizou devido à preservação de cadáveres a temperaturas muito baixas e à ideia de que um dia seja possível trazê-los de volta à vida, atividade chamada de criogenia humana. Mesmo com altos custos, é uma possibilidade que fascina esportistas, líderes políticos e celebridades. Se um dia isso será possível não se sabe, mas a criogenia e a manutenção de materiais diversos em ambientes ultra frios já são uma realidade nas indústrias de gás e combustíveis, por exemplo. Um de seus usos mais conhecidos é no comércio do gás natural liquefeito (GNL), que é uma forma criogênica do gás utilizado como combustível. Mas além desses usos práticos, a criogenia é utilizada na indústria alimentícia e na medicina. 

Ultra frio voltado para a saúde

A criobiologia é a área da criogenia que pesquisa mais especificamente as baixas temperaturas relativas a organismos e o desenvolvimento desta ciência é o que permite a conservação de materiais biológicos para que sejam usados posteriormente. As temperaturas entre -60ºC e -100ºC podem ser aplicadas por longos períodos para preservar órgãos, amostras para biópsias, células para inseminação artificial, sangue, tecidos e células-tronco. 

A preservação de óvulos e espermatozoides para fertilização in vitro ou assistida é possível graças à criogenia. Até mesmo embriões podem ser conservados sob estas condições para serem reanimados meses ou anos após seu congelamento.   

Exemplos de pesquisa e o ultra frio

Quer outro exemplo? A extração de células-tronco de diferentes partes do corpo humano, como medula óssea, cordão umbilical e até mesmo dentes de leite também podem ser armazenadas em clínicas de criogenia. Além de poder atuar na recuperação de tecidos humanos, a importância desta atividade se dá pela possibilidade de tratar doenças com este tipo de células. 

Uma curiosidade em tempos de pandemia, onde a criogenia faz parte do processo. Uma pesquisa da UFRJ descobriu que as células-tronco possuem vesículas extracelulares que não são afetadas pelo vírus da Covid-19 e que contêm dentro delas microRNA, RNA-mensageiro e outras substâncias. Como as células-tronco não poderiam ser administradas diretamente aos pacientes sob risco de infecção, os pesquisadores trabalham com a hipótese de que as vesículas possam atuar in vitro para serem dadas diretamente aos pacientes. 

Monitoramento de temperatura

Não há dúvidas de que manter materiais diversos ultracongelados é pensar em futuras soluções para doenças crônicas e epidemias, como ocorre neste ano em que pesquisadores do mundo inteiro estão focados em encontrar uma cura para a Covid-19 ou pelo menos uma forma de preveni-la. 

A segurança de armazenagem e transporte desses materiais se torna um fator de grande importância para manter a estabilidade e eficácia das amostras. Para que tais pesquisas sejam bem-sucedidas, principalmente quanto à manutenção das baixas temperaturas, é necessário que existam controles automatizados de monitoramento. 


Nós já falamos aqui no blog da Sensorweb sobre o transporte de vacinas, que também são materiais biológicos e requerem uma série de cuidados. Acesse!


Expostos ao ultra frio, os materiais biológicos podem permanecer nesse estado por tempo indeterminado. Isso acontece com o uso de recipientes de refrigeração especiais, como unidades móveis, tanques ou os chamados frascos de Dewar. Esses frascos Dewar têm 1,8m de altura e diâmetro de 90cm. Eles são preenchidos com gases liquefeitos (ou criogênicos) capazes de manter a temperatura e pressão em níveis adequados. Para isso, os mais utilizados na criogenia são o nitrogênio e o hélio – este último permite atingir temperaturas ainda mais baixas que as do nitrogênio. 

Tecnologias, calibração e manutenção

Para garantir a segurança de toda esta cadeia, o monitoramento contínuo e automatizado das temperaturas, que garante o cumprimento das faixas ideais, torna-se uma necessidade. Por meio de tecnologias como computação em nuvem e IoT isso é possível, já que em caso de desvios de temperatura o sistema envia alertas aos profissionais responsáveis, permitindo otimização da equipe e intervenções rápidas para evitar perdas de insumos. 

Ainda é bom lembrar que os equipamentos de medição devem passar periodicamente por avaliações e manutenções, com certificados de calibração em dia, para que as variações de temperatura sejam as menores possíveis e a empresa possa assegurar a qualidade dos insumos. Um diferencial em tecnologias – sensores – que monitoram produtos ultra frios ou ultra congelados, chamados de criogenia é o seu alcance de temperatura extremo. Pois poucos são os equipamentos e as sondas que conseguem registrar dados em ambientes abaixo de -125ºC. 

Importante na hora de escolher um serviço para ultra frio

Outro detalhe importante! Quando buscar soluções de monitoramento para uma instituição ou mesmo procurar os serviços de congelamento para embriões e matérias orgânicas. Será preciso identificar o tipo de sonda utilizadas para aguentar as portas do ultra freezers. Elas possuem uma vedação extremamente forte e o sensor ou cabo precisam ser resistentes o bastante. 

Garantir um bom monitoramento de um ultra freezer permite que os seus insumos fiquem bem armazenados e com redução de impacto em caso de falhas. Quando não estão bem ajustados ou revisados pela manutenção, eles podem demorar muitas horas para estabilizar a temperatura após uma abertura da porta. 

Você sabe quais as melhores formas de prevenir perdas de insumos, vacinas e medicamentos? Acesse nosso webinar gratuito e descubra!

No blog, você encontra outras informações que vão te ajudar a manter os medicamentos de sua clínica, hospital ou hemocentro em condições ideais de uso. Acesse outros dados e compartilhe suas dúvidas!

Blog da Sensor
04/01/2021/0 Comentários/por Raabe Moro

Logística hospitalar: como melhorar a distribuição de medicamentos

Blog, Clínicas & Hospitais, Engenharia Clínica

Apesar da legislação cada vez mais exigente, muitas farmácias hospitalares ainda funcionam de maneira bastante simples: o medicamento chega ao hospital, é registrado, vai para o estoque e é distribuído ao paciente. 

O problema é que, nesse sistema, é comum que erros ocorram. Eles vão desde a administração de uma dose diferente da prescrita até a de medicamentos deteriorados e podem comprometer a saúde do paciente.

Sendo assim, é preciso encontrar formas de melhorar a distribuição de medicamentos. É sobre como resolver essa questão de logística hospitalar que vamos falar neste artigo!

Entenda como funcionam as farmácias hospitalares atualmente

O funcionamento das farmácias hospitalares costuma ser simples, ainda que inclua diversos profissionais, como médicos, enfermeiros e administração do hospital trabalhando em conjunto. 

Primeiramente, o almoxarifado recebe os medicamentos do fornecedor e confere a mercadoria. Um funcionário faz o registro dos medicamentos no sistema de estoque. De acordo com a necessidade, os medicamentos ficam no estoque do almoxarifado ou vão direto para a farmácia hospitalar. Nos casos em que fica no almoxarifado, o sistema emite uma lista de medicamentos para reposição quando necessário. Só então o medicamento vai para a farmácia. 

Na hora de estocá-los na farmácia, os medicamentos são organizados em ordem de registro farmacêutico e em ordem alfabética. Depois, há a separação e dispensação, quando a farmácia recebe as prescrições médicas de diversas áreas do hospital. No geral, esse documento contém o nome do paciente, data, medicamento administrado, via de administração, frequência, horário e assinatura do médico. 

O farmacêutico analisa o documento e o libera para que o auxiliar de farmácia separe a medicação. Depois de separados, os medicamentos ficam à disposição para retirada própria farmácia. O paciente, então, recebe a medicação pelo auxiliar de enfermagem, que anota manualmente a administração do medicamento no formulário de prescrição médica.

Como esse processo pode ser melhorado?

O processo descrito acima pode ser melhorado de diversas formas e não é de hoje que o tema vem sendo discutido, tanto no meio acadêmico quanto em âmbito empresarial. Um dos primeiros estudos no Brasil nesse sentido, apresentado no Congresso Brasileiro de Custos, em 2007, já abordava dispensação por código de barras para diminuir erros na administração de medicamentos não-autorizados a pacientes ou mesmo erros de super dosagem, conforme sugerem os pesquisadores Edson Pacheco Paladini, Kátia Abbas e Maury Leoncine. Já com relação à logística hospitalar e o recebimento dos medicamentos no almoxarifado, é necessário verificar se a carga está em boas condições e se chegou no prazo certo para avaliar o fornecedor. 

A integração entre almoxarifado e farmácia hospitalar também é importante, para que o primeiro saiba as reais necessidades de reposição, reduzindo insumos ou evitando a falta deles. Para realizar estas atividades e integrar os diversos setores de um hospital, o uso de tecnologia e automação de informações é imprescindível para facilitar algumas ações como o registro no sistema e controle de estoque. 

Os medicamentos devem ser também identificados com código de barra, para permitir que sejam rastreados. Usar prescrições eletrônicas é outra sugestão. Dessa forma, o médico pode usar um sistema digital para prescrever, eliminando dificuldades de entendimento das informações.

Por fim, o paciente deve ser identificado com uma pulseira com um código de barras. No momento da administração, o enfermeiro deve fazer a leitura do paciente e a do medicamento, para garantir que a administração está correta. 

Como melhorar a logística hospitalar? A importância de monitorar a temperatura dos medicamentos

Outra ação essencial para melhorar a qualidade das farmácias hospitalares e a logística hospitalar com um todo é monitorar a temperatura dos medicamentos. Isso é especialmente válido no caso dos medicamentos oncológicos e das vacinas, estas últimas  precisam ser transportadas em caixa específica e ter temperatura mantida entre 2ºC e 8ºC. Para isso, uma solução que possa ser acoplada à maleta térmica é indicada como máxima de garantia ou o uso de um sensor móvel ou um datalogger, conforme guia de boas práticas na rede de frio da ANVISA.

Depois do transporte, os medicamentos vão para o almoxarifado ou também conhecida como farmácia central do ambiente de saúde. Esta fica responsável por monitorar e registrar a temperatura dos estoques. Para medicamentos termolábeis, utiliza-se câmaras frias, que permitem estocar mais medicamentos por vez. 

Com medicamentos de alto custo em seu interior, esse ambiente é crítico. Qualquer falha no sistema de refrigeração ou na eletricidade podem colocar os medicamentos em risco. Por isso, usar um sistema de monitoramento é crucial.

Medicamentos oncológicos

É preciso dar atenção especial também aos medicamentos oncológicos, que precisam ser mantidos estáveis. Uma das variáveis que mais causam problemas é a temperatura, essencial para garantir que o medicamento seja eficaz em tratamentos oncológicos. Estes devem ser conservados em temperaturas bem específicas, com faixa estreita entre mínima e máxima. 

Isso porque, caso o medicamento não esteja na temperatura certa, pode causar a decomposição dos produtos, alterando sua eficácia e ocasionando retrocesso no tratamento dos pacientes. 

Monitoramento automatizado de temperatura

Levando em conta a importância de monitorar a temperatura dos seus medicamentos, uma maneira eficaz de fazer isso é usando um sistema de controle automatizado, que evita falhas e equívocos nos registros. Esse tipo de equipamento  são sensores de medição automáticos, que garantem o monitoramento quanto a  refrigeração dos medicamentos mesmo sem ninguém por perto. Quando a temperatura se aproxima da faixa de risco, alarmes são enviados para as equipes responsáveis.

Além de monitorar o armazenamento na farmácia hospitalar, a automatização permite acompanhar a temperatura durante o transporte dos medicamentos, enviando dados em tempo real para a equipe responsável pelo setor. Também é possível acessar registros constantemente, em um histórico organizado de informações, o que é importante em casos de auditoria e conferências técnicas.

Dessa forma, você garante armazenamento e transporte de medicamentos com mais confiabilidade. O paciente é tratado com medicamentos íntegros, sem rupturas. Quer saber mais sobre qualidade na farmácia hospitalar e como a automação pode trazer benefícios e reduzir falhas nesse ambiente? Então faça o download gratuito do ebook Controle de temperatura de fármacos como fator de qualidade hospitalar!

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Blog da Sensor
01/09/2020/0 Comentários/por Raabe Moro

Quais tipos de softwares para saúde precisam de registro Anvisa?

Blog, Clínicas & Hospitais, Engenharia Clínica, Equipamentos e Tecnologias
saúde anvisa

Este texto foi escrito e publicado pelo nosso parceiro de projetos e serviços Neovero Sistemas, você pode ler o texto original clicando aqui.

Instituições de saúde precisam de ferramentas informatizadas de diversos tipos para o gerenciamento geral, registros da Anvisa e específico das tarefas próprias de tais estabelecimentos. A falta de um regulamento específico tem gerado dúvidas sobre a exigência ou não de registro na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária para softwares utilizados na área. No entanto, e com o objetivo de esclarecer as numerosas dúvidas, a Anvisa publicou em 2012 uma nota técnica onde são descritos os diferentes softwares aplicados na área da saúde e, dentre eles, quais estão sujeitos a vigilância sanitária, possuindo assim registro Anvisa.

A RDC 185/01 define produto médico como “Produto para a saúde, tal como equipamento, aparelho, material, artigo ou sistema de uso ou aplicação médica, odontológica ou laboratorial, destinado à prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção (…)”.

Pela natureza do software, compreende-se que o mesmo pode se apresentar em três situações possíveis:
a) Software produto para a saúde (medical device), por si mesmo;
b) Software parte ou acessório de um produto para a saúde;
c) Software não produto para a saúde.

Desta forma, os softwares sujeitos ao regime de vigilância sanitária são aqueles destinados à prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção de seres humanos. Apenas aqueles que se enquadram na categoria de Medical Device e, como veremos a seguir, alguns dos enquadrados como acessórios. Em qualquer caso, os softwares não produto para a saúde nunca precisarão de registro Anvisa.

Para entender sem risco de engano se um software precisa registro na Anvisa, se de fato trata-se de um Medical Device ou não, vamos aprofundar a descrição das três categorias:

Medical Device por si mesmo:

  • Não precisam de um “hardware” classificado como produto para a saúde para serem executados.
  • São executados em um computador isolado.
  • Exemplos: softwares para processamento de dados médicos, com vistas à diagnóstico, análise e monitoramento para sugestão de diagnósticos; processamento (não armazenamento apenas) de imagens de diagnóstico.

Software como acessório de um Medical Device – registro anvisa:

  • Necessitam de um “hardware” a eles conectado para funcionar, sendo assim parte ou acessório integrante do mesmo. Neste caso, os softwares são registrados/cadastrados em conjunto com o “hardware”.
  • Para a parte ficar incluída no registro ou cadastro do equipamento não poderá ter classificação de risco superior ao do equipamento ao qual se destina.
  • Caso não se enquadre nestas situações, deverá ter registro em separado.
  • Exemplos: PACS (Picture Archiving and Communication System). Navegador cirúrgico em um computador à parte que se conecta com um raio-x arco cirúrgico genérico, para execução ou planejamento cirúrgico

Software não produto para saúde:

  • Demais softwares não destinados, por si mesmos ou como acessórios, à prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação ou anticoncepção de seres humanos.
  • Exemplos: CMMS/EAM (softwares de gestão de ativos e gestão da manutenção, como Neovero). Qualquer software de gerenciamento de informações do tipo “caracteres” ou imagens não médicas. Softwares para formação de profissionais de saúde. Sistemas operacionais, de suporte ou softwares de uso geral.

Por tanto, os únicos softwares liberados da obrigatoriedade de vigilância sanitária são os que temos chamado de não produto para saúde, sendo obrigatório sempre no caso dos Medical Device e para alguns dos softwares acessórios aos medical devices.

Para mais informações:

  • Relatório Preliminar de Análise do Impacto Regulatório Contribuições para construção do regulamento de software médico: click aqui
  • NOTA TÉCNICA N° 04/2012/GQUIP/GGTPS/ANVISA: click aqui
  • Regularização de software como dispositivo médico: click aqui

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Blog da Sensor
21/07/2020/0 Comentários/por Valéria Riveiro

O Engenheiro Clínico e o Hospital Conectado

Blog, Engenharia Clínica, Equipamentos e Tecnologias, Internet das coisas
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Se você acompanha nosso blog, já deve ter percebido que damos muita importância a Saúde 4.0, o futuro das coisas (inclusive da medicina) e todas as tendências tecnológicas desta área. É claro que, seguindo por este caminho não poderíamos deixar de mergulhar em uma das frentes que representa a poderosa fusão entre a saúde e tecnologia: Os hospitais conectados e o engenheiro clínico.

O Engenheiro Clínico é um profissional de importância única, pois este é fundamental para o bom funcionamento (e aqui estamos sendo modestos) de uma instituição de saúde, especialmente quando o assunto é gestão de equipamento e infraestrutura.

Os profissionais desta área são a linha de frente para que o hospital se torne inovador e ágil sem perder a infraestrutura já adquirida. Quando se fala em hospital conectado então, o engenheiro clínico se torna uma peça-chave nessa transformação.

A tendência é que esta profissão ainda cresça muito!

E não se engane, o número de hospitais conectados está se desenvolvendo tanto quanto o mercado da engenharia clínica.

O que contribui expressivamente para o bem estar dos pacientes, para o crescimento dos profissionais de saúde e para as inovações na área da saúde. Por esses motivos é que falaremos com detalhes sobre essa profissão e qual a relação com o hospital conectado.

Avisto importante: Você não precisa ser da engenharia clínica para aproveitar cada linha deste artigo. Se você participa da área da saúde ou apenas tem interesse de se aprofundar neste universo, este artigo será útil para você.

Um pouco da engenharia clínica

Você sabia que a engenharia clínica faz parte de uma outra formação? Ela é uma área de conhecimento que surgiu por conta da necessidade em executar funções com o foco específico dentro de uma outra área de atuação – a engenharia biomédica.

Na verdade, para se tornar um engenheiro clínico você precisa primeiro ser um engenheiro biomédico, e nós falaremos mais a frente sobre a importância deste profissional para o funcionamento de qualquer hospital.

Essa especialização começou nos Estados Unidos por volta dos anos 60 visto a necessidade gerada pela preocupação com os pacientes. Como você deve imaginar, a área logo se popularizou e se alastrou para outras partes do mundo.

No Brasil os profissionais da área demoraram um pouco mais a chegar, e só apareceram por volta dos anos 80, por conta de uma pressão financeira – afinal, economicamente falando, uma gestão de tecnologia apropriada traz uma grande contribuição para o ambiente hospitalar.

O que faz um engenheiro clínico?

Como falamos, a Engenharia Clínica demorou a chegar no Brasil e por isso é importante lembrar que a profissão ainda está engatinhando por aqui.

engenheiro clínico e o hospital conectado

De maneira geral, hoje, o engenheiro clínico é o profissional que vai cuidar do que chamamos do “ciclo de vida” da tecnologia e equipamentos hospitalares.

Podemos dizer então que ele gerencia tecnologias de saúde dentro da instituição, desde o recebimento e manutenção – preventiva e corretiva – até tarefas mais específicas como testes de aceitação e treinamento de funcionários.

O engenheiro clinico também atua na infraestrutura – principalmente em gestão de grandezas e construção ou reformas

O Engenheiro Clínico deve aplicar os conhecimentos que sua formação oferece para implantar melhorias na instituição de saúde e nos cuidados com o paciente em relação a toda a esfera que o envolve – como a infraestrutura física e dos equipamentos, por exemplo.

Parece muita coisa? E é mesmo! Por isso dividimos esse artigo em categorias, para você visualizar melhor como ficam as atividades de um engenheiro clínico. Mas antes, começaremos pelo conceito de hospital conectado.

Hospital Conectado, o que é?

Para entender o que está por trás do “Hospital Conectado” nós restamos um outro assunto que trouxemos em artigos de nosso blog.

A chamada Internet das Coisas – em inglês se chama Internet of Things (IoT) – é, resumindo, um conceito da tecnologia que atribui à objetos convencionais ou recém lançados uma integração por rede sem fio, de forma que estes possam se conectar entre si e ainda executar funções que antes eram feitas manualmente.

LEIA MAIS >> A internet das coisas otimiza processos de gestão em saúde

O Hospital conectado, então, é justamente um hospital que possui seus ambientes, equipamentos e dispositivos integrados sob uma única rede que providencia diversas funções como, por exemplo, o monitoramento, controle e registro de informações.

A existência de instituições conectadas como a que citamos é cada vez mais considerada uma necessidade. O espaço no mundo para ambientes desconectados e isolados está ficando cada vez menor. Podemos afirmar que, o hospital conectado representa uma nova era de eficiência e agilidade, conquistada através da tecnologia da comunicação.

Existe um outro profissional a quem a implementação de um hospital conectado beneficia tanto quanto a um engenheiro clínico, o médico. Ou seja, quando o assunto é salvar vidas, a tecnologia é uma forte aliada.

Afinal, é graças a ela que a informação é rapidamente compartilhada, analisada e absorvida, assim tornando as respostas à problemas mais velozes, eficientes e satisfatórias para todos, principalmente, os pacientes.

LEIA MAIS >> Tendências para a farmácia hospitalar: profissionais, processos e tecnologia

Um dos destaques que a fusão entre medicina e hospital conectado traz, tem a ver com o acesso das equipes de saúde a todas as informações disponíveis sobre um paciente, seus alertas e as relações com outras doenças, medicamentos e tratamentos. Esse feito só é possível graças as mais variadas e complexas formas de recursos tecnológicos que temos ofertadas nas atuais gerações.

Dito isso, concluímos brevemente que os hospitais conectados (como já falamos diversas vezes no nosso blog) fazem parte do “futuro da medicina”. Os ambientes conectados já apresentam uma gama de equipamentos, componentes e modelos de gestão avançados em comparação aos modelos ainda mantidos na gestão de saúde pública do Brasil. Além de que os profissionais, como os da engenharia clínica, devem ser atentos às tendências que surgem no mercado.

Nós já escrevemos um e-book recheado de informações sobre a conexão dentro do hospital, se você quer se aprofundar neste assunto, baixe agora: Hospitais Conectados: Como Funciona?

Engenheiro Clínico em Hospitais

A influência que o engenheiro clínico possui na escolha de equipamentos e inovações para o hospital é alta, e sim, essa profissão pode – juntamente com a estratégia administrativa e médica – transformar o hospital em pura tecnologia. Por isso o reforço de que: a presença e atuação de um engenheiro clínico no hospital é fundamental.

É este profissional que é responsável pelo ciclo de vida dos equipamentos, gestão de insumos na infraestrutura hospitalar e na integração entre a saúde e a tecnologia. Pois, não basta ter equipamentos, softwares e infraestrutura preparada se as equipes de saúde não fizerem uso delas em prol de suas atividades, ampliando a segurança do paciente.

Com base nisso, podemos afirmar que o trabalho de um engenheiro clínico se desenvolve melhor quando este trabalha em conjunto com a área de tecnologia da informação (TI) da instituição – e quanto esta também se torna amigável para futuras mudanças na infraestrutura, na segurança de dados e nas formas que as coisas irão se conectar. Esses profissionais são complementares e ambos essenciais para o sucesso da aplicação tecnológica no ambiente hospitalar.

Engenheiro clínico e as funções principais

Para entrar em detalhes sobre as principais funções de um engenheiro clínico, acreditamos que um infográfico te ajudará a iniciar esse entendimento sobre a realidade desse profissional!

Vamos, então, à especificidade das mais importantes atribuições desse profissional.

Equipamentos

O engenheiro clínico se responsabiliza pela aquisição, recebimento, testes, plano de gestão, operação, treinamento de equipe – garantindo o uso eficaz e seguro da ferramenta, além de sua manutenção preventiva e corretiva – passando pelo recebimento, testes, plano de gestão, operação e treinamento de equipe.

LEIA MAIS >> Engenharia clínica e a IOT: gerencie a aquisição de equipamentos na saúde com maior eficiência

Resíduos tecnológicos e radioativos

Ele é responsável pela gestão dos resíduos tecnológicos e/ou radioativos da instituição. Você iria se surpreender com a quantidade de resíduos destes gêneros que são produzidos por hospitais.

O profissional deve programar o descarte dos materiais, baterias, lâmpadas, partes de peças usadas ou até mesmo equipamentos desativados e qualquer material técnico gerado das atividades do dia a dia do hospital.

LEIA MAIS >> Manutenção preditiva com monitoramento: evitando problemas em equipamentos hospitalares

Setor tecnológico

Primeiramente, todo o planejamento, definição e execução de políticas e programas da gestão médico-tecnológica é de responsabilidade do Engenheiro Clínico.

A parte de planejamento, definição e execução de políticas e programas para toda a gestão de tecnologia médica também está em sua alçada. Nisso, podemos incluir o gerenciamento de riscos, melhorias na qualidade do serviço, atendimento à demanda de pacientes e otimização da produtividade de todos os colaboradores da instituição.

LEIA MAIS >> Infraestrutura hospitalar: o que considerar na inclusão de tecnologias

Segurança antes e depois (do hospital estar pronto)

Se você pensa que o Engenheiro Clínico é essencial apenas quando o hospital já está pronto e em pleno funcionamento, está muito enganado!

Muito antes das portas abrirem, ainda no período de obras e/ou quando o hospital está apenas na planta, esse profissional se faz extremamente necessário. Ele é bastante requisitado (para não dizer indispensável) em várias etapas da obra, como dimensionamento de espaços, dimensionamento de parte elétrica, hidráulica e na pré-instalação de equipamentos.

Quando o assunto é segurança hospitalar, é responsabilidade do engenheiro clínico, ainda, orientar e fiscalizar todo esse processo que falamos ali em cima, para que a legislação e as normas que regem a Saúde sejam devidamente cumpridas. Surpresas desagradáveis não podem (nem devem) fazer parte dos planos.

Com o hospital já em funcionamento, caso haja necessidade, é ele quem realiza orçamentos, compatibiliza infraestruturas e gerencia as obras e/ou intervenções.

Consultoria

E por fim, mas não menos importante, os engenheiros clínicos podem oferecer consultoria para que um hospital alcance as certificações de qualidade exigidas pelo mercado e por órgãos reguladores. Esse serviço pode ser oferecido a mais de uma instituição ao mesmo tempo, colocando sempre a qualidade em primeiro lugar.

Gestão de Recursos

Vale lembrar que eles também podem se encarregar de questões financeiras! Tornando o hospital mais eficiente de si próprio e recorrendo a bem menos recursos econômicos. Eles são os responsáveis pelos custos de manutenção do hospital.

É dever de um bom engenheiro clínico tornar o hospital menos custoso e mais eficiente. Afinal, são eles que gerenciam contratos, orçamentos e coordenam serviços, além de avaliar e otimizar as operações internas. Eles são os responsáveis pelos custos de manutenção do hospital.

Agora que as principais funções estão explicadas, precisamos de contar mais uma coisa. Todo hospital deveria ter um engenheiro clínico à frente de sua gestão tecnológica. Afinal, muita Internet das Coisas e tecnologia aplicadas em um lugar mal administrado podem acabar virando um problema.

O futuro da engenharia clínica

Existe um crescimento alto na procura de profissionais nos últimos anos. Cada vez mais instituições de saúde incluem a inovação na sua estratégia, infelizmente ainda faltam profissionais. Este fato, só torna ainda mais difícil que o mercado veja uma melhoria no setor.

A tendência é que essa falta não dure por muito tempo, já existem instituições educacionais no país que oferecem curso de especialização nessa área. Esse movimento fará com que o número de profissionais tenha um crescimento considerável não apenas em quantidade, mas também em qualidade.

Graças a órgãos reguladores, como a Anvisa, que fez uma Resolução publicada em 25 de janeiro de 2010, a presença destes profissionais se faz  obrigatória em ambientes hospitalares (o que inclui hospitais de grande porte, clínicas ou postos de pronto atendimento, por exemplo).

Agora que você já conhece o universo da engenharia clínica, a lição que fica é que o tamanho do hospital é o que menos importa. O importante é que o hospital tenha um engenheiro clínico à frente de suas operações tecnológicas e administrativas. No final das contas, esse detalhe pode fazer toda a diferença quando o assunto for salvar vidas.

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13/07/2020/0 Comentários/por Valéria Riveiro

Complicações devidas ao uso da tecnologia em saúde: como evitá-las

Blog, Engenharia Clínica, Equipamentos e Tecnologias, Internet das coisas
tecnologia em saúde

Os avanços tecnológicos trouxeram vantagens para diversas áreas e com a saúde não é diferente. Mas, ao mesmo tempo, também é preciso atentar aos problemas trazidos pela adoção cada vez maior da tecnologia em saúde. Nesse contexto, cabe às equipes de engenharia clínica monitorar os equipamentos e tomar os devidos cuidados para que a tecnologia não acabe prejudicando os pacientes. Dessa forma, conseguem reduzir a porcentagem dos que sofrem danos por conta da má administração desta tecnologia.

Para o enfermeiro e o farmacêutico, por exemplo, saber medir a quantidade de gases, dosagens de remédios, temperaturas e outras grandezas ajuda a tornar o trabalho mais assertivo, gerando uma possível melhor resposta do paciente em tratamento.

Para isso, hospitais podem adotar a manutenção preditiva, controle de dados por meio da internet das coisas, entre outras ferramentas. É necessário, ainda, investir em treinamentos para o uso das novas tecnologias e apoiar continuamente a equipe de saúde. Neste artigo entenda mais sobre as complicações causadas pelos avanços na tecnologia em saúde e saiba como evitá-los.

Conhecendo as complicações causadas pelas tecnologias em saúde

De acordo com o manual Segurança no ambiente hospitalar, da Anvisa, uma das principais complicações causadas pela tecnologia em saúde são as iatrogênicas – que diz respeito aos danos por intervenções médicas e de enfermagem. Assim, uma complicação iatrogênica pode ser definida como uma desordem resultante de procedimentos terapêuticos ou de diagnósticos. 

De acordo com o documento, a partir de um estudo realizado em um hospital universitário, verificou-se que 35% delas eram relacionadas ao uso de equipamentos médicos. Dessa porcentagem, 42% tinham relação com medicamentos, ou melhor, com os equipamentos que controlam as suas doses. Estão incluídos aqui bombas de infusão, perfusores, nebulizadores e equipamentos de anestesia gasosa. 

O erro humano no manuseio de equipamentos médicos é uma das causas, assim como erros de comunicação. A inadequação dos funcionários, para os quais falta treinamento formal, também está inclusa nessa lista.

A importância da manutenção preditiva

Uma das maneiras de evitar essas complicações é fazendo a manutenção preditiva dos equipamentos, que são as práticas que determinam o estado físico de componentes e de máquinas. É possível analisar parâmetros que permitem prever a durabilidade dessas máquinas e, a partir deles, saber qual a frequência ideal de manutenção.

A manutenção preditiva prevê diversas atividades. Uma das mais importantes é o monitoramento contínuo, com o qual se podem identificar problemas rapidamente. Quando monitoradas continuamente, anomalias e falhas nos equipamentos são logo observadas, e a equipe pode agir para consertá-las. Outras etapas da manutenção preditiva são o setup, o teste padrão, o reparo e as inspeções de rotina.

São muitos os benefícios de fazer uma manutenção preditiva. Os equipamentos duram mais e os custos com reparos são menores. A gestão dos materiais é feita de maneira eficaz, o que também permite economizar. A equipe ainda ganha produtividade e há mais segurança tanto para os profissionais quanto para os pacientes.

Saiba mais lendo o artigo Manutenção preditiva com monitoramento: evitando problemas em equipamentos hospitalares.

Fazendo o monitoramento contínuo

Como falamos acima, uma das partes mais importantes da manutenção preditiva é o monitoramento contínuo, que ajuda a economizar recursos e identificar os problemas que podem acontecer. Com ele, é possível acessar dados em tempo real, verificando as métricas pré-determinadas para cada equipamento ou ambiente.   

A prática é bastante usada na cadeia de frio, já que permite fazer monitoramento de temperatura em tempo real, identificando mesmo as alterações mínimas de refrigeração ou aquecimento.

Primeiro, é preciso entender o ciclo de operação dos equipamentos. Depois, observando as curvas de temperatura e outros sensores, pode-se descobrir a causa das oscilações na câmara fria. É possível identificar problemas operacionais, como abertura de portas ou ciclo de degelo. 

Para isso, utiliza-se uma ferramenta de monitoramento contínuo, que identifica os problemas antes de o equipamento deixar de funcionar. Assim, os produtos não são perdidos.

A internet das coisas: uma importante aliada

A internet das coisas é uma importante aliada quando o objetivo é evitar as complicações causadas pelos avanços tecnológicos. Essa tecnologia em saúde permite monitorar, minuto a minuto, equipamentos e variações de temperatura, por exemplo, incluindo finais de semana e feriados, o que não é possível com o registro manual. Dessa forma, fica mais fácil viabilizar procedimentos emergenciais, garantindo a confiabilidade do sistema. 

A internet das coisas pode ajudar profissionais a controlarem a temperatura em geladeiras, câmaras, caixas térmicas e ambientes: você recebe um alerta pelo celular quando algo estiver fora da normalidade — uma porta aberta, o disparo de um alarme de alta ou baixa temperatura. 

Tudo isso é feito por meio de sensores que usam internet das coisas. Esses equipamentos fazem leituras constantes e enviam os dados para a nuvem e tudo pode ser acessado pelo celular ou computador, em uma plataforma online.

Você pode conferir nossas soluções para hospitais conectados, onde podemos atuar com o monitoramento contínuo de outros segmentos dentro de um mesmo hospital ou ambiente em saúde. (destacar CTA)

E você, o que achou deste artigo? Deixe seu comentário abaixo e, para continuar aprendendo, faça o download do nosso e-book 9 dicas para escolher um bom Sistema de Monitoramento Contínuo. Nele você fica sabendo como escolher uma solução que vai ajudar a evitar os problemas trazidos pela tecnologia em saúde.

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10/06/2020/0 Comentários/por Raabe Moro

Entenda o impacto da engenharia clínica no controle da infecção hospitalar

Clínicas & Hospitais, Engenharia Clínica, Equipamentos e Tecnologias
infecção hospitalar

Você sabia que as infecções hospitalares atingem 14% das internações no Brasil? O número é do Ministério da Saúde, que recomenda lavar as mãos, higienizar ambientes, isolar pacientes contaminados e aplicar protocolos de prevenção para reduzir essa porcentagem.

Nesse trabalho de evitar e controlar infecções hospitalares, o papel da engenharia clínica é fundamental. O profissional dessa área precisa enxergar toda a infraestrutura da instituição para que o problema não ocorra, afinal, é ele que a controla.

Neste artigo, explicamos melhor o papel do engenheiro clínico no controle da infecção hospitalar, evitando contaminações em água, gases, equipamentos e outras transmissões possíveis. Acompanhe!

Os principais conceitos

A engenharia é essencial no controle da infecção hospitalar. Tanto é que, em seu manual sobre Segurança no Ambiente Hospitalar, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dedica um capítulo a isso. O documento define infecção hospitalar como aquela que é “adquirida após a internação do paciente e que se manifesta durante sua estadia no hospital ou mesmo após sua alta”. 

Primeiro, é preciso entender quais são os artigos e as áreas hospitalares que têm potencial de transmissão de infecções. O órgão divide essas áreas e artigos em críticos, semicríticos e não-críticos. 

Um artigo crítico é aquele que penetra em tecidos subepiteliais e em outros órgãos, como instrumentos de corte e soluções injetáveis. Eles devem ser livres de microrganismos ao serem usados. Já as áreas críticas são as que oferecem risco de infecção, como salas de operação ou parto, unidade de tratamento intensivo e sala de necrópsia.

As áreas e artigos semicríticos apresentam risco menor, como os espaços ocupados por pacientes de doenças não infecciosas e os objetos que não invadem tecidos subepiteliais. As áreas e artigos não-críticos, por sua vez, não apresentam risco de contaminação, como área de administração hospitalar e aparelhos de raio-X.

Procedimentos de limpeza, desinfecção e esterilização

É preciso conhecer também a importância dos métodos de limpeza, desinfecção e esterilização. A limpeza deve ser feita de acordo com o tipo de superfície, quantidade e matéria orgânica presente e compreende escovação com água e sabão, fricção, esfregar e passar pano. Deve-se evitar a varredura e o espanar, pois espalham partículas pelo ar. Garantir que a limpeza seja feita corretamente exige treinamentos, monitoramento e controle de qualidade. 

Já a desinfecção consiste em destruir agentes infecciosos, e se aplica, no geral, a áreas e artigos das categorias semicríticos e não-críticos. Para fazê-la, é comum usar hipoclorito de sódio, formaldeído, compostos fenólicos e iodo. Por fim, há a esterilização, que busca destruir totalmente os microorganismos, usando agentes físicos ou químicos. É aplicada em artigos críticos e semicríticos.

Manutenção do controle das infecções hospitalares

Para fazer a manutenção do controle das infecções hospitalares, a recomendação da Anvisa é que o responsável pelo bom funcionamento dos equipamentos e instalações circule por todo o hospital, garantindo que seus funcionários recebam treinamento continuado. Também deve pedir aos chefes dos setores as orientações sobre os melhores procedimentos.

Além disso, os funcionários devem desinfectar seus equipamentos de trabalho após circular em áreas críticas e semicríticas, usar luvas descartáveis e lavar as mãos antes e depois de colocá-las. Ao fazer trabalhos com equipamentos que possam gerar gotículas contaminadas, devem usar luvas, avental e óculos.

Cuidados com as instalações

Já o documento Arquitetura na prevenção de infecção hospitalar, também da Anvisa, traz determinações sobre as instalações hospitalares. É necessário ter cuidado especial com a água, que pode ser um excelente veiculador de patógenos. O melhor é que o hospital conte com reservatórios de água elevados, dois para água potável (um em uso e o outro em limpeza) e outros dois segregados, para água de sanitários e similares.

Os chuveiros também podem ser fonte de transmissão de agentes contaminantes. Por isso, é preciso fazer o descarte de água retirada antes de iniciar o banho, removendo a concentração de bactérias. As comadres devem ser usadas até a alta do paciente e depois esterilizadas. 

O impacto da engenharia clínica no controle da infecção hospitalar

Instalar, acompanhar e fazer a manutenção de equipamentos hospitalares é o papel do engenheiro clínico. Mas, com o desenvolvimento da tecnologia, as exigências por qualidade e segurança dos pacientes são cada vez maiores. 

No ambiente hospitalar, cabe ainda ao engenheiro clínico preservar instalações e equipamentos, garantindo que não se deterioram. Para isso, é preciso focar na manutenção preditiva, reduzindo ações corretivas. Dessa forma, o hospital consegue realizar sua principal atividade com sucesso, atendendo bem os pacientes. 

Frente à quantidade de atividades que o engenheiro clínico e sua equipe precisam realizar, contar com equipamentos conectados, que medem outros parâmetros, torna mais fácil controlar qualquer tipo de infecção ou outras ocorrências médicas.

Uma maneira de fazer isso é por meio do hospital conectado, que usa a internet das coisas para oferecer aos hospitais uma experiência completa, reunindo ambientes, dispositivos e informações em uma única plataforma. O resultado? Qualidade de vida, confiabilidade e eficiência. Para saber mais, baixe nosso e-book sobre hospitais conectados!

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06/05/2020/0 Comentários/por Raabe Moro

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